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O que toca na Sala33: Comebacks Musicais

Após 3 anos, a Jornalismo Júnior volta a publicar o quadro de recomendações musicais temáticas, dessa vez com resenhas de canções presentes nas playlists
Por Mirela Costa (mirelacosta@usp.br) e Sarah Kelly (sarahkelly@usp.br

Quem nunca sentiu falta de seu artista favorito durante um período sem lançamentos? Nada se compara a sensação de finalmente ouvir uma novidade do seu ídolo. Sejam comebacks aguardado pelos fãs ou sejam comebacks decepcionante, esses retornos cumprem o papel de marcar uma nova era na vida dos artistas.

Para marcar o retorno do O que toca na Sala 33 para a Jornalismo Júnior, a gestão 2024 selecionou músicas que simbolizaram a volta de seus artistas favoritos para a cena musical. Confira:

1. Lose You To Love Me, Selena Gomez (2020) 

Após a estreia de seu álbum Revival (2015), Selena Gomez passou anos fora da cena musical, com o lançamento de apenas alguns singles, como Bad Liar, Wolves e Fetish. Apesar da expectativa dos fãs, a ausência de novos álbuns refletiu uma série de acontecimentos pessoais na vida da cantora. Um diagnóstico de lúpus, transtornos mentais, o fim de um relacionamento conturbado e a necessidade de um transplante de rim em 2017 fizeram a cantora dar uma pausa nos projetos musicais para cuidar de sua saúde. 

Em 2020, Selena retornou à música — desta vez, muito mais fortalecida e madura. Lançada em seu álbum Rare (2020), Lose You To Love Me é uma arrebatadora faixa pessoal, emotiva, cheia de amor próprio e sentimentos à flor da pele. Trechos como “Eu precisei te perder para me encontrar / Esta dança estava me matando suavemente / Eu precisei te odiar para me amar” soam como se Selena bradasse um grito de libertação e reconciliação consigo mesma. O clipe é todo em preto e branco e não apresenta cenário muito elaborado — o que não se faz necessário, já que tanto a letra da música, como o seu significado na vida pessoal da cantora, já esbanjam toda a potência entregue na canção. 

2. BREAK MY SOUL, Beyoncé (2022) 

Não seria possível falar de comebacks marcantes sem citar a rainha das reinvenções: Queen Bey. Vencedora do Grammy de melhor gravação Dance/Eletrônica em 2022, BREAK MY SOUL marcou a volta de Beyoncé aos holofotes musicais após seis anos. A canção foi o single de lançamento do álbum Renaissance (2022), que teve suas músicas vazadas na internet dois dias antes do lançamento oficial. Posteriormente, a cantora agradeceu aos fãs que não cederam a ansiedade e fizeram um movimento de não ouvirem as faixas enquanto elas não fossem oficialmente divulgadas. Certamente a espera de anos valeu a pena, afinal o disco foi bem recebido tanto pelo público quanto pela indústria em geral.

BREAK MY SOUL deu o tom do que seria a então nova fase de Beyoncé, com características clássicas do house music e do dance. Trazer uma canção dançante, que faz menção a cultura ballroom, após o período da pandemia e do confinamento, significou o chamado para a volta às pistas de dança. Além disso, a artista colabora para o movimento de resgatar vozes negras ignoradas ao usar o sample de Show me Love, de Robin S..  A música é uma amostra da potencialidade de Beyoncé, que não tem medo de explorar gêneros diferentes de tudo que já produzido por ela.

3. Now and Then, The Beatles (2023)

Se uma banda dos anos 60 acaba e, anos depois, parte de seus membros morre, é de se esperar que o grupo não tenha mais lançamentos no mundo musical, certo? Hoje, não mais. Os Beatles ficaram na ativa por apenas dez anos (1960-1970), tempo suficiente para deixar um legado eterno ao romper com a cultura tradicional da época e inovar o modo de fazer música. De forma a contrariar, porém, as expectativas de qualquer fã pelo mundo, a banda lançou sua última música em novembro de 2023, com ajuda da inteligência artificial. 

