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Seleção francesa tenta repetir 2018 e busca o tricampeonato mundial

Se bem sucedidos, os franceses conquistarão o mundo pela segunda vez consecutiva — façanha feita somente duas vezes na história das Copas

Após 20 anos do seu primeiro título em Copas, a França conquistou o bicampeonato em 2018, em um jogo contra a Croácia. Em uma partida de seis gols, sendo quatro deles da equipe francesa, o mundo do futebol viu a potência de uma seleção de veteranos e iniciantes — uma mistura de experiência e ousadia. Agora, em 2022, o técnico Didier Deschamps tenta conquistar a taça e levar seu time à glória pela terceira vez.

Desponte tardio

A seleção francesa demorou algumas décadas para se mostrar como uma equipe perigosa no cenário mundial. Até 1998, quando jogaram — e venceram — na própria casa, os franceses nunca haviam participado de uma final de Copa do Mundo. Os melhores resultados, até então, ocorreram em 82 e 86, quando ficaram em quarto e terceiro lugares, respectivamente. 

Com a vitória no fim da década de 90, a França passou a aparecer mais. Depois de uma participação frustrante na Copa de 2002 — em que caíram na fase de grupos —, os Les Bleus disputaram a final em 2006, mas perderam para a Itália e ficaram com o vice-campeonato. Em 2010, repetiram o vexame da edição que acontecera no Japão e na Coreia do Sul e não passaram da primeira fase. Dessa vez, o fracasso nos jogos escancarou a fragilidade das relações da seleção francesa, que mostrou ao público constantes atritos entre jogadores e equipe técnica.

Na edição de 2014, sediada no Brasil, o time melhorou sua performance. Passou da fase de grupos na primeira posição, com duas vitórias e um empate. Nas oitavas, ganhou da Nigéria com dois gols de vantagem, mas caiu nas quartas contra a Alemanha, que se tornou a campeã. Em 2018, a França conquistou duas vitórias e um empate em seu grupo, batendo Argentina, Uruguai e Bélgica no mata-mata. Na final, sobressaiu-se, venceu a seleção croata e conquistou o segundo título do país em Copas.

Campeã pela primeira vez em 98, a França conquistou sua segunda taça em Copa do Mundo 20 anos depois (Imagem: Reprodução/Instagram)

Uma seleção de extremos

Nas eliminatórias para a Copa do Mundo, a equipe francesa mostrou seu bom futebol. Em oito jogos, teve cinco vitórias e três empates — saiu invicta e sequer deu chance de classificação para Ucrânia, Finlândia, Bósnia e Cazaquistão, seus adversários no Grupo D. Com uma goleada de 8 a 0 em cima dos cazaquistaneses e somente três gols sofridos em todas as partidas, a França somou 18 pontos e conquistou sua vaga na competição no Catar. 

Em contrapartida, quase foi rebaixada na Uefa Nations League — disputada pelas federações europeias. Em seis jogos, venceu apenas um, contra a Áustria. De resto, acumulou derrotas e empates contra Dinamarca e Croácia. O resultado só não foi pior para a equipe francesa porque os croatas derrotaram os austríacos — rebaixados na última rodada. 

Nomes ilustres

A equipe francesa vem para os jogos com nomes de peso na escalação. Karim Benzema, que joga no espanhol Real Madrid, ganhou, em meados de outubro, a Bola de Ouro — que premia o jogador considerado o melhor do mundo no ano. O último francês a conquistá-la foi Zinédine Zidane, que marcou dois dos três gols da vitória francesa sobre o Brasil na final da Copa de 98. Benzema estava afastado da seleção desde 2015.

Karim Benzema, afastado da seleção desde 2015, foi o vencedor da Bola de Ouro de 2022 (Imagem: Reprodução/Instagram)

Kylian Mbappé é outro famoso. Prestes a completar 24 anos, o atacante do Paris Saint-Germain marcou um gol na final da Copa de 2018, quando tinha 19 anos, e foi considerado a revelação do campeonato e gera a expectativa de apresentar mais uma boa atuação. O jogador vive boa fase no PSG, mas tem se envolvido em polêmicas nos últimos meses: criou atritos com o companheiro do time da capital francesa Neymar e se recusou a participar de uma sessão de fotos com a seleção por problemas com o acordo de direitos de imagem.

Alguns jogadores, como Antoine Griezmann, Olivier Giroud e Ousmane Dembélé, já conhecidos dos torcedores, provavelmente atuarão nos jogos — e Eduardo Camavinga, de apenas 19 anos, é uma das promessas da equipe francesa. Já outros podem vir a ser desfalques do time por conta de lesões: é o caso de Raphaël Varane, Paul Pogba e N’Golo Kanté — o último está confirmado como fora de Catar

O goleiro Mike Maignan também figura como um dos desfalques. Considerado um dos melhores do mundo em sua posição, Maignan ficará fora dos campos até janeiro por uma lesão na panturrilha. Hugo Lloris é quem deve assumir a função de titular.

O futuro na Copa

A França está no Grupo D da Copa do Mundo, juntamente com Austrália, Dinamarca e Tunísia. Apesar de estar entre as favoritas a passar para o mata-mata — e mesmo ao título —, é possível que tenha um jogo duro contra a Dinamarca, assim como na Nations League. Tunísia e Austrália, sem muita tradição no campeonato, não parecem apresentar riscos ao time francês, mas a imprevisibilidade do futebol pode surpreender.
A estreia da equipe francesa está marcada para o dia 22 de novembro, em jogo contra a seleção australiana.

Imagem destacada: Russian Presidential Press and Information Office

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