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42ª Mostra Internacional de SP: Isto É Um Lar: Uma História de Refugiados

Este filme faz parte da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui. Deixar seu país de origem, abdicar de sua antiga vida para adentrar a um universo completamente diferente de pessoas e cultura, se arriscar em viagens longas e perigosas, imaginar um ambiente perfeito e seguro, esperar fazer …

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Este filme faz parte da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui.

Yasmen e Khaldoun são uma das famílias apresentadas. (Imagem: Reprodução)

Deixar seu país de origem, abdicar de sua antiga vida para adentrar a um universo completamente diferente de pessoas e cultura, se arriscar em viagens longas e perigosas, imaginar um ambiente perfeito e seguro, esperar fazer parte do “sonho americano”; chegar e desiludir-se. Assim é Isto É Um Lar: Uma História de Refugiados (This Is Home: A Refugee Story, 2018), um filme que consegue exibir parte da luta que é se refugiar nos Estados Unidos da América.

O documentário acompanha a história de quatro famílias sírias, que fugindo da guerra, são levadas à cidade de Baltimore. Chegando lá, são expostos a tudo que enfrentarão: possuem somente oito meses de assistência, com residência e contas pagas, para conseguirem aprender a língua inglesa, encontrar um primeiro emprego e começar a viver de maneira completamente diferente da que viviam antes.

Uma das famílias é a de Khaldoun e Yasmen. Juntos possuem quatro filhos. Ao longo da trajetória vemos o quanto é difícil a adaptação. O primeiro emprego deve ser aquilo que a assistência conseguir para eles, e os dois deveriam trabalhar para serem autossuficientes, mas Khaldoun não quer que sua esposa trabalhe. As crianças têm receio de ir para a escola e sofrerem algum tipo de preconceito. Na terapia escolar demonstram as lembranças que possuem da guerra: brincam que bombas estão caindo do céu, há tiroteio e incêndio. “Ela está com medo”, diz a filha de Yasmen segurando uma boneca.  

Outra família é a de Madiha, que saiu da Síria após ter sua casa bombardeada. Foram andando até a Jordânia, para depois chegarem ao país norte americano.  Madiha tem dificuldade com a língua, mas seus filhos, com maior facilidade, a ajudam. Ela usa hijab. Um dia no ônibus, um homem segurou e perguntou se ela era muçulmana. Madiha entendeu o recado: seu hijab agora é a bandeira dos Estados Unidos.

Madiha e seu hijab/bandeira. (Imagem: Reprodução)

Há ainda a história de outras duas famílias, que como as já mencionadas, passam por igual dificuldade: comunicar-se com os nativos, encontrar emprego, sentirem-se confortáveis no novo lar, superarem o medo da deportação, ainda mais próxima com o governo de Donald Trump. Não é tarefa fácil.

O documentário dirigido por Alexandra Shiva é um trabalho de empatia e respeito.

Confira o trailer original:

Por Crisley Santana
crisley.ss@usp.br

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