Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

The Lizzie Bennet Diaries – Orgulho, preconceito e internet (Parte I)

Em breve minha timeline estará completamente enlouquecida. Na verdade, devo dizer, os sinais dessa loucura já estão se manifestando há algumas semanas. O motivo? A websérie The Lizzie Bennet Diaries (TLBD) está chegando ao fim – contando da data de publicação deste post, faltam apenas mais dois episódios para o derradeiro desfecho – e o …

The Lizzie Bennet Diaries – Orgulho, preconceito e internet (Parte I) Leia mais »

Em breve minha timeline estará completamente enlouquecida. Na verdade, devo dizer, os sinais dessa loucura já estão se manifestando há algumas semanas. O motivo? A websérie The Lizzie Bennet Diaries (TLBD) está chegando ao fim – contando da data de publicação deste post, faltam apenas mais dois episódios para o derradeiro desfecho – e o fandom todo (que conheci recentemente e no qual me incluo há 3 meses) está repleto de fangirls em prantos (e eu novamente estou incluída).

Se você achou o nome Lizzie Bennet familiar, vai ter mais certeza ainda de que essa série lembra algo que você já conhece ao saber os nomes de outros personagens: Lydia e Jane Bennet, Charlotte Lu, William e Georgiana ‘Gigi’ Darcy, George Wickham, entre outros. Sim, são os nomes dos personagens de uma das obras de literatura mais lidas no mundo todo e que há alguns meses completou 200 anos de existência: Orgulho e Preconceito de Jane Austen.

Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? É uma verdade universalmente reconhecida que… Orgulho e Preconceito e a sagacidade de Austen na obra tornaram-se tão icônicos que originaram uma série de adaptações, remontagens e releituras (leia no Cinéfilos sobre algumas delas). Bem, TLBD é uma dessas. Mas o que a torna diferente de todas as outras e a faz ser mais do que apenas mais uma adaptação é a maneira como ela é feita.

A série originou-se, basicamente, a partir de uma ideia do entertainer Hank Green, famoso pelos vídeos do VlogBrothers, canal do Youtube que criou com seu irmão, John Green. Hank queria produzir uma modernização para Youtube do clássico romance austeniano. Com um detalhe: o formato seria o de vlogs. A ideia foi apresentada ao roteirista Bernie Su e então começou a tornar-se realidade.

tlbd-o&preferencia
The Lizzie Bennet Diaries. Reprodução

Em TLBD, Elizabeth Bennet (Lizzie – Ashley Clements) é uma universitária de 24 anos de classe média, desempregada e com milhares de contas de crédito estudantil para pagar. Estudante de comunicação social, ela está em seus últimos semestres da grad-school (o equivalente à pós-graduação aqui no Brasil) e, como parte de seu projeto final na faculdade, resolve criar um vlog, em que, em vídeos de cerca de cinco minutos, conta os acontecimentos de seu dia-a-dia (e de sua família):  reclama da mãe, que insiste em acreditar que o objetivo maior da vida das filhas é casar-se com um homem jovem, solteiro e rico; apresenta suas irmãs,a adorável Jane (Laura Spencer) e a animada Lydia (Mary Kate Wiles), e sua melhor amiga Charlotte Lu (Julia Cho); e passa muito, mas muito tempo, falando sobre um tal de Bing Lee (Christopher Sean), sua irmã Caroline (Jessica Jade Andres) e seu amigo esnobe e hipster William Darcy (Daniel  Vincent Gordh) que acabam de chegar na cidade. Como uma adaptação de Austen, TLBD está repleta de bons diálogos, ironias e sarcasmos, além é claro, de pré-julgamentos.

Mais do que o formato completamente inusitado, a série é marcada pela maneira como o enredo do livro é transposto para o nosso tempo. Para a nossa Lizzie, apesar de todos os esforços da Sra. Bennet, a maior questão de sua vida não está relacionada a conseguir um bom partido ou entrar para a sociedade, mas sim ao seu futuro profissional. Porém o que de fato dá graça à produção – além de ser o grande trunfo que conquistou tantos fãs – é que a história se expande para fora do canal de Lizzie: os personagens estão presentes em redes sociais, como Twitter, Tumblr e Pinterest, e ocasionalmente surgem outros vlogs, os chamados spin-offs, protagonizados por outras pessoas, como Lydia e Gigi, além de vídeos de Questions&Answers (Q&A) da própria Lizzie. Nos momentos de maior atividade da série, houve semanas com até cinco vídeos publicados. Outro recurso utilizado, porém em menor escala, foi a criação de 3 sites relacionados a determinadas partes da narrativa.

lbdtwitter
"Os personagens estão presentes em redes sociais, como Twitter"

Cada um desses conteúdos extras contribui para a construção de um enredo único, em um tipo de narrativa chamada de transmídia. Em poucas palavras, a transmídia baseia-se na contribuição singular de uma diversidade de plataformas para um único enredo, cada uma delas acrescentando elementos novos e desconhecidos ao plot principal.

Com pouco menos de um ano de existência, além dos 100 episódios planejados para o canal principal, TLBD conta também com 9 vídeos de Q&A e mais 44 vídeos espalhados entre outros 4 canais, somados a postagens nos Tumblrs oficiais e dezenas de tweets nas 15 contas ligadas à série, que até mesmo interagem com os seguidores. Esses conteúdos são planejados especialmente para preencher o intervalo entre os episódios principais (publicados sempre às segundas e quintas-feiras), tornando a história mais completa e instigante, além de dar continuidade e fluidez ao enredo.

Ficou curioso? Neste link você consegue ver todo o conteúdo da série na ordem correta, sem perder nada. Não deixe de ler a Parte II, aqui!

por Bruna Romão
bruna.romao.silva@gmail.com

 

2 comentários em “The Lizzie Bennet Diaries – Orgulho, preconceito e internet (Parte I)”

  1. Pingback: The Lizzie Bennet Diaries – Orgulho, preconceito e internet (Parte II)

  2. Pingback: Entenda o que é um vlog

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima