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Aurora de um novo dia

Bruna Buzzo Missão Babilônia (Babylon A. D.), novo filme estrelado por Vin Diesel, mostra nossa sociedade em um futuro próximo, devastada por guerras nucleares, epidemias virais, armas químicas e biológicas. O enredo é simples e você já viu essa história em vários outros filmes: Toorop, um valente mercenário, é contratado para levar um pacote do …

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Bruna Buzzo

Missão Babilônia (Babylon A. D.), novo filme estrelado por Vin Diesel, mostra nossa sociedade em um futuro próximo, devastada por guerras nucleares, epidemias virais, armas químicas e biológicas. O enredo é simples e você já viu essa história em vários outros filmes: Toorop, um valente mercenário, é contratado para levar um pacote do leste europeu à Nova York, sobrevivendo ao caos do mundo e defendendo os interesses de sua missão. Talvez não fosse uma idéia (tão) repetida se o tal pacote não fosse, na realidade, uma bela garota que esconde certo mistério e, descobriremos depois, um segredo.

A princípio, o espectador que for conferir Missão Babilônia pode achar que se trata de uma refilmagem mal feita de Filhos da Esperança (drama de ficção dirigido por Alfonso Cuarón, com Clive Owen). Se tiver visto o longa de Cuarón e o nome original de Missão, é provável que o espectador pense se tratar de um trocadilho mal feito, desse que Hollywood cria como ninguém (hipótese que não deixa de ser verdade até certo ponto). O nome escolhido em português pode intrigá-lo mesmo depois que você sair da sessão, mas isso será o de menos! Talvez você prefira esquecer que a tal missão não teve seu nome mencionado exceto pelo título do filme.

Apesar das semelhanças com outros filmes, Missão Babilônia se revela diferente nos pontos principais de seu enredo e trás algumas surpresas ao público, quebrando alguns (poucos) clichês que poderíamos esperar de um filme como este. Missão busca alguma reflexão sobre o estado de coisas do planeta em seu panorama sócio-ambiental e também no religioso, ainda que de forma sutil e disfarçada. Talvez não seja uma reflexão estimulada, o filme não parece se propor a isso, mas a reflexão existe e você pode senti-la, se preferir certa filosofia à ação de ficção científica.

Um dos grandes destaques do filme, no entanto, é a moça que representa o centro das disputas sobre as quais esta montada a trama. Aurora (Melanie Thierry) cresceu isolada do mundo em um convento na Mongólia, nunca teve contato com nenhuma sensação ou sentimento do mundo externo. Seus pensamentos e reflexões são puros e a jovem trás consigo grande quantidade das reflexões que faltam à esta sociedade retratada no filme (não muito diferente da nossa atual). Em uma das melhores cenas do filme, a moça lembra Toorop de que “não há lugar com o nosso lar”, Mágico de Oz, 1939, como diz Aurora. A pureza de sentimentos da moça irá quebrar a frieza do personagem principal e incentivá-lo a lutar por um ideal de vida melhor.

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