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Sherlock Holmes volta a ativa no século XXI

As aventuras do detetive mais famoso da Inglaterra e de seu leal parceiro agora podem ser encontradas  além das páginas das histórias escritas por Sir Arthur Conan Doyle. O personagem, cuja primeira aparição ocorreu em 1887 na revista Beeton´s Christmas Annual, já foi estrela de produções cinematográficas (com dois filmes produzidos recentemente, protagonizados por Robert …

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As aventuras do detetive mais famoso da Inglaterra e de seu leal parceiro agora podem ser encontradas  além das páginas das histórias escritas por Sir Arthur Conan Doyle. O personagem, cuja primeira aparição ocorreu em 1887 na revista Beeton´s Christmas Annual, já foi estrela de produções cinematográficas (com dois filmes produzidos recentemente, protagonizados por Robert Downey Jr.). Dessa vez, o detetive é protagonista de produções televisivas, com a série produzida pela BBC e com ótimas avaliações dos críticos, sendo ganhadora de prêmios como o British Academy Television Award de melhor série dramática logo no ano de estreia do seriado. O apartamento 221 B, na Rua Baker, passa a ser cenário de novas aventuras.

A dupla inseparável em frente ao famosos apartamento 221B, que hoje funciona como um museu em Londres. Créditos: Divulgação.

Na série britânica, intitulada apenas como Sherlock, a trama se passa nos dias atuais, no contexto do século XXI, com a existência de todas as tecnologias avançadas e descobertas cientificas. Já em sua terceira temporada, cada uma conta com três episódios de cerca de uma hora e meia cada. As temporadas contam com um intervalo de dois anos entre si.

Em cada episódio, um caso cai nas mãos da dupla que, segundo Sherlock Holmes, exerce a profissão de “Detetives de Consultoria”. Assim, ao longo dos noventa minutos do episódio, o telespectador é imerso em todos os aspectos e aventuras que uma investigação envolve, com direitos a perseguições com ação ou na base da “surdina”. Em muitos momentos, a mente magnífica do detetive é aberta ao público, numa tentativa de exemplificar seu raciocino: há cenas em que enquanto Sherlock apenas observa o nada, símbolos e números aparecem na tela, mostrando como funciona a rapidez de seus pensamentos.

Os personagens

Sherlock Holmes foi sempre aclamado por seu incrível poder de raciocínio, e isso não muda na série. Usando do “poder da dedução” (que é inclusive o título do site que o detetive mantém na série) e de um senso de observação impressionantes, o personagem, interpretado com maestria por Benedict Cumberbatch, consegue obter informações particulares e únicas sobre uma pessoa com apenas um olhar mais detalhista sobre esse alguém. Por outro lado, sua personalidade é tida como um problema: arrogante, anti-sentimental, chegando até mesmo a ser tido como frio. Sherlock é um herói complexo, motivado a provar que é mais esperto que a polícia e do que o próprio criminoso; e por isso às vezes parece lhe faltar aspectos comuns às pessoas inseridas na sociedade.

Na pele do ator Benedict Cumberbatch, o detetive ganha vida na televisão. Crédito: BBC.

No começo da série, o detetive se metia nas investigações policias e enfrentava resistência por parte da polícia, que passou a recorrer a ele em casos considerados “impossíveis de se resolver”. Sally Donavan (interpretada por Vinette Robinson), que trabalha na polícia ao lado do Detetive Inspetor Greg Lestrade, inclusive apelida o protagonista de “Freak”, por conta de suas habilidades e de sua personalidade conturbada. Em um episódio, Philip Anderson, que trabalha como cientista forense, se refere ao protagonista como psicopata, ao que Sherlock responde: “Não sou um psicopata, Anderson. Eu sou um auto-funcional sociopata. Faça sua pesquisa. ”.

Devido as atualizações para o século presente, a série teve algumas modificações. Na história original de Doyle, John Watson regressa do serviço militar na Segunda Guerra Anglo-Afegã, por invalidez. Já na série,o personagem, interpretado por Martin Freeman, foi um médico e soldado durante a Guerra no Afeganistão, e regressa para Londres buscando alguém para dividir uma moradia. Por intermédio de um amigo, Watson acaba conhecendo Sherlock e passa a dividir o famoso apartamento 221B (que hoje se tornou um museu em homenagem aos contos de Sherlock Holmes).  A relação de amizade entre Watson e Sherlock é desenvolvida ao longo da primeira temporada, ao passo que na segunda temporada Watson já consegue “ler” seu amigo de uma maneira mais profunda, entendendo-o mais. O próprio Martin Freeman considera John como a “Bússola moral” do protagonista pois ele nem sempre leva em consideração os aspectos morais e éticos de suas ações.

Martin Freeman interpretando Dr. Watson no primeiro episódio da série. Créditos: BBC.

Como o bom fiel escudeiro do detetive, Watson sempre acaba sendo puxado para dentro das aventuras de seu companheiro de quarto, mesmo que relute a isso. Nos primeiros episódios da série, o personagem usava uma muleta e era manco de uma das pernas. Segundo ele, isso era decorrente das feridas do campo de guerra. Logo que se conhecem, Sherlock afirma que a ferida, assim como afirma a psicóloga de Watson, é psicológica e arranja uma maneira de provar isso ao parceiro, o que leva John a aposentar sua bengala logo no primeiro episódio da série. Por sentir falta da adrenalina e do perigo que corria constantemente nos campos de guerra, o Dr. John Watson logo entra no embalo e torna-se parceiro de trabalho nos casos do detetive.

Ao observar o poder de dedução de seu amigo, Watson fica extremamente impressionado, não poupando elogios, expressando isso em palavras, elevando o ego de Sherlock . Assim, o médico inicia um blog em que relata as aventuras vividas por ele e pelo detetive (se assemelhando aos livros originais, nos quais as histórias de Sherlock Holmes são narradas por John Watson), o que leva a dupla a se tornar famosa entre os britânicos, atraindo atenção e mais casos para eles e, até mesmo inimigos.

Na primeira temporada, John fica sempre extremamente impressionado com as habilidades de Sherlock. Créditos: fanpop.

Assim como nos contos originais, o principal vilão da série também é Jim Moriaty, interpretado por Andrew Scott. Moriaty é um personagem com uma personalidade sádica e com tendências psicopatas. Sobre o antagonista, Steven Moffat, um dos criadores da série, disse “Já sabíamos o que queríamos fazer com o Moriarty desde o início. Normalmente o Moriarty é um vilão bastante aborrecido e chique, por isso achamos que o melhor era fazê-lo verdadeiramente assustador. Alguém que é um autêntico psicopata”. O vilão confronta Sherlock pela primeira vez  na segunda temporada, no episódio final “The Great Game”.

O vilão Jim Moriaty em sua aparição no episódio “The Great Game”. Créditos: Tumblr.

O irmão mais velho de Sherlock, Mycroft Holmes, é interpretado pelo ator Mark Gatiss, que também é criador da série. A dupla, que também teve participações como argumentistas na série Doctor Who, tinha o desejo de fazer uma adaptação dos romances de Doyle, já que são grandes fãs das histórias do detetive Sherlock Holmes. A série surpreendeu a crítica e vem ganhando vários prêmios desde o lançamento, além do já citado. Os atores também surpreenderam na atuação e já carregam premiações pelos papeis interpretados na atualização de um dos mais famosos romances policiais do mundo.

O ator e produtor da série, Mark Gatiss, interpretando o irmão mais velho de Sherlock. Créditos: Divulgação.

A quarta temporada de série será filmada em 2016, com previsão de lançamento nesse mesmo ano; porém, um episódio especial de natal está sendo rodado e será televisionado no final de 2015.

 

Por Victória Ferreira
vicdelpintor@gmail.com

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