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Datilografá-lo-ei

Por Giovanna Querido (gioquerido@gmail.com) O sol iluminando o lençol desgrenhado, o sutiã no chão do quarto de hotel. Na mesa em meio a contas para pagar, batom vermelho, páginas datilografadas e uma garrafa de conhaque pela metade, repousa a máquina de escrever. A moça, descabelada pela brisa que entra na janela, senta na cadeira de veludo, …

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Por Giovanna Querido (gioquerido@gmail.com)

O sol iluminando o lençol desgrenhado, o sutiã no chão do quarto de hotel. Na mesa em meio a contas para pagar, batom vermelho, páginas datilografadas e uma garrafa de conhaque pela metade, repousa a máquina de escrever. A moça, descabelada pela brisa que entra na janela, senta na cadeira de veludo, cruza as pernas, acende o cigarro e começa mais um capítulo do seu livro, de ressaca da festa de ontem com seus amigos artistas em um café de Paris.

Sim, essa cena poderia ter sido realidade durante a década de 20, os anos loucos. Mas esse, também, é o imaginário cultural coletivo da máquina de escrever, como se por trás de todas elas houvesse um aspirante a escritor.

Rute Gonçalves, fotógrafa e cinéfila de carteirinha, acha que o imaginário datilografado é em parte “culpa” dos filmes. “A ideia do escritor que escreve as suas obras ou poesias na máquina de escrever de uma forma fluida, sem andar para trás ou emendar. E mesmo quando se engana, arranca a página da máquina, amassa o papel, frustrado com o resultado, e repete, é a imagem romântica veiculada pelos filmes”, diz ela. O seu primeiro contato com a máquina de escrever em um liceu em Portugal talvez não tenha sido tão romântico. No final dos anos 90, os computadores eram “demasiado caros”, e, assim, ela implorou para que sua mãe lhe comprasse uma máquina para poder fazer os trabalhos de escola. No fundo, porém, era mesmo apaixonada pelo simples ato de escrever na máquina da sua amiga. “O próprio som, o tintilar, o correr do rolo, é meio musical ”, conta.

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Autora Gypsy Rose Lee e sua Royal Quiet De Luxe Typewriter. (Foto: Arquivo da Revista Life)

O rolar dos filmes girando na máquina, olhar no visor e apertar o botão. Aquele momento mágico de simplesmente tirar uma foto sem saber o que será revelado. Todo esse misticismo também está presente no ato de datilografar sem poder recorrer à tecla delete, ou mesmo o barulho ao teclar, click, clack, ding. Para Rute, não se trata meramente de velhos objetos obsoletos; são, na verdade, clássicos. “Um clássico nunca sai de moda”, afirma ela. E, talvez, também não seja — apenas — a típica romantização do passado, como questiona: “No final do dia, o que seremos nós sem a eletricidade para ligar os nossos computadores e carregar bateria das nossas máquinas fotográficas digitais e ou smartphones? ”

Essa reflexão provavelmente já passou pela cabeça de Tom Hanks, enquanto estava no set de filmagem ou em alguma premiação chata. Provavelmente, ele só queria chegar em casa, tirar os sapatos apertados, o terno alugado, colocar o Oscar na mesa da cozinha e dedicar-se a sua verdadeira paixão: máquinas de escrever. De acordo com o ator, cada uma tem um som característico: as Remingtons, de 1930, THICK THICK; as Midcentury Royals,  CHALK CHALK; enquanto as Olivettis,  FITT FITT FITT. Além do barulho pelo qual é apaixonado, Tom nos conta, no artigo I Am TOM. I Like to TYPE. Hear That?, que usa a máquina para escrever coisas não oficiais, como cartas para amigos, bilhetinhos de geladeira, to do lists e anotações de um jogo de baseball — sim, isso é possível. “Tudo que você datilografa na máquina de escrever parece importante, algo grande. Um simples bilhete de agradecimento torna-se uma espécie de obra-prima literária.”

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=01iK5NbnG_I[/youtube]

Escrever em uma máquina de escrever tem a ver com permanência, com estar mais próximo de suas palavras. Inspirado por essa vontade de não perder o sentir e o ouvir do ato de datilografar e ciente que hoje não é mais os anos 70 e que talvez seja mais coerente comprar um Ipad do que uma máquina de escrever, em 2015, Hanks criou o app Hanx Writer. O aplicativo permite que você datilografe com o mesmo prazer que em uma máquina manual de escrever, ao mesmo tempo que pode usufruir de toda tecnologia do Ipad, como ele destaca na carta de agradecimento “Be bold and fearless!” [Que seja em negrito e sem medo].

Jack Zylkin também é um desses apaixonados nostálgicos que tenta reconciliar a tecnologia do século 20 com a do 21. Após se formar em engenharia elétrica, Jack inventou a máquina de escrever com entrada para USB para conectar no seu monitor ou mesmo no Ipad, transformando-a em um teclado. Depois de achar uma máquina Royal, jogada no seu apartamento na Philadelfia, decidiu restaurá-la e achou magnífico que todo o artefato tecnológico de 100 anos atrás ainda funcionava. Não suportava tamanho invento ser desperdiçado. Sua primeira experiência com a Royal levou-o a questionar se todo aquele tempo que passava em frente aos aparelhos eletrônicos não estava fazendo mal a sua alma. Queria sentir o mesmo prazer em digitar e-mails que sentia ao escrever na sua Royal.14081217_649728431867197_791266717_n Assim, nasceu a máquina de escrever USB e o seu site. Hoje, na sua fazenda em Orefield, com seus filhos e sua mulher, trabalha consertando as máquinas e preparando os kits de adaptação conforme recebe os pedidos via internet.

Se você é um jovem nascido no século 21 que gosta de escrever, provavelmente já ouviu o conselho: por que você não faz um blog? Assim nasceu a chamada Typosphere. Os bloggers não gostavam apenas de escrever sobre a dureza da vida, o amor não correspondido e as questões filosófico-existenciais de todos nós. Eles tinham algo a mais em comum: colecionavam, usavam ou simplesmente eram aficionados por máquinas de escrever. Envoltos naquele imaginário da máquina de escrever encontrada largada na casa dos pais, essa comunidade global não fazia postagens diretamente em seus blogs, mas primeiro datilografava nas suas máquinas e depois publicava as fotos do texto. O novo e o velho, novamente, convivendo tecla a tecla.

[youtube]https://youtu.be/r8BWV7aQiMQ[/youtube]

O auge dessa iniciativa foi em 2013, quando vários encontros denominados “type-ins” foram marcados para os aficionados datilografarem juntos, em público, e se desafiarem para concursos de velocidade. Criava-se um espaço de troca experiências, máquinas e história. Ou para, simplesmente, se reunirem e  comemorarem o dia mundial da máquina de escrever, patenteada pela primeira vez por Cristopher Latham Sholes em 23 de junho de 1968.

Como um membro ativo dessa comunidade, Richard Plot resolveu ir além e, por meio do livro “The Typewriter Revolution”, documentou tudo o que estava acontecendo. Segundo o autor, as máquinas de escrever estão vivendo uma segunda vida no século 21, reanimadas por escritores, makers, artistas, poetas de rua e crianças. No manifesto da máquina de escrever, aponta o que chama de resistência à digitalização exagerada de nossas vidas, contra o Regime da Informação, convocando-nos, então, a escolhermos o real, o físico, o durável e o autossuficiente, em oposição à representação, ao digital, ao insustentável e ao eficiente, respectivamente. “A revolução será datilografada”, afirma.

A máquina de escrever quebrou. E agora?

Considerada mero hobby hipsteriano para alguns, a máquina de escrever, paixão arrebatadora, pode ser tema para livro ou para post de blog.  Para outros, no entanto, ainda configura-se como fonte de renda e trabalho.

Sentado na sua cadeira de 300 anos atrás trazida da sua família da França, Ronaldo Valim é um dos poucos mecanógrafos restantes em São Paulo. “Mecanógrafo é aquele camarada mecânico de gráfica”, explica. Rua do Carmo, 178, 1ºandar, sala 11-Sé. “Tudo o que você vê aqui hoje, que é loja de perfumaria, tudo os prédios era só máquina, em quatro quarteirões quadrados”, relembra ele. “Nós tínhamos mais de 2000 mecanógrafos, aqui era o centro nervoso da máquina de escrever. ”

Ronaldo, hoje com 64 anos, conta que sempre gostou de consertar coisas; queria ser mecânico, mas o pai, escritor e jornalista, não o apoiou. “Filho”, disse ele, “você tem que estudar”. Ele seguiu os conselhos do pai, mas, depois do 1ºano, já estava cansado da rotina escolar. Considerava que tinha aprendido o suficiente — a ler, escrever e fazer conta. Assim, quando chegou no 2ºano, desistiu da escola. Já a sua história com a máquina de escrever começa alguns anos depois: um certo dia,  disse que foi flechado por um cupido enquanto perambulava por uma feira de antiguidades quando deparou-se com uma máquina, “cheia de parafusinho, cheia de coisinha. ” Comprou. Mas quem iria consertar?

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Postagem de Richard P, dia 25 de maio de 2016, no seu blog. (Foto: Writing Ball)

Já naquela época, ele trabalhava em uma grande lavanderia, lavando e passando roupa, na mesma Rua do Carmo. “Leva lá no seu Panuk, ele tá velhinho, mas acho que pode te ajudar”, disse-lhe um amigo. Seguindo o conselho, Ronaldo levou sua máquina para o mecanógrafo italiano.

