O filme “Cartas para Julieta” (Letters to Juliet), dirigido por Gary Winick, estréia nas salas de cinema no dia 11/06 e conta uma história semelhante a muitas outras já conhecidas do público. Sophie, interpretada por Amanda Seyfried, resolve ir com seu noivo Victor, personagem de Gael García Bernal, para Verona, numa espécie de lua-de-mel antecipada. A escolha do lugar não foi à toa, afinal a cidade é um conhecido ponto turístico para os apaixonados, pois lá se passou uma das maiores histórias de amor de todos os tempos: “Romeu e Julieta”, de Shakespeare.
Ao chegar, Victor preocupa-se mais em fazer um tour gastronômico do que em ficar com sua noiva. A viagem que deveria ser romântica para o casal transforma-se de vez quando Sophie conhece as “Secretárias de Julieta”, mulheres responsáveis por responder cartas enviadas para Julieta – sim, aquela do Romeu – contando suas lamentações amorosas. A garota resolve ajudá-las e responde a uma carta datada de 1957 que pedia um conselho. A remetente não viveu o grande amor de sua vida, pois foi covarde e não sabia o que fazer.
Dias após responder, Sophie recebe a visita de Claire, papel de Vanessa Redgrave, que escrevera a carta em sua juventude. Por causa da resposta, Claire resolve voltar à Itália, 50 anos depois, para procurar seu grande amor. A simpática velhinha conta com a companhia de seu neto, o jovem e atraente Charlie, interpretado por Christopher Egan, que tem sempre uma tirada sarcástica ou divertida e que, mesmo contrariado, ajuda a avó em sua busca. Sophie se une aos dois para procurar Lorenzo, o amor perdido de Claire, e, quem sabe, ela mesma encontrar o verdadeiro amor.
O roteiro não contém em si nada de inovador, muito pelo contrário, segue à risca o que parece ter se tornado um guia para fazer romances mais “levinhos”. Porém, a obviedade do script não torna o filme ruim ou arrastado. Se a receita do casalzinho que se apaixona e tem que lutar para viver seu grande amor, misturada com um pouco de comédia, vem sendo repetida tão exaustivamente é porque faz sucesso se levada do jeito certo.
Os pequenos toques de humor no filme o tornam animado, principalmente depois da meia hora inicial. Verona é muito bem representada pela fotografia primorosa. A trilha sonora que mistura músicas italianas e americanas dá vivacidade à trama e o fato desta não cair no melodrama é uma qualidade. O filme é leve, pode emocionar em alguns pontos e com certeza vai agradar quem curte uma história de amor sem muitas lágrimas.
Por Juliana Malacarne