É o clímax da trama. A personagem principal e o antagonista se encontram juntos na mesma câmara, ambos diante de seu objeto de desejo. Eis que surge a pergunta: “Por que não estou torcendo contra esse homem?” A resposta, mais simples do que se possa imaginar, vem quase que de imediato: porque o filme não dá quase nenhum motivo para o odiarmos. Ainda mais, olhando o enredo dessa forma, Tomb Raider: A Origem (Tomb Raider, 2018) conta a história de um homem há sete anos longe das filhas, preso em uma ilha perto do Japão, e que tem seus planos de retorno frustrados por uma mulher confusa com a vida.
Tudo isso começa após Lara Croft (Alicia Vikander) resolver alguns enigmas deixados por seu pai, Richard (Dominic West), antes de desaparecer sem deixar rastros sete anos antes. Desse modo, a protagonista descobre uma vasta pesquisa realizada por seu pai sobre Himiko, antiga rainha do Japão que possuía poderes sobrenaturais e sombrios. Impulsionada pela descoberta e pela chance de descobrir o que houve com Richard, Lara consegue chegar à ilha de Yamatai com a ajuda do marinheiro Lu Ren (Daniel Wu), apenas para serem capturados por Mathias Vogel (Walton Goggins), o antagonista e chefe de uma expedição que tem como objetivo a descoberta da tumba de Himiko.
Apesar da trama conturbada, não se pode deixar de dar créditos ao filme por outros aspectos. Como longa de ação e aventura, Tomb Raider: A Origem é um sucesso com cenas de tirar o fôlego envolvendo naufrágios, rios turbulentos, exploração de tumbas e brigas corpo a corpo. Vikander também é essencial nesses momentos ao transmitir o sofrimento e determinação de uma mulher completamente independente de todos, mas que não está acostumada com aventuras fora da cidade grande.
Tomb Raider: A Origem estreia dia 15 de março nos cinemas. Assista ao trailer abaixo:
por Bruno Menezes
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