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41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: California Dreams

Este filme faz parte da 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui. O documentário americano California Dreams (2017) acompanha a vida de cinco pessoas que aspiram por uma carreira em Hollywood e, na esperança de alcançar este sonho, passam seus dias realizando audições em pequenas cidades. A construção …

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Este filme faz parte da 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui.

O documentário americano California Dreams (2017) acompanha a vida de cinco pessoas que aspiram por uma carreira em Hollywood e, na esperança de alcançar este sonho, passam seus dias realizando audições em pequenas cidades. A construção do filme é muito interessante: primeiro aparece uma tela preta com o nome da personagem e o que ela quer ser, depois, a câmera foca em seu rosto e esta fala um pouco sobre sua vida e seus sonhos e, só então, a trajetória dela passa a ser acompanhada. Desse modo, às vezes a história da pessoa é contada pelo filme e, às vezes, por ela mesma.

Cada uma das cinco personalidades apresentadas é bem construída e seus dramas são bem retratados. Isso se dá porque o filme se esforça muito em mostrar os “aspectos escondidos” de cada um – a forma de andar, o movimento dos olhos, o modo em ela que pensa – e em contar suas histórias através de diálogos ou monólogos extremamente longos e profundos (mas nem um pouco cansativos). Por isso, as cenas têm, em sua maioria, grande duração. Uma delas, por exemplo, mostra apenas a conversa de um dos personagem com sua mãe e dura cerca de 15 minutos, em um take só. Mas o melhor é que essa construção é feita sem que o resultado final seja chato, pelo contrário, é envolvente.

A fotografia do documentário também é muito bonita. São filmadas muitas paisagens e todas as cenas são iluminadas pelo sol, isso causa encanto, é bonito de se ver.  California Dreams explora em cada protagonista suas incertezas e inseguranças, seus conflitos internos, a falta de apoio que eles recebem e o medo que eles mesmos têm de falharem. Alterna momentos de dor e felicidade. Em suas falas, às vezes, parece que os personagens estão desabafando. O roteiro do filme é o principal responsável por isso, graças à ele o espectador se identifica tanto com as histórias contadas e, mais, torce por elas.

O longa é um clássico Hollywoodiano, ou seja, usa e abusa de todos os clichês e fórmulas já tão conhecidos: personagens com sonhos impossíveis e falta de apoio, reviravoltas, acontecimentos um pouco mágicos (e irreais) e um final feliz que dá aquele quentinho no coração. Quem assiste sai da sala de cinema sorrindo. Mas, diferente do que se espera, todos esses clichês são articulados de um modo que não torna o filme repetitivo, entediante e previsível. E sim, sonhador, jovem, mágico, um pouco emocionante e feliz.

Confira o trailer:

Por Mariangela Castro
mariangela.ctr@gmail.com

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