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Musical Quase Normal – Porque dá para cantar assuntos sérios

Fui assistir recentemente à produção brasileira do premiado musical Next to Normal. O texto original ganhador do Pulitzer em 2010, de Brian Yorkey chegou finalmente aos nossos palcos no ano passado onde fez uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro com direção e versões de Tadeu Aguiar (Baby – o musical) e agora está …

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Quase Normal. Divulgação
Quase Normal. Divulgação

Fui assistir recentemente à produção brasileira do premiado musical Next to Normal. O texto original ganhador do Pulitzer em 2010, de Brian Yorkey chegou finalmente aos nossos palcos no ano passado onde fez uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro com direção e versões de Tadeu Aguiar (Baby – o musical) e agora está no Teatro Faap para o público paulistano.

Confesso que este é um dos meus musicais favoritos sem ter tido a chance de vê-lo ao vivo na Broadway. No original, a veterana do teatro americano Alice Ripley interpreta a mãe bipolar de uma família “quase normal” acompanhada de um elenco de peso com Brian d’Arcy James, seu marido e o fantástico Aaron Tveit como o filho – Aaron também estrelou Os Miseráveis, que concorreu ao Oscar deste ano, como o rebelde Enjolras.

Vanessa Gerbelli em Quase Normal. Divulgação
é Diana Goodman. Divulgação

No Brasil o elenco não fica por baixo. Vanessa Gerbelli surpreende ao ser Diana Goodman no palco. Sua voz não é carregada de técnica de beltings e tantas outras conhecidas na Broadway, mas tem emoção; e é disso que Diana precisa. Em suas músicas ora divertidas, ora muito emotivas, consegue cativar o público que não somente se senta como observador, mas que começa a compartilhar a vida desta mulher.

Vanessa Gerbelli em Quase Normal. Divulgação
é Dan Goodman. Divulgação

Quem também se destaca é Cristiano Gualda com voz e atuação impecáveis. Ele é Dan Goodman, pai desta família que sempre tenta se manter forte para acompanhar a esposa em momentos de crise. Quando canta “Who’s Crazy?” simplesmente deixa a audiência sem fôlego com o peso e emoção do texto cantado em sua técnica impecável.

Este não é um musical muito comum. Além de tratar de problemas psiquiátricos e seus desenrolares, não tem solos de sapateados nem coros monumentais. O elenco é formado por somente sete atores que estão em cena quase que a todo momento. É também uma ópera-rock, intercalando de maneira bastante interessante instrumentos eletrônicos com clássicos.

Quem surpreende na atuação é Carol Futuro. A primeira vista, Natalie é mais uma adolescente mal-compreendida e muito reclusa das historinhas americanas. Mas quando sua vida vai sendo revelada – além da de seu irmão Gabe, Olavo Cavalheiro – é impossível não ser atingido por seu trabalho.

A cenografia, apesar de reduzida para os teatros brasileiros, ainda traz muito do original. A casa com paredes móveis e o aproveitamento da verticalização do palco dá mais movimento às cenas em que o coro está presente. Destaque para a solução da escada que se move e pode transformar a casa no salão de baile da escola de Natalie.

Quase Normal. Divulgação
Quase Normal. Divulgação

Em uma São Paulo que fervilha quando o assunto é musical, esta opção deve estar na lista para todos os fãs do gênero ou também para qualquer um que está disposto a conhecer algo novo, que foge do lugar-comum das produções Broadway.

Serviço
Quase Normal
Teatro FAAP
Sexta-feira às 21h, sábado às 18h e 21h30 e domingo às 17h
De 40R$ à 100R$

por Fabio Manzano
frmanzano1@gmail.com

 

1 comentário em “Musical Quase Normal – Porque dá para cantar assuntos sérios”

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