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Nasce uma dinastia: Chiefs vence Super Bowl LVII

Kansas City vira o placar nos minutos finais e bate Philadelphia Eagles para conquistar segundo título da era Mahomes

Por 38 a 35, o Kansas City Chiefs bateu o Philadelphia Eagles e levou o Super Bowl LVII. No último domingo (12), o Chiefs levou o troféu Vince Lombardi em uma partida protagonizada por ataques eletrizantes no State Farm Stadium, no Arizona. Foi o segundo Super Bowl vencido pelo Chiefs com o quarterback Patrick Mahomes, em três disputados. O camisa 15 foi premiado com o MVP (Most Valuable Player, em português Jogador Mais Valioso) da temporada regular e da decisão.

No primeiro duelo entre quarterbacks negros na história do Super Bowl, Jalen Hurts e Mahomes fizeram uma das maiores exibições de QBs no maior jogo da temporada: mais de 600 jardas totais combinadas, mais de 100 jardas corridas combinadas, sete touchdowns e nenhuma interceptação. Na colisão dos dois melhores ataques da liga, prevaleceu o primeiro, mesmo com uma fantástica atuação do segundo.

Eagles sai na frente

Ataques chegam na endzone nas primeiras campanhas

O jogo começou com posse de bola de Philadelphia. Desde cedo, o quarterback Jalen Hurts exibiu seu arsenal duplo com três primeiras descidas consecutivas que finalizaram com um touchdown terrestre de uma jarda do camisa um. Hurts liderou o Eagles em touchdowns terrestres durante a temporada regular, com 13, número suficiente para ser o segundo melhor da liga (empatado com outros dois jogadores e atrás apenas de Jamaal Williams, que tem 17). 

O Chiefs respondeu de imediato. O melhor ataque da liga emplacou quatro corridas e dois passes para o tight end Travis Kelce, o último resultou em um touchdown de 18 jardas. Em uma cobertura defensiva, Kelce se desvencilhou da marcação individual do safety Marcus Epps para anotar seis pontos. A tréplica veio com um touchdown de 45 jardas de Hurts para o wide receiver A.J. Brown. Esta foi a segunda recepção do wide receiver na partida, que teve apenas 50 jardas recebidas nos outros dois jogos nos playoffs. Em 2022, o camisa 11 teve 1.496 jardas recebidas na temporada, quebrando um recorde da franquia estabelecido em 1983.

O jogo começou com posse de bola de Philadelphia. Desde cedo, o quarterback Jalen Hurts exibiu seu arsenal duplo com três primeiras descidas consecutivas que finalizaram com um touchdown terrestre de uma jarda do camisa um. Hurts liderou o Eagles em touchdowns terrestres durante a temporada regular, com 13, número suficiente para ser o segundo melhor da liga (empatado com outros dois jogadores e atrás apenas de Jamaal Williams, que tem 17). 

O Chiefs respondeu de imediato. O melhor ataque da liga emplacou quatro corridas e dois passes para o tight end Travis Kelce, o último resultou em um touchdown de 18 jardas. Em uma cobertura defensiva, Kelce se desvencilhou da marcação individual do safety Marcus Epps para anotar seis pontos. A tréplica veio com um touchdown de 45 jardas de Hurts para o wide receiver A.J. Brown. Esta foi a segunda recepção do wide receiver na partida, que teve apenas 50 jardas recebidas nos outros dois jogos nos playoffs. Em 2022, o camisa 11 teve 1.496 jardas recebidas na temporada, quebrando um recorde da franquia estabelecido em 1983.

A.J. Brown recebe passe de 45 jardas para o touchdown. [Imagem: Reprodução/Twitter/NFL]

Quanto mais tempo com a posse de bola, melhor

Após duas campanhas sem pontuar e perdendo por 14 a 7, a defesa do Chiefs forçou um fumble na tentativa de corrida de Hurts e o linebacker Nick Bolton retornou para um touchdown de 36 jardas. O Eagles reagiu com uma campanha de 12 jogadas trabalhadas em mais de sete minutos, que teve uma corrida de 28 jardas de Hurts e duas quartas descidas bem sucedidas. Hurts correu para mais um touchdown e colocou Philadelphia à frente do placar novamente. 

