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De Nova York para o mundo: o lindy hop e sua história

O nome pode soar estranho à primeira vista, mas você já deve ter visto alguém dançando lindy hop em algum filme ou até mesmo na televisão. A dança de salão surgiu na década de 1920 no Harlem, bairro negro de Nova York, em um cenário de segregação racial. O lindy hop foi o primeiro estilo …

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O nome pode soar estranho à primeira vista, mas você já deve ter visto alguém dançando lindy hop em algum filme ou até mesmo na televisão.

A dança de salão surgiu na década de 1920 no Harlem, bairro negro de Nova York, em um cenário de segregação racial. O lindy hop foi o primeiro estilo de swing dance a aparecer. Por ter nascido nesse bairro, tem forte influência africana, principalmente no ritmo, que se mistura à estrutura da dança europeia.

O nome lindy hop faz referência a um dos primeiros voos transatlânticos, realizado em 1927 pelo aviador Charles Lindbergh, cujo apelido era Lucky Lindy. Quando o voo foi realizado, os jornais noticiaram “Lindy hops the Atlantic”, que traduzido significa “Lindy salta o Atlântico”. Devido aos passos aéreos, a dança foi batizada de lindy (em homenagem ao aviador) hop (que, em inglês, significa “salto”).

Capa do Chicago Daily Tribune que traz como manchete o voo de Charles Lindbergh, utilizando o termo “lindy hops”. Foto: Reprodução.
Capa do Chicago Daily Tribune que traz como manchete o voo de Charles Lindbergh, utilizando o termo “lindy hops”. Foto: Reprodução.

 

A dança como forma de integração

Passos aéreos do lindy hop deram origem ao nome da dança. Foto: Lime Bay Lindy.
Passos aéreos do lindy hop deram origem ao nome da dança. Foto: Lime Bay Lindy.

O salão Savoy, no Harlem, foi inaugurado em 1926 e é considerado o berço do lindy hop. Suas competições semanais contribuíram com o acréscimo de novos passos ao estilo, além de fazer o nome da dança crescer e se consagrar. Foi o primeiro local a integrar negros e brancos em uma época de segregação racial, permitindo um contato que outros lugares não poderiam oferecer. Isso possibilitou que as pessoas dançassem e trocassem experiências e novos passos independente da cor de sua pele.

Fachada do salão Savoy, localizado no Harlem. Foto: Boogie Back Dance.
Fachada do salão Savoy, localizado no Harlem. Foto: Boogie Back Dance.

Do Savoy saíam os melhores dançarinos de lindy hop. Alguns deles formaram o grupo Whitey’s Lindy Hoppers, que percorreram os EUA e o mundo divulgando o estilo, passando pelo Brasil em 1941. O conjunto chegou inclusive a participar de filmes como Um dia nas corridas e Hellzapoppin’.

 

A queda e o revival do lindy hop

Após a Segunda Guerra Mundial, devido a mudanças nas tendências musicais, o lindy hop perdeu o destaque que tinha, sendo dançado agora apenas em alguns salões.

Na década de 1980, inspirados pelos filmes e outros registros audiovisuais do lindy hop, dançarinos foram a Nova York em busca dos salões de swing dance e dos talentos desse estilo. Assim, o lindy hop voltou à cena das danças de salão, tendo praticantes até hoje e aparecendo em filmes, como Malcom X e Os últimos rebeldes.

 

Lindy hop em horário nobre

Uma das maiores provas de que o lindy hop sobreviveu ao tempo é sua presença em Babilônia, novela das nove da Rede Globo.

O casal Rafael (Chay Suede) e Laís (Luisa Arraes) decidem fazer aulas de lindy hop para se encontrarem às escondidas, já que o pai da menina, Aderbal (Marcos Palmeira), não aceita o namoro deles. Neste link é possível ver uma das cenas em que Rafael e Laís se encontram.

Como explica Chay Suede neste vídeo feito pelo portal Gshow, da Rede Globo, os atores tiveram que fazer aulas de lindy hop para interpretarem seus personagens em Babilônia.

Rafael e Laís viram no lindy hop uma meneira de se encontrarem às escondidas. Foto: Felipe Monteiro/GShow.
Rafael e Laís viram no lindy hop uma meneira de se encontrarem às escondidas. Foto: Felipe Monteiro/GShow.

Uma dança para se divertir

Apesar da parte técnica que toda dança tem, o lindy hop é uma dança com movimentos alegres e espontâneos. É um estilo no qual as pessoas precisam se divertir acima de tudo.

Com a internet, ficou mais fácil encontrar registros em vídeos e em filmes dos dançarinos de lindy hop, permitindo a divulgação do estilo. No Brasil, há grupos em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte cujo objetivo é difundir o lindy hop em terras brasileiras, chegando inclusive a oferecer aulas.

Então pegue seu parceiro ou parceira e seu figurino no maior estilo anos 1920 para dançar!

Por Aline Naomi
aline.naomi.mb@gmail.com

 

1 comentário em “De Nova York para o mundo: o lindy hop e sua história”

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