— Nossa, filho, onde você achou isso? Tem mais de 100 anos.

— Mas o senhor consegue consertar?

— Consigo, consigo. Mas o negócio vai ser o seguinte, eu não vou te falar o preço antes, vai demorar para arrumar e quando ficar pronto, você vai ter que aceitar.

Apertaram as mãos.

Três meses e nada. O jovem apaixonado já estava agonizando de tanto esperar, até que finalmente ficou pronto. “Quando ele falou o preço, eu congelei, mas paguei.” Ronaldo, no entanto, não estava completamente satisfeito. Começou a questionar aquela ferrugem no cantinho e a pintura desgastada. O senhor mecanógrafo, diante da exigência de perfeição do seu cliente, foi logo deixando claro que isso ele não ia fazer. “Está funcionando não está?”, perguntou. “Pronto, então!” Ronaldo decidiu que ele mesmo daria um trato na máquina.

Foi um mês apanhando, era aquela pecinha que não se encaixava, mas no fim conseguiu lavar tudo por dentro e por fora. Os outros mecanógrafos da rua observavam, davam uma ajudinha, mas Ronaldo queria aprender sozinho. A partir do momento que ouviu da vizinhança que seria um grande mecanógrafo, ele encontrou o que queria fazer pelo resto da vida.  

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A Writing Ball foi a primeira máquina a ser vendida em uma quantidade relativamente grande. (Foto: Writing Ball)

Várias pessoas começaram a procurá-lo na lavanderia, local onde entre roupas sujas e limpas havia uma mesa, no cantinho, que usava, com o consentimento do chefe, para consertar as máquinas de escrever . Muitos não acreditavam inicialmente, mas, na lavanderia? Pouco a pouco foi fazendo seu nome no mercado e passou a ter a sua própria oficina, onde me recebeu dia 2 de junho de 2016. Com um sotaque forte, de camisa de manga curta dentro do short com cinto e de sapato branco com meia 3×4, revela o que sentiu quando viu uma máquina de escrever completamente diferente. “Aquela sensação da primeira vez é impagável, eu nunca vou ter mais isso”, diz ele. Parecia uma esfera — datava de 1874 — e, sem pensar duas vezes, comprou-a. Foi nesse instante que Ronaldo percebeu que as máquinas tinham uma história: “A coleção é como um grande caleidoscópio, é como observar as estrelas, se você aumenta aquele pontinho, percebe a grandiosidade que é tudo aquilo”.

Sem poder dispor da magia do Google, Ronaldo contratou uma pessoa para escrever cartas em inglês e mandou cerca de 30 para vários institutos de tecnologia e museus até achar uma associação de colecionadores. Com a ajuda de um amigo que tinha cheque, raridade para a época, gastou cerca de 500 dólares em livros. “Aí eu descobri o outro lado da moeda”, afirma. “Toda invenção tem a sua história. ”

A invenção da imprensa por Gutemberg só beneficiou a escrita em série, para livros, jornais, mas não resolveu o problema da escrita individual. Desde 1600, houve várias tentativas de tentar industrializar e tornar prática a escrita mecânica, mas nenhuma ideia ia para frente. A revista Scientific American chegou até a publicar um artigo conclamando os inventores: “Quem irá inventar a primeira máquina prática de escrever?”.

Como os inventores, na grande maioria dos casos, não têm dinheiro para colocar suas ideias em prática, eles as vendem. Foi assim que Christopher Latham Sholes apareceu no escritório da família empresarial Remington em 1873 com o protótipo do que seria a primeira máquina a ser patenteada.

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Modelo que popularizou a máquina de escrever no mercado. (Foto: Giovanna Querido)

A novidade nunca agrada a todos. Ainda mais quando ela custa 125 dólares, o preço de um cavalo dos bons, aquele de passear de fim de semana exibindo para a vizinhança. Com um preço exorbitante para a época e com toda a categoria de escrivães ameaçados de perder o emprego, a máquina não foi bem aceita e aqueles que a compraram foram ridicularizados.

Então, a Remington decidiu comprar a patente e lançar o segundo modelo, o primeiro de produção independente. Em 1880, a máquina “cai na graça popular”, Ronaldo conta, enquanto passamos pelo seu museu de uma sala. Só naquele ano eles venderam mais de 5.000 modelos. Outros inventores também aproveitaram o boom e lançaram seus próprios modelos, tendo cerca de 3000 patentes sido registradas. Ele relata que, em 1916, a tecnologia estava avançada a tal ponto de inventarem uma máquina com comando de voz conforme o comprimento de onda. A tecnologia cara, no entanto, não foi um sucesso de público.  

