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Os Defensores: uma união complementar

Imagem de capa: Empire Magazine Unir quatro séries do universo cinematográfico da Marvel dentro de uma das maiores plataformas de streaming da atualidade é um feito audacioso. Afinal, nunca é fácil agradar fãs de histórias em quadrinhos e séries de TV. Cheia de altos e baixos, Os Defensores é uma série que traz um saldo …

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Imagem de capa: Empire Magazine

Unir quatro séries do universo cinematográfico da Marvel dentro de uma das maiores plataformas de streaming da atualidade é um feito audacioso. Afinal, nunca é fácil agradar fãs de histórias em quadrinhos e séries de TV. Cheia de altos e baixos, Os Defensores é uma série que traz um saldo positivo e satisfaz o público que tanto aguardou o crossover de quatro heróis que esbanjam humanidade.

As narrativas que constroem o enredo

O seriado tem início dando continuidade à história de quatro personagens: Matt Murdock (Charlie Cox), Jessica Jones (Krysten Ritter), Luke Cage (Mike Colter) e Danny Rand (Finn Jones). Eles são, respectivamente, protagonistas das séries independentes Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro.

Em Demolidor, Matt Murdock é um advogado cego que possui habilidades sobre-humanas em consequência de um treinamento ninja que recebeu no passado. Assim, ele faz uso de seu talento atuando como um vigilante incansável no bairro nova-iorquino de Hell’s Kitchen e defende a cidade dos vilões que a assombram.

Jessica Jones, em seu seriado, possui uma personalidade marcante dentro do universo da Marvel. Atuando como detetive particular, ela também apresenta superpoderes, mas precisa driblar dificuldades psicológicas resultadas das ações do antagonista, Kilgrave. Seu caráter repleto de ironia e sarcasmo unido à exploração de seu lado psicológico e heróico formam um combo que agrada muito o público.

Luke Cage, em sua série homônima, é um herói derivado de experimentos que o deram super força e uma pele impenetrável. Assim como nos outros casos, ele atua como vigilante em Nova Iorque, porém o foco se encontra no Harlem, o bairro símbolo da luta pelos direitos negros na cidade.

Sendo o último seriado lançado e o mais criticado entre os quatro, Punho de Ferro apresenta a história de Danny Rand, um herói com poderes místicos derivados de um aprendizado em K’un Lun, uma cidade asiática na qual Danny passou um tempo após sofrer um acidente de avião e ser resgatado por monges. Dentre essas atribuições, estão a habilidade da luta marcial e de concentrar uma força inestimável em seu punho, ambas utilizadas na luta contra o Tentáculo, uma organização criminosa.

Dessa maneira, Os Defensores apresenta quatro personagens muito diferentes entre si, mas que se complementam de um modo essencial para a consolidação do enredo.

Montando o quebra-cabeça

As narrativas se unem em torno de um mesmo propósito: derrotar o Tentáculo, cujas ações criminosas são lideradas na série por uma nova vilã, Alexandra (Sigourney Weaver). Nesse aspecto, Danny Rand é o principal elo entre os heróis e a organização, já que todo seu enredo gira em torno da luta contra o Tentáculo. Também em adição ao time inimigo, está Elektra (Élodie Yung), personagem feminina de Demolidor que marca presença com seus assassinatos e estratégias de luta.

A série, no entanto, leva algum tempo para unir os quatro personagens, já que dá continuidade ao enredo de cada um em primeiro lugar. Assim, cria uma expectativa que foi desaprovada por alguns espectadores. Quando a união acontece, Charlie Cox e Krysten Ritter têm grande destaque e uma atuação impecável. Finn Jones, muito criticado pela primeira temporada de Punho de Ferro, consegue se mostrar melhor e também merece ser reconhecido. Contudo, falta ação para Mike Colter, que tem mais potencial para ser desenvolvido se comparado a seu seriado original.

A interação entre os personagens é uma mistura de ação e humor na medida certa. Durante as cenas de luta conjunta, as habilidades de um personagem complementam as falhas de outro, criando, assim, uma harmonia na violência. Ao mesmo tempo, as relações interpessoais são desenvolvidas e amizades, estabelecidas. Danny Rand e Luke Cage, que são uma dupla muito próxima nos quadrinhos, consolidam no seriado uma relação amigável, repleta de piadas e preocupação um com o outro. Já Jessica e Matt, de início, procuram não criar laços com o grupo, mas o envolvimento é inevitável e eles acabam por se entregar.

Visualmente, a paleta de cores é muito interessante. Principalmente nos primeiros episódios, nos quais os quatro ainda não tem tanto contato, as cenas de cada personagem têm cores específicas que remetem aos heróis. Os tons de vermelho se fazem muito presentes nas cenas de Matt Murdock; Jessica Jones está sempre rodeada de itens roxos; o verde faz parte das situações que envolvem Danny Rand; e o cenário de Luke Cage, por sua vez, brinca com os tons de amarelo de Nova Iorque.

Cada personagem tem suas cenas construídas em cima de uma paleta de cores específica (Créditos: Entertainment Weekly)

No geral, a série consegue satisfazer a maior parte do público. Apesar de pontos negativos, Os Defensores tem muito potencial para crescer e se desenvolver ainda mais. Afinal, esses protagonistas passam longe de heróis tradicionais: são pessoas com as quais é muito fácil se identificar, personagens com problemas reais, porém carregados da fantasia que tanto agrada o espectador.

Por Gabriela Bonin
gabibonin@usp.br

 

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