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Folk Fair: um evento que você precisa conhecer

Você é um daqueles fãs de Game of Thrones que não perdem um episódio sequer? É apaixonado pelo cenário e pelas roupas do Jon Snow e da Daenerys Targaryen? Adora toda aquela ambientação e até se imagina lá dentro, brigando contra as outras dinastias e praticando arco e flecha nas horas vagas? Se você respondeu …

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Você é um daqueles fãs de Game of Thrones que não perdem um episódio sequer? É apaixonado pelo cenário e pelas roupas do Jon Snow e da Daenerys Targaryen? Adora toda aquela ambientação e até se imagina lá dentro, brigando contra as outras dinastias e praticando arco e flecha nas horas vagas? Se você respondeu que sim a tudo isso, você precisa conhecer a Folk Fair.

Uma feira de cultura medieval, a Folk Fair acontece em São Paulo e traz para você, em um belo domingo, todo esse clima de Game of Thrones, Senhor dos Anéis e Hobbit fora das telinhas e telonas. Conferimos a segunda edição do evento e agora contamos pra você, em primeiríssima mão, tudo o que rolou por lá.

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Foto: Sério Scarpelli.

O fenômeno Game of Thrones

Mulheres praticando arco e flecha, homens lutando em batalhas campais e crianças dançando ao som de músicas do século XIV. Esse era o clima da Folk Fair, no domingo do dia 9 de novembro, em Osasco. Propondo-se a resgatar os bons hábitos da cultura medieval, que hoje nós só admiramos em livros, filmes e séries, a Folk Fair chegou à sua segunda edição com a expectativa de receber pelo menos 1500 participantes.
Nascida em fevereiro de 2014, a feira já na sua primeira edição alcançou