A cada pano tirado, capa descoberta, uma máquina diferente aparecia e com ela a sua história. Nas paredes da sala-museu, vários quadros ilustram determinada época da máquina de escrever. Ronaldo andava pelo ambiente apontando as ilustrações que ele mesmo fazia. Em móveis de madeira com porta de vidro guarda as recordações da sua infância, brinquedos, canetas do tinteiro de seu pai, caixinhas, pó de blush, um objeto de madeira para tirar bota e o uma  coleção de ferro de passar roupa.  

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“Se eu tivesse dinheiro, queria construir um museu grande. O Brasil precisa disso”, diz Ronaldo. (Foto: Giovanna Querido)

“A máquina de escrever é uma lenda viva, pela história que ela conta.” Ele diz que cerca de 90% dos seus clientes são particulares, de famílias que trazem a máquina que era do avô, da mãe; muitos querem vendê-las. E, então, Ronaldo pergunta para eles: “Por que você quer se desfazer dessa máquina? Você não gostava desse seu parente?”. A máquina tem um laço sentimental com essa pessoa, e, assim, nos inspira a conhecer um pouco mais sobre o passado da nossa família. Só assim, Ronaldo Valim acredita que poderemos ter um futuro.

Separados por 8.000 km de distância em linha reta e 9 horas de voo direto, da Rua do Carmo para Connecticut nos Estados Unidos, Grec Fudacz teria muito a conversar com Ronaldo, e o diálogo dos apaixonados por máquinas provavelmente se estenderia por horas.

Greg não achou sua primeira máquina em uma feira de antiguidade, mas na típica venda de garagem estadunidense. Lá, no chão de uma garagem, há 15 anos estava a Royal KMM que, segundo ele, por sorte estava quebrada. “Eu digo que foi sorte, pois se estivesse funcionando, eu provavelmente não começaria a pesquisar e tentar consertá-la.” Assim, Greg começou com uma máquina e hoje tem mais de 300 na sua casa. Ele aconselha aqueles que querem ser colecionadores que tenham um companheiro (a) muito compreensível. “Minha mulher é uma santa em aceitar tudo isso”, diz.

Mas a sua obsessão com a máquina vai além de um hobby de colecionador. Greg passou a trabalhar com máquinas de escrever em tempo integral e criou The Antikey Chop. “Escolhi esse nome porque soa como um antiquário,  The Antique [antigo] Shop”. A expressão possui dupla significação, pois sua sonoridade remete às pessoas às quais Greg condena por arrancarem as teclas da máquina de escrever  [em inglês a expressão é to chop the keys off] para fazer bijuterias, colares, brincos ou pulseiras.

“Não existe um tipo único de entusiasta de máquina de escrever.” Grec conta que cada cliente seu é diferente. Alguns são colecionadores, outros querem uma máquina para usar todo dia, muitos pais ainda compram para dar de presente de Natal ou de conclusão de graduação para os filhos ou as próprias crianças que querem ser escritoras compram para elas mesmas.  

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Grec Fudacz mostrando parte da sua coleção para a reporter Ann Nyberg, dia 1 de março de 2016. (Foto: Facebook do Antikey Shop)

Questiono-o se ele acha que as máquinas de escrever ainda estão vivas no século 21. Grec diz que não é ingênuo de pensar que as máquinas de escrever vão voltar aos seus dias de glória, mas elas conquistaram mais popularidade nos dias de hoje que nas últimas décadas do século XX. Com todas as palavras devidamente digitadas, ele respondeu na nossa entrevista por e-mail: “Eu acho que as máquinas de escrever nunca vão desaparecer completamente. ” Enquanto continuamos a ler livros que seja no Kindle ou no Iphone, alguém continuará a escrever e, segundo Grec, “escritores amam máquinas de escrever”.

Cada máquina que chega em suas mãos é um crush novo, um ‘love affair’; apaixona-se pela história que toda máquina de escrever conta. “Olhar para qualquer máquina ou artefato e conhecer seu passado é recompensador (humbling), por isso assim como a máquina de escrever tem uma história, ela também pode ter uma alma. ”

Rute Gonçalves, Tom Hanks, Jack (USB Typewriter), blogueiros da typosphere, Richard Plot, Ronaldo Valim e mesmo aqueles que têm a sua máquina de escrever em casa, ou que decidiram escrever um texto sobre isso, podem ser tachados de loucos, com transtornos psíquicos de acumuladores ou de meros fúteis que guardam coisas velhas e obsoletas. Para todos esses que nos julgam, Grec Fudacz escreveu, ou melhor, datilografou: “Eu acho impressionante que uma máquina que mudou como a humanidade de se comunica de um jeito tão profundo receba tão pouca atenção. Os laptops e os smartphones que usamos hoje não são descendentes da máquina de escrever?”.

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