Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

‘A Maldição da Mansão Bly’: terror e drama em uma receita perfeita

A segunda temporada da série A Maldição (The Haunting, 2018-atualmente) produzida pela Netflix, foi lançada na plataforma no dia 9 de outubro. O show possui um modelo parecido com séries como American Horror Story, em que as temporadas contêm histórias individuais — onde em cada temporada uma nova é começada, desenvolvida, e terminada —, e …

‘A Maldição da Mansão Bly’: terror e drama em uma receita perfeita Leia mais »

A segunda temporada da série A Maldição (The Haunting, 2018-atualmente) produzida pela Netflix, foi lançada na plataforma no dia 9 de outubro. O show possui um modelo parecido com séries como American Horror Story, em que as temporadas contêm histórias individuais — onde em cada temporada uma nova é começada, desenvolvida, e terminada —, e não sequenciais como o de costume. 

A Maldição da Mansão Bly se passa na Inglaterra quando uma professora, Dani (Victoria Pedretti), se candidata ao emprego de au pair, para cuidar e ensinar as duas crianças da família Hingrave, Flora (Amelie Bea Smith) e Miles (Benjamin Evan Ainsworth). Logo na entrevista de emprego ela é avisada dos boatos acerca das assombrações da mansão por conta das mortes relacionadas.

A série traz de volta cinco dos sete atores principais da temporada anterior. O retorno deles definitivamente relembra que a passagem ocorre no mesmo universo cinematográfico, e traz algum aspecto de continuidade além dos elementos do roteiro que auxiliam no contar da história. 

Desta vez a trama começa em um ritmo mais lento, somente toma impulso na sua metade. Ainda assim, os quatro primeiros episódios são essenciais — apesar de um pouco decepcionantes — para o entendimento final do enredo.

Mais uma vez os criadores utilizam do real para criar o terror imaginário. O uso de elementos tão gritantes e amaldiçoados do dia a dia — a culpa, a dor, o arrependimento, a necessidade de controle, um amor falido — entram na narrativa e fornecem de maneira brilhante a camada extra necessária para que até não amantes de terror se interessem pela série. Recusam a se utilizar das marcas típicas e baratas do gênero. A Maldição da Mansão Bly abraça o que é o terror real, experienciado por muitos, se não todos. 

Na primeira temporada o drama familiar trouxe essa dimensionalidade. Nesta última, o drama é sobre paixão e os grandes riscos que um relacionamento pode infligir na alma e no destino.  

Hannah (T’Nia Miller). [Imagem: Divulgação/IMDb]
Hannah (T’Nia Miller). [Imagem: Divulgação/IMDb]
Apesar de nada superar os 17 minutos gravados em apenas uma tomada no episódio seis da primeira temporada, A Maldição da Mansão Bly traz seus shots instigantes com jogo de luz e ângulos, e é claro, a presença dos fantasmas e elementos ao fundo que somam e aprofundam a narrativa da trama. 

Desta vez foca ainda mais no terror psicológico do que seu antecessor. O medo de ser esquecido e apagado após a morte, a negação da aceitação da mesma, a perda de controle e a frustração de ambições interrompidas. Mais do que tudo, os criadores jogam com a visão de fantasmas como pesos na consciência, manifestação de medos ou permanência eterna do que foram durante a vida, e seguem com o que foi dito na temporada anterior: “Fantasmas são culpa, fantasmas são segredos, fantasmas são arrependimentos. Mas na maior parte das vezes, um fantasma é um desejo”.

Com as atuações brilhantes de Victoria Pedretti, T’Nia Miller, Tahirah Sharif, Rahul Kohli, Oliver Jackson-Cohel, Henry Thomas, Amelia Eve, Carla Gugino, e principalmente Amelia Bae Smith e Benjamin Evan Ainsworth, a temporada tem o poder de encantar até os odiadores de terror.

[Capa: Divulgação/Netflix]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima