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Mais românticos, mas não menos experimentais, O Terno lança novo disco

Há 4 anos atrás, dia 5 de maio de 2012 saia, no Youtube, o primeiro videoclipe da banda. Peixes, piscina, pistas de corrida configuravam o cenário do single 66.  Homônimo, também, do álbum de estreia do trio, Tim Bernardes (voz, guitarra e teclado), Guilherme Almeida (baixo) e Victor Chavez (bateria) no cenário musical paulistano. Abrindo …

Mais românticos, mas não menos experimentais, O Terno lança novo disco Leia mais »

Há 4 anos atrás, dia 5 de maio de 2012 saia, no Youtube, o primeiro videoclipe da banda. Peixes, piscina, pistas de corrida configuravam o cenário do single 66.  Homônimo, também, do álbum de estreia do trio, Tim Bernardes (voz, guitarra e teclado), Guilherme Almeida (baixo) e Victor Chavez (bateria) no cenário musical paulistano. Abrindo a porta do novo, do experimental, entre “versos dodecafônicos” e “assassinos compulsivos”, o mix de rock- tropicália- e o que vier  estava apenas começando, mesmo que em algumas faixas com a ajuda do Mauricio Pereira, pai e vocalista do icone experimental dos anos 80, Os Mulheres Negras.  Em entrevista para a Folha de S.Paulo, Tim, na época profetara: “ A gente não tem pressa e não quer ser a banda de um disco só”.

Assim, depois de hangouts com fãs, lançamento do selo musical Risco e crowdfunding o álbum apenas com músicas próprias, intitulado O Terno estava pronto. Mais melancólico, cinzento, indie, rock, psicodélico ou como eles mesmos dizem: “Os gêneros e catalogações são meio furadas”.  Jamais estagnados dentro de um rótulo, o trio reformulado com a saída do baterista Chaves e a entrada do Gabriel Basile, viajou em setembro de 2015, para o interior de Indaiatuba, em uma espécie de retiro musical, vide sítio,  para idealizar o novo e mais aclamado pela critica o disco  Melhor do que Parece.

Com Qr codes em lambe-lambes espalhavam a música Não espero mais pelos postes da cidade de São Paulo. Mas O Terno, também, começou como em 2012, com o videoclipe Culpa no Youtube. Dessa vez, em um cenário com  cortador de unha, bola de pilates, O Terno dubla a si mesmo ou como as estrofes da música Nó parecem explicar: “A gente pensa que sabe da gente/ Mas nunca é tarde pra abrir nossa mente”. Assim, nessa nova fase acrescentam o pop na sua autodefinição como power-trio de canção-rocknroll-pop-experimental de São Paulo.

Show de  lançamento de “Melhor Do que Parece”no Auditório Ibirapuera

Com macacôes laranja à Orange is the New Black, o trio diversifica repertório com canções novas e dos discos anteriores. Imagem: Giovanna Querido

Provavelmente Oscar Niemeyer, pensou na língua dos Rolling Stones, a Tongue and Lipe, ao projetor a entrada do Auditório do Ibirapuera com sua cobertura estética-conceitual vermelha. No dia 9  e 10 de setembro o trio paulistano , O Terno lançou o terceiro disco da carreira Melhor do que parece. Com a casa lotada e ingressos esgotados nos dois dias, a banda tem a capacidade de unir em um mesmo espaço de cadeiras marcadas: solteiros, ficantes, casais, famílias e um casal de velhinhos fofos na fileira de trás.

No sinal da coxia, na diminuição das luzes, as letras e números demarcando seus lugares passou a ser mera convenção. Muitos desceram as escadas laterais e grudaram-se  ao palco. Luzes se apagam e o público grita. O Terno aparece de macacão laranja cantando Não espero mais para abrir o show.  Seguido por solos de guitarras delirantes com a mixagem de pedais, segue pela canção mais orquestrada do disco, Nó,de acordo com Tim, exprime a nova pegada do álbum, “uma simplicidade alto astral verão”.

Silêncio. Tim e Peixe, abaixam para ajustar os instrumentos. Na primeira nota, o público reconhece sem culpa o novo single da banda, Culpa. Acompanhados de palmas do audiência, o trio estrategicamente, para e bate palminha sincronizada estilo a lá toureiro espanhol. Para a próxima, Tim troca de guitarra, e o trio, assim como a plateia, fala uhull, ironicamente. Sob solos alucinógenos de guitarra e baixo, tocam Deixa Fugir e Lua Cheia, separadas apenas por um jogo de luz, como se uma música fosse uma continuação natural da outra.

“O que dizer desse disco, que mal conheço e já considero pakas?”, disse Tim Bernardes referindo a ótima receptividade do público ao disco Melhor do que Parece. Para matar a saudade dos fãs, o trio inicia uma sequência de músicas do 2º álbum, O Terno. Com uma versão nova de  Ai ai como eu me iludo, a audiência canta junta o sucesso de um disco já mais consolidado. Seguido por Eu confesso, com direito no verso: “Minha mãe me falou que bonito era eu, mais ninguém”, a pose de top model do Tim, indignado por existirem outros belos no “bairro onde mora”. Fechando a sessão “volta as origens de 2014”, o trio toca a música mais impactante do disco, a melancólica  Cinza e seus poderosos solos e arranjos preenchem o auditório.

De volta ao lançamento do disco, o trio continua com Minas Gerais, sob uma luz baixa que ilumina todo o público e transmite aquele sentimento de pegar o carro e ir para Minas, viver essas crônicas de viagem retratada na música. Sob o grito de “Tim! Lindo!”, o vocalista reconhece seu amigo de colégio na plateia. Aproveita para agradecer a todos os músicos que em estúdio, ajudaram na composição do álbum, com harpa, orquestra e que durante o show se transformaram no pad eletrônico do Biel ou no kazzoo (instrumento de sopro do tamanho de um apito) para substituir os trompetes do conclamado Bixiga 70. Assim, com solos de kazoo e teclado, o “samba from hell”, O Orgulho e o Perdão, instaura um clima dançante, inimaginável na trajetória inicial da banda.

Com um quê de nostalgia, Tim conta sobre as bônus track, quando você comprava um Cd e ficava esperando aquela música escondida, o trio também fez um bonus estendido da quase vinheta “A História Mais Velha do Mundo”, exclusivamente para o show. Mesmo sob pedidos da plateia para tocarem Zé, o assassino compulsivo, do primeiro disco, o trio fecha o show com a música que deu origem ao nome do álbum Melhor do Parece. Com 6 minutos de duração, parecem existir duas músicas dentro da mesma, representando um percurso da banda, do melancólico roqueiro ao pop experimental e tudo isso ainda mais  misturado.

Atendendo aos típicos e necessários pedidos de mais uma, o trio paulistano volta ao palco e toca o single de lançamento da banda, nos áureos 2012, 66. Só que dessa vez o “novo embalo quente” não é de 66 e sim de 2016, emendando com o novo single da banda, Culpa.

“Diretas ou de forma direta”, banda responde aos Fora Temer ecoando da platéia. Imagem: Giovanna Querido

Segue o roteiro usado pela banda na noite de 10 de setembro de 2016.

  1. Não Espero mais (Melhor do que parece, 2016)
  2. Nó (Melhor do que parece, 2016)
  3. Culpa (Melhor do que parece, 2016)
  4. Depois que a dor passar (Melhor do que parece, 2016)
  5. Deixa Fugir (Melhor do que parece, 2016)
  6. Lua Cheia (Melhor do que parece, 2016)
  7. Ai, ai, Como eu me iludo (O Terno, 2014)
  8. Eu confesso (O Terno, 2014)
  9. Cinza (O Terno, 2014)
  10. Volta (Melhor do que parece, 2016)
  11. Minas Gerais  (Melhor do que parece, 2016)
  12. Vamos assumir (Melhor do que parece, 2016)
  13. O Orgulho e o Perdão (Melhor do que parece, 2016)
  14. A História mais velha do mundo (Melhor do que parece, 2016)
  15. Melhor do que parece (Melhor do que parece, 2016)
  16. 66 (66, 2012)/ Culpa (Melhor do que parece, 2016)
  17. Bote ao contrário (O Terno, 2014)

Por Giovanna Querido
gioquerido@gmail.com

1 comentário em “Mais românticos, mas não menos experimentais, O Terno lança novo disco”

  1. Pingback: 'Boa Sorte', álbum de Teago Oliveira - Jornalismo Júnior

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