Como chega à Copa?
A Albiceleste vem preparada para brigar pelo tricampeonato. Depois de interromper um jejum de 28 anos sem conquistas ao vencer a seleção brasileira em pleno Maracanã, os “hermanos” carimbaram o passaporte para o Catar de forma invicta nas eliminatórias sul-americanas. A seleção argentina inclusive é dona da maior sequência de invencibilidade em jogos de seleções no planeta, com uma série impressionante de 33 jogos sem perder. A última impressão deixada ainda garantiu uma nova taça para a equipe de Lionel Scaloni, que atropelou a campeã europeia Itália e conquistou a Finalíssima. A última derrota de Messi e companhia foi justamente diante da Seleção Brasileira, na Copa América de 2019, em um jogo marcado por polêmicas de arbitragem. De lá para cá foram 23 vitórias, 10 empates e nenhuma derrota.

Principais destaques
Lionel Messi: A trajetória de Messi na Albiceleste já passou por momentos complicados, como a aposentadoria da seleção após a sequência de três vice-campeonatos entre 2014-2016, incluindo o da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Porém, após vencer a Copa América de 2021, o “ET” chega em sua quinta e, possivelmente, última Copa do Mundo sem a pressão de não ter conquistado títulos com sua seleção. Há de se destacar que Messi é o atual o vencedor do prêmio “Bola de Ouro”, sendo considerado o melhor jogador do mundo pela sétima vez. Além de ser um dos maiores vencedores da história do futebol, é o maior artilheiro da história da seleção argentina.
Se nas copas anteriores era criticado por não desempenhar na seleção o mesmo que desempenhava em seu clube, hoje a situação se inverteu. O craque tem demonstrado seu melhor desempenho pela Argentina, algo que não se repete em seu atual clube, o Paris-Saint-Germain. Será que Leo consegue terminar sua carreira vencendo a principal competição do futebol?
Mesmo com a presença dos craques, que costumam atrair todos os holofotes, Di María já “roubou a cena” em diversos momentos, com gols e assistências decisivas. O meia foi um dos destaques da Argentina na campanha do vice-campeonato da Copa do Mundo de 2014 e no mesmo ano foi um dos melhores jogadores da UEFA Champions League, em que foi campeão com o Real Madrid. “Di Magia” está no top 10 de maiores artilheiros da história da seleção argentina e do PSG, além de ser o terceiro jogador com mais assistências na história da Champions League, atrás apenas de Messi e Cristiano Ronaldo. Na seleção, viveu seu grande momento justamente ao marcar o gol que sacramentou o fim do jejum de 28 anos, ao vencer o Brasil no Maracanã.

Retrospecto Histórico
A Argentina pertence ao seleto grupo de seleções que já levantaram a taça da principal competição do futebol mundial,em duas oportunidades. O primeiro título veio em 1978, ao receber a Copa do Mundo em sua casa. Na grande decisão, a equipe de Mario Kempes e Daniel Passarella derrotou a Seleção Holandesa pelo placar de 3 a 1 na prorrogação, após empate no tempo normal.
Já a segunda glória foi conquistada em 1986, no lendário Estádio Azteca, na Cidade do México. O estádio, que mais recebeu jogos na história das Copas, foi palco da consagração do maior ídolo da história da Argentina: Diego Armando Maradona. O lendário camisa 10 recebeu o apelido de “D1OS” e foi disparado o melhor jogador da competição com 5 gols, sendo 4 deles no mata-mata. Na grande final, a Argentina derrotou a Alemanha por 3 a 2 e ergueu a taça novamente.
Primeira copa após a morte de D10S
Maradona é o maior nome do futebol argentino e uma das maiores personalidades da história do país. “El Pibe”, como é chamado, foi um gênio imparável com a bola nos pés e um sinônimo da paixão pelo futebol e entrega dentro de campo. Além da seleção argentina, Maradona desfilou seu futebol com as camisas de Argentinos Juniors, Boca Juniors, Barcelona, e se tornou ídolo supremo no Napoli.
Seus lances espetaculares serão eternamente lembrados, assim como as polêmicas na qual o jogador esteve envolvido durante toda sua vida. Fora de campo, Maradona foi um símbolo político, ao se posicionar diversas vezes contra o imperialismo e em defesa de governos de esquerda na América Latina. Além disso, enfrentou entidades do futebol até então “intocáveis”, como os grandes magnatas donos de clubes e até mesmo a própria FIFA. Ao mesmo tempo, a dependência química acompanhou a trajetória vitoriosa de Maradona, com danos irreversíveis à sua saúde. A morte de Don Diego completará dois anos durante a Copa do Mundo do Catar, e toda sua simbologia para o povo argentino deve motivar a equipe a buscar o título em sua homenagem.