Na vitória contra o San Francisco 49ers, na NFC Championship, o Eagles quebrou um recorde de 99 anos: foram 39 touchdowns terrestres contando temporada regular e pós-temporada (42 ao contar com o Super Bowl). Sob o comando dos running backs Miles Sanders, Boston Scott e Kenneth Gainwell, o time teve o quinto melhor número de jardas terrestres na liga. Apesar de acionado, o ataque corrido não conseguiu superar as trincheiras no Super Bowl com o êxito que teve durante o ano. Sem Hurts, os running backs correram para apenas 45 jardas em 17 carregadas.

Ainda assim, o kicker Jake Elliot acertou um field goal de 35 jardas para encerrar o primeiro tempo do jogo. O Eagles construiu uma liderança de 24 a 14 ao fim do segundo quarto, com controle absoluto do relógio. Foram 21’33” de posse de bola para o ataque de Philadelphia, enquanto o grupo ofensivo do Chiefs esteve com a bola por 8’27”. Durante os playoffs, a equipe comandada por Nick Sirianni teve uma média de 60,7% da bola em suas mãos contra os oponentes. 

No primeiro tempo, o ataque do Kansas City realizou 21 jogadas para 128 jardas totais, ao passo que Philadelphia teve 45 jogadas para 265 jardas totais. A intenção era clara: sem a bola, os adversários precisam pontuar em pouco tempo, além de cansar a defesa e abrir margem para o jogo terrestre no segundo tempo. E contra Mahomes, o Eagles abusou do relógio para evitar que o quarterback tivesse a bola em mãos. 

Philadelphia teve menos de 20 minutos de posse de bola na única derrota na temporada com Hurts em campo. [Imagem: Reprodução/Twitter/NFL] 

Rihanna: um halftime show para a história

Anunciada como atração principal do Super Bowl em setembro do ano passado, Rihanna não fazia uma apresentação em público desde o Grammy Awards em janeiro de 2018. Em um palco suspenso e com um look vermelho, a diva pop abriu o show com Bitch Better Have My Money. Sem álbum lançado desde janeiro de 2016, com o ANTI, voltou a dominar os charts mundiais após o halfitme show, com 15 músicas no Top 100 do Spotify Global e três músicas no Top 10 da Apple Music.

A combinação do figurino branco dos dançarinos com o jogo de luzes valorizou ainda mais as coreografias de sucessos como Where Have You Been, We Found Love e Rude Boy – o último com um remix versão funk, do brasileiro DJ Klean. No longo palco do campo, Rihanna se uniu a uma multidão de dançarinos para entreter o público. 
Em seus dois maiores hits, Umbrella e Diamonds, subiu novamente no palco suspenso e brilhou em uma performance imponente. A apresentação solo e pirotécnica de Diamonds relembrou aos fãs do pop a grandiosidade de Rihanna nos palcos: em um estádio com 67 mil presentes e em um dos maiores jogos da história do Super Bowl, a cantora brilhou em um show inesquecível.

No palco suspenso, Rihanna finaliza a apresentação com Diamonds. [Imagem: Reprodução/Twitter/Apple Music] 

Segundo tempo implacável do Chiefs

Linha ofensiva do Chiefs: a guerra se vence nas trincheiras

No retorno do embate, Mahomes liderou uma campanha de dez jogadas que culminou em um touchdown terrestre do running back novato Isiah Pacheco. Nessa campanha, ficou evidente um fator essencial para a vitória do Chiefs: a linha ofensiva não permitiu que Mahomes sofresse sacks durante toda a partida. Tal feito torna-se ainda mais impressionante quando considerado que a linha defensiva do Eagles liderou a liga em sacks na temporada regular, com 70 – 15 a mais do que o segundo colocado na lista, o próprio Chiefs. Contando com a pós-temporada, a linha defensiva, apelidada de Sackadelphia (amálgama das palavras sack e Philadelphia) derrubou o quarterback adversário um total de 78 vezes. 

Contra Mahomes, isso não aconteceu. O linebacker Haasan Reddick, que teve 19,5 sacks na temporada inteira, defendeu o offensive tackle Andrew Wylie durante toda a partida pelo lado direito e não conseguiu chegar no quarterback adversário. Quando a pressão funcionou, Mahomes encontrou passes rápidos. Apesar de não aplicado, o ajuste defensivo de Philadelphia poderia ter sido colocar a explosão de Reddick contra um OT mais lento, como é o caso de Orlando Brown.

