Quem assistiu o jogo na quarta, provavelmente acreditou que não dava mais para o Palmeiras. Muitos são paulinos, inclusive, já haviam postado que eram campeões. Mas, como diz a música entoada pelos torcedores, “o Palmeiras é o time da virada”.
O primeiro jogo da final, aconteceu dia 30 de março no Morumbi. Cerca de 60 mil são paulinos compareceram para a partida. Apesar do cenário favorável ao São Paulo, a mídia esportiva dava o Palmeiras como favorito, devido a sua ótima campanha invicta no campeonato. Contudo, a vitória foi do São Paulo que venceu o Palmeiras por 3×1 e apesar do primeiro gol ter saído de um pênalti questionável, o Tricolor fez sua melhor partida do ano. No fim do segundo tempo, Raphael Veiga diminuiu a desvantagem e deixou uma esperança no coração do torcedor alviverde.
O Palmeiras precisava fazer dois gols para levar a disputa para os pênaltis. A torcida única alviverde era uma vantagem, assim como o fato da partida ocorrer no Allianz, que não pode ter sua lotação completa devido a montagem do palco para o show do Maroon 5, que aconteceria dias depois. Apesar da tentativa de uma alteração do jogo para sábado, a partida permaneceu no domingo, “dia nobre do futebol” com essa peculiaridade: um palco montado durante a partida.
E a torcida realmente fez a diferença! No sábado cantou na porta do CT para incentivar o time, no domingo “carregou” o time até o estádio e depois cantou os 90 minutos incentivando os jogadores, realmente foram o 12º jogador.
Após a entrada de Divino, Ademir da Guia, com a taça do Paulistão, comemorando seus 80 anos; a partida começou e já ficou visível a estratégia dos times: o São Paulo iria se defender para manter o resultado; o Palmeiras iria atacar com todo seu poderio ofensivo. E a estratégia do segundo, foi a que deu mais certo.
Aos 22’, Danilo – que tanta falta fez no primeiro jogo -, abriu o placar após um escanteio curto; Zé Rafael, aos 28’ empatou no agregado, em um gol quase anulado, mas visto pelo árbitro Raphael Claus como apenas acidental. A partida foi para o intervalo completamente em aberto, com a sensação de que estava mais perto para o Palmeiras fazer um gol, do que o São Paulo.
Rogério Ceni mexe no time, começa o segundo tempo e com dois minutos da partida reinicializada, Veiga marca o seu após jogada espetacular de Dudu. São Paulo se desespera e o chiqueiro pega fogo. Aos 36’, novamente gol, após um erro da defesa são paulina, o palmeirense Raphael Veiga, marca novamente, e presenteia a torcida com mais um gol em final, sacramentando a épica virada do Palmeiras, sobre o São Paulo.
A cabeça fria e o coração quente, proporcionaram ao torcedor alviverde um ótimo show, Verdão 4.
Apita o árbitro, Palmeiras campeão paulista pela 24ª vez. O nono título em 8 anos. O quinto, sobre o comando de Abel Ferreira, que deixa seu nome ainda mais marcado na história do Palmeiras e também do futebol brasileiro. O retranqueiro com o segundo melhor ataque da competição. O homem que chora copiosamente ao final da partida, abraça seus jogadores e agradece a torcida, exaltando a linda música que os palmeirenses tinham esquecido “o Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor”.
Não Abel, a torcida não se esqueceu. É que desde que você chegou, ela ainda não tinha sido necessária.
O Palmeiras do Abel se consolida ainda mais com essa vitória! Mostra repertório, vontade, foco e principalmente, união. Um time coletivo, em que todos somos um. Um time difícil de ser batido, que ganha de todos os jeitos nos acréscimos, na prorrogação, no tempo regular e também, de virada.
E enquanto os rivais cantam musiquinha sobre o Mundial, o Palmeiras segue sendo campeão.
Quase 80 anos depois da Arrancada Heróica do Palmeiras, o time que nasceu campeão, permanece campeão, e em cima do mesmo rival. E diferente do que falaram, o Verdão não se apequenou, pelo contrário, se tornou mais imponente.
*Imagem de capa: Reprodução/Twitter
Como amante do futebol e palmeirense adorei a matéria. A narrativa me levou novamente ao domingo 3 de Abril ,dia que ficará marcado por uma superação Gigante do meu Verdão.
Ótima matéria. Parabéns!