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“O Mundo Sombrio de Sabrina”: bruxaria e representatividade

Por Adriana Teixeira adrianateixeira@usp.br A segunda parte de O Mundo Sombrio de Sabrina, série da Netflix, chegou à plataforma, no início de abril. Inspirado na história em quadrinhos originalmente publicada pela Archie Comics, o seriado traz grande parte das personagens do HQ e adiciona outros, de forma a elaborar a história pela presença de mais …

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Por Adriana Teixeira

adrianateixeira@usp.br

A segunda parte de O Mundo Sombrio de Sabrina, série da Netflix, chegou à plataforma, no início de abril. Inspirado na história em quadrinhos originalmente publicada pela Archie Comics, o seriado traz grande parte das personagens do HQ e adiciona outros, de forma a elaborar a história pela presença de mais “núcleos” a serem trabalhados durante os episódios. Com duração de aproximadamente uma hora por capítulo, a segunda temporada retoma questões que ficaram em aberto ao final da primeira parte – como os três demônios que aparecem na cena final – e adiciona novas tramas.

 

Para os fãs de temas adolescentes

Há um grande período ocupado por questões da adolescência “comum”, apesar da protagonista ser uma bruxa. Ciúmes, beijos e conflitos regam a segunda temporada, tornando-a atrativa àqueles que gostam dos clichês do romance adolescente. Mas, com a magia trazida pela série, tal gênero é posto com um tom mais divertido à antiga forma de se produzir conteúdo “teen”. Sabrina (Kiernan Shipka), por exemplo, tem que decidir entre seu namorado bruxo e o “não-bruxo” e ainda ajudar seus amigos a “sobreviverem” ao colegial usando seus feitiços.

A série também estabelece pontos de engajamento. Susie (Lachlan Watson), amiga “não-bruxa” de Sabrina, não se identifica com seu gênero estabelecido e precisa lutar contra o preconceito para ter a liberdade de ser quem se reconhece. As personagens principais buscam dar suporte a Susie – que ganha o nome de Theo, após a mudança -, tendo sua decisão apoiada por seu pai e amigos, caso que na vida real, muitas vezes, não acontece. As maiores dificuldades vieram com os “valentões” que tinham dificuldade em aceitar Theo no time de basquete e em conviver com ele no vestiário masculino. Inicia-se um debate sobre gênero e traz representatividade às pessoas que foram e são silenciadas pela sociedade.

 

Para os fãs de fantasia

Feitiços, sangue e forças malignas estão garantidos na segunda temporada. A trama continua com vilões da primeira e cria outros para dificultar a vida de Sabrina. Porém, a meio-bruxa, que escreveu seu nome no livro do diabo, continua muito apegada a seus amigos do mundo real e, muitas vezes, interfere com magia nele. Além disso, tal intervenção faz com que esses amigos acabem se envolvendo também em questões dos adoradores de Satã.

Nick Scratch (Gavin Leatherwood) e Prudence Blackwood (Tati Gabrielle), que na primeira parte do seriado não tiveram muito destaque, passam a desempenhar papéis importantes na segunda temporada, e compõem o núcleo “bruxo” na vida de Sabrina. Além deles, Padre Blackwood (Richard Coyle) também é um personagem chave da trama, que confronta a “meio-bruxa” durante todo o decorrer dos nove episódios.

O suspense e música de fundo misteriosa invadem e preenchem a segunda parte, gerando uma atmosfera que prende o expectador para ver os eventos a seguir. Entre mistério, criaturas medonhas, dizeres em latim e fumaça, o terror é abrandado pela simpatia que se adquire pelos bruxos no decorrer da trama.

[Imagem: Netflix]

 

Para os fãs da primeira temporada de Sabrina

A segunda temporada se eleva é digna de ser assistida. Além da representatividade analisada em Susie, Sabrina se apresenta com grande empoderamento, afrontada por seu gênero e mais certa de seus atos. A magia continua bastante presente, intensificada como os diversos clímax por episódio. O final – para alegria ou tristeza – possibilita uma continuação para a série: a dúvida que surge é se há espaço para mais histórias sem se tornar repetitiva.

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