O mais novo single do grupo, Now and Then, foi escrito por John Lennon e gravado em uma fita K7 pouco tempo antes do artista ser assassinado, em 1980. Yoko Ono, viúva do astro, entregou a fita para George Harrison anos depois. Ainda que a banda tenha tentado retomar a gravação de Now and Then em 1994, a fita contava com muitos ruídos de fundo que ofuscavam a voz de John Lennon, segundo minidocumentário lançado sobre a música. No entanto, em 2022, o cineasta Peter Jackson e sua equipe desenvolveram uma tecnologia chamada de “aprendizado da máquina”, que separa os sons das vozes e instrumentos de gravações antigas. Paul McCartney logo buscou Peter para resgatar a canção arquivada com a ajuda do novo recurso e, assim, Now and Then voltou à tona e trouxe um gostinho de nostalgia aos fãs das quatro figuras mais influentes do mundo do rock.  

4. yes, and?, Ariana Grande (2024)

Passar anos em hiato musical e retornar com um grande comeback na carreira parece ser habitual para as mais renomadas divas pop. E não seria diferente com Ariana Grande, que lançou seu sétimo álbum Eternal Sunshine (2024) após quatro anos sem estreias na cena musical. O último lançamento da cantora havia sido o álbum Positions (2020), em meio à pandemia de Covid-19. Na época, a faixa de abertura positions entrou para o Top 5 de melhores estreias femininas na parada global do Spotify. Apesar do tempo em intervalo, a popularidade de Ariana se manteve intacta: em apenas um dia, Eternal Sunshine se tornou o álbum mais ouvido da mesma plataforma. 

Ariana escolheu a faixa yes, and? para marcar o seu retorno e inaugurar o novo álbum, que não deixa de entregar aos fãs os famosos vocais e tons agudos alcançados por ela. Nas letras, Eternal Sunshine traz uma versão mais madura da cantora e carrega um mix de emoções. O lead single do álbum segue a mesma linha temática e aborda a ideia de sentir-se à vontade consigo mesmo e não se importar com a opinião alheia. Para estrear com o pé direito, Ari homenageou a rainha do pop Madonna em yes, and? com referências ao clássico Vogue.

5. Morra Bem, Viva Rápido, Don L (2013)

Após o sucesso do grupo Costa a Costa em 2007 e cinco anos sem lançamentos, o rapper Don L voltou a cena musical com a mixtape solo Caro Vapor/Vida Veneno (2013). Na obra, o “favorito do seu favorito” discute a consciência sobre a efemeridade da vida. Don L narra seu cotidiano como cearense na capital paulista, enquanto conta suas intenções de fazer fama e obter retorno financeiro. Em meio a mistura de ideias do álbum, o rapper continua o que iniciou no grupo Costa a Costa, que foi o responsável por romper com a polêmica de falar sobre dinheiro nas letras de rap no Brasil.

A faixa que abre a mixtape, Morra Bem, Viva Rápido, dá o tom do que seria a nova fase de Don L: ainda mais tocante e intimista. A canção fala sobre as inquietações existenciais do cantor após sofrer um acidente de moto. Em entrevista para a Rolling Stone, ele conta que “essa letra é um reflexo de tudo o que eu estava sentindo: impotência, tédio, insatisfação e a vontade de trabalhar muito para alcançar todos os meus objetivos. Entre eles, ganhar dinheiro e ter minha arte reconhecida”. Onze anos depois, é possível afirmar que Caro Vapor não marcou apenas o retorno de Don L, mas também o início de sua ascensão solo no rap.

Confira a seleção completa da playlist O que toca na Sala33: Comebacks:

  1. Lose You To Love Me, Selena Gomez – indicado por Mirela Costa (Sala33)
  2. BREAK MY SOUL, Beyoncé – indicada por Sarah Kelly (Sala33)
  3. Now and Then, The Beatles – indicado por Fernanda Zibordi (Laboratório)
  4. yes, and?, Ariana Grande – indicada por Renan Affonso (Marketing)
  5. Morra Bem, Viva Rápido, Don L – indicada por Pedro Malta (Comunicação Visual)
  6. I Want You To Love Me, Fiona Apple – indicado por Alícia Matsuda (Cinéfilos)
  7. Lift Me Up, Rihanna – indicada por Renan Affonso (Marketing)
  8. Algo Parecido, Skank – indicada por Mirela Costa (Sala33)
  9. This is Why, Paramore – indicada por Pedro Malta (Comunicação Visual)
  10. SKIN OF MY TEETH, Demi Lovato – indicada por Sarah Kelly (Sala33)
  11. The Car, Artic Monkeys – indicada por Julia Alencar (Mídias Sociais)
  12. If U Seek Amy, Britney Spears – indicada por Bárbara de Aguiar (Comunicação Visual)

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