A equipe do Eagles emitiu reclamações sobre as condições do gramado do campo, que apesar do investimento de US$ 800 mil, dificultaram ações rápidas da defesa do time. Dos chutes às pressões feitas pela linha defensiva, a grama interferiu nas jogadas, embora em nenhuma significativamente. A estrutura montada para o show do intervalo pode ter danificado ainda mais o campo.

Os três pontos de vantagem de Philadelphia quase evaporaram quando a defesa alvirrubra forçou um fumble de Miles Sanders com um tackle e Bolton retornou para mais um touchdown. Porém, após revisão, a jogada foi revertida pois Sanders não estava em total posse da bola, o que anulou o fumble. O ataque, então, produziu uma campanha extensa de 17 jogadas para 60 jardas, que culminou em um field goal de 33 jardas depois de Hurts ser pressionado.

Mahomes explorou a secundária do Eagles

Ao acionar seus recebedores seis vezes durante a campanha, Mahomes aproveitou a falha do cornerback Darius Slay para virar o jogo com um touchdown passado para Kadarius Toney. O wide receiver do Chiefs estava livre de marcação para anotar seis pontos e colocar Kansas City na liderança pela primeira vez no jogo. Durante os playoffs, o time treinado por Andy Reid nunca ficou atrás do placar. 

Com o punt de Philadelphia, Toney retornou para 65 jardas, sendo derrubado na linha de cinco jardas do território do Eagles. Três jogadas depois, Mahomes encontrou o wide receiver Skyy Moore para aumentar a vantagem de KC. A jogada usada pelo Chiefs foi a mesma do touchdown anterior, mas, do lado oposto. Mais um erro da defesa, desta vez na comunicação dos membros da secundária dos Eagles, Avonte Maddox e James Bradberry, permitiu que Kansas City estendesse a diferença para 35 a 27.

Skyy Moore recebe o touchdown livre de marcação. [Imagem: Reprodução/Twitter/NFL]

Mesmo explorada no Super Bowl, a secundária das Águias não teve tantas falhas na temporada regular. O Eagles teve a melhor defesa aérea da liga, com média de 179,6 jardas passadas cedidas por jogo, número que colocou a equipe como segunda melhor defesa da NFL, atrás apenas do 49ers. Junto de outros três jogadores, o safety C.J. Gardner-Johnson liderou a temporada com seis interceptações, enquanto o Bradberry (cornerback) teve quatro. 

Porém, a defesa em zona permitiu que Mahomes encontrasse alvos fáceis para conquistar primeiras descidas. Na semana 16, o Dallas Cowboys já havia revelado brechas nesse esquema: o quarterback Dak Prescott completou 24 dos 24 passes lançados para 300 jardas na vitória do clube texano. No Super Bowl, o camisa 15 conseguiu aproveitar os espaços deixados pelo adversário.

Corrida heroica e falta controversa: o final do jogo

Atrás no placar pela primeira vez na pós-temporada, o Eagles correu quatro vezes seguidas antes de Hurts lançar duas vezes para Brown. Em seguida, o quarterback encontrou o wide receiver DeVonta Smith para 45 jardas, passe que não resultou em seis pontos porque o recebedor se desequilibrou na entrada da endzone

Hurts anotou seu terceiro touchdown terrestre no jogo – o único quarterback na história a alcançar tal marca – com um QB sneak, jogada em que o quarterback se lança acima da linha ofensiva para conquistar a primeira descida em jogadas de poucas jardas. O Eagles foi imparável ao utilizar o QB sneak no Super Bowl com três tentativas bem sucedidas. Na temporada, a jogada foi convertida em 37 das 41 vezes, enquanto a defesa do Chiefs permitiu primeiras descidas em 14 das 15 vezes que enfrentou a situação. Para empatar a partida, Hurts ainda conseguiu uma conversão de dois pontos.

Com pouco mais de cinco minutos no relógio e o placar em 35 a 35, Mahomes abriu a campanha do Chiefs com participações de Pacheco, Juju Smith-Schuster e Kelce. Pressionado na linha de 43 jardas, o MVP se deslocou por 26 jardas, mesmo com uma torção no tornozelo – ocorrida após a torção original no jogo de pós-temporada contra o Jacksonville Jaguars. A corrida deu a Kansas uma primeira descida na redzone

Duas jogadas depois e com 1’48” restantes, Mahomes lançou um passe incompleto para Smith-Schuster, mas uma falta foi marcada na ação. Segundo a arbitragem, o cornerback Bradberry segurou o wide receiver do Chiefs em um passe que tinha potencial de ser completo – e culminaria em touchdown. Ao final do jogo, Bradberry admitiu que segurou o oponente: “Puxei sua camisa. Eles [os árbitros] marcaram [a jogada]. Eu esperava que eles deixassem passar”. 

Com uma nova primeira descida, o Chiefs gastou o tempo e Mahomes ajoelhou para deixar 11 segundos no relógio. O kicker Harrison Butker, que havia errado um field goal de 42 jardas na segunda campanha de Kansas City, acertou um chute de 27 jardas para dar a liderança a KC e quase encerrar o jogo. Jalen Hurts ainda teve uma chance de lançar a bola com oito segundos, mas uma luxação esternoclavicular no ombro direito não permitiu que a bola sequer chegasse na endzone

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Kansas City Chiefs

Ataque

  • Patrick Mahomes (QB): 21/27 passes completos, 3 touchdowns passados, 182 jardas passadas, 44 jardas corridas;
  • Isiah Pacheco (RB): 1 touchdown terrestre, 76 jardas, 15 corridas;
  • Travis Kelce (TE): 1 touchdown, 81 jardas, 6 recepções;
  • Kadarius Toney (WR): 1 touchdown, retorno de punt de 65 jardas (recorde de distância na história do Super Bowl;

Defesa

  • Nick Bolton (LB): 1 touchdown, 9 tackles;
  • Leo Chenal (LB): 1 sack, 6 tackles;
  • Khelan Saunders (DT): 1 sack, 2 tackles;

Philadelphia Eagles

Ataque

  • Jalen Hurts (QB): 27/38 passes completos; 4 touchdowns totais (1 passado e 3 terrestres), 304 jardas passadas, 70 jardas corridas, 1 fumble, 2 sacks;
  • A.J. Brown (WR): 1 touchdown, 96 jardas, 6 recepções;
  • DeVonta Smith (WR): 100 jardas, 7 recepções;

Defesa

  • Avonte Maddox (CB): 7 tackles;
  • T.J. Edwards (LB): 6 tackles, 1 passe desviado;
  • Haasan Reddick (LB): 1 tackle, 2 QB hits;

Ao incluir os playoffs, Hurts teve 43 touchdowns totais pelo Eagles, sendo 25 passados e 18 corridos. [Imagem: Reprodução/Twitter/NFL]

Como Kansas City Chiefs chegou até o Super Bowl

Um projeto bem sucedido

Patrick Mahomes foi selecionado pelo Kansas City Chiefs na 10ª escolha do Draft da NFL de 2017. Reserva de Alex Smith no seu primeiro ano, Mahomes foi titular a partir de seu segundo ano, quando passou para 5.037 jardas, 50 touchdowns e foi nomeado o MVP da temporada 2018. Naquela temporada, o Chiefs teve um recorde de 12-4 (12 vitórias e 4 derrotas), e caiu na AFC Championship contra o New England Patriots de Tom Brady que viria a ser campeão. Pelas próximas cinco temporadas, Kansas disputaria todas as finais de conferência.

No ano seguinte, o Chiefs acumulou outro recorde de 12-4 e classificou-se na segunda posição da conferência. Em duas viradas de placar, passou do Houston Texans e do Tennessee Titans para conquistar o primeiro título da AFC da franquia e uma vaga no SB LIV, contra o 49ers. Com três touchdowns anotados nos últimos seis minutos de jogo, o Chiefs superou o adversário para vencer seu primeiro Super Bowl. Mahomes foi o MVP da partida.

Mahomes levanta seu primeiro troféu Vince Lombardi no Super Bowl LIV [Imagem: Reprodução/Twitter/NFL]

Além da paralisação devido à pandemia de covid-19, uma derrota no Super Bowl LV contra o Buccaneers de Brady marcou a temporada de 2020. KC teve uma campanha de 14-2, liderou a conferência, bateu o Cleveland Browns no Divisional Round e venceu o Buffalo Bills na AFC Championship, mas não foi páreo para o Bucs.

Já na temporada de 2021, o Chiefs teve campanha de 12-5, suficiente para o segundo melhor recorde na conferência. Depois de passar pelo Pittsburgh Steelers na rodada de repescagem, Mahomes liderou a vitória do Chiefs no confronto contra o Bills pelo Divisional Round no que seria uma das melhores partidas da história da pós-temporada, segundo a mídia esportiva americana. Contra o Cincinatti Bengals na AFC Championship, no entanto, o Kansas City não saiu vitorioso na prorrogação.

Temporada 2022: a consagração

Em uma reedição do ano anterior, Kansas City chegou ao Super Bowl LVII após ser campeão da AFC contra o Bengals. Em partida marcada por arbitragem polêmica – foram ao menos cinco lances mal apitados a favor de KC – Mahomes venceu seu primeiro duelo contra o quarterback Joe Burrow na carreira. Foram 334 jardas totais e dois touchdowns para o camisa 15, além da corrida de cinco jardas, na qual recebeu falta, para conquistar a primeira descida e preparar o field goal decisivo. 

O Chiefs terminou a temporada regular com 14 vitórias e três derrotas, uma delas contra o próprio Bengals. Kansas City anotou 44 pontos na melhor defesa da liga, a do San Francisco 49ers, atingindo marcas como: melhor ataque da NFL (média de 29,2 pontos por jogo, 61 touchdowns e 7.032 jardas totais); melhor ataque aéreo da liga (média de 297,8 jardas passadas por jogo); ataque que mais produz jardas por jogada (6,4 jardas por jogada); e ataque com a segunda melhor eficiência na conversão de terceiras descidas (48,7% de sucesso).

Joe Burrow foi derrubado cinco vezes pela defesa de Chiefs [Imagem: Reprodução/Twitter/Kansas City Chiefs]

Com feitos de tal magnitude, Patrick Mahomes recebeu seu segundo MVP da temporada regular, com 5.250 jardas passadas, 41 touchdowns passados e 12 interceptações. Sem seu ex-principal alvo, o wide receiver Tyreek Hill, que foi trocado ao Miami Dolphins, Mahomes teve, estatisticamente, sua melhor temporada na carreira. As mais de cinco mil jardas passadas são o quarto maior número em uma temporada na história da NFL, atrás de Peyton Manning (5.477 em 2013), Drew Brees (5.476 em 2011) e Tom Brady (5.316 em 2021).

Por ter o melhor recorde da conferência, a equipe teve passagem direta pelo primeiro jogo dos playoffs. No Divisional Round, o Chiefs bateu o Jaguars por 27 a 20, com destaque para as 98 jardas e dois TDs recebidos por Kelce. Somando temporada regular e pós-temporada, Kansas City teve sete vitórias consecutivas, que culminaram no segundo Super Bowl vencido em quatro anos e no nascimento da dinastia em uma AFC recheada de quarterbacks talentosos – Joe Burrow, Josh Allen, Justin Herbert, Lamar Jackson, Trevor Lawrence e Tua Tagovailoa são alguns exemplos.

A história diante dos nossos olhos

Com 226 jardas totais (182 passadas e 44 corridas) e três touchdowns, Patrick Mahomes levou o MVP do Super Bowl pela segunda vez na carreira, na mesma temporada de seu também segundo MVP. Sabendo quando correr ou quando lançar, o quarterback teve uma atuação que o colocou na história: poucas vezes a NFL teve um atleta tão talentoso e dominante. Se em seu primeiro Super Bowl, vencido quatro temporadas atrás, quando Mahomes tinha apenas 23 anos, havia dúvidas de sua grandeza, elas se extinguiram na noite do SBLVII. Mais do que qualquer atleta, Mahomes brilhou desde que entrou na liga e tem encantado todos que assistem a sua presença em campo. 

https://www.instagram.com/p/ColkAv7LPTD/?utm_source=ig_web_copy_link

Esse foi o segundo anel conquistado por Andy Reid. Além do título vencido quando era coordenador ofensivo do Green Bay Packers, o técnico do Kansas City Chiefs foi campeão junto com Mahomes. A dupla liderou a franquia a cinco jogos consecutivos na AFC Championship, três aparições em Super Bowl (LIV, LV e LVII) e dois vencidos (LIV e LVII). Desde 2018, primeiro ano de Mahomes como titular, o Chiefs tem um recorde de 75 vitórias e 21 derrotas, somando temporada regular e playoffs. Tão vitorioso, Mahomes segue os passos de Brady para marcar seu nome como o maior quarterback da história.

*Imagem de capa: Reprodução/ Twitter @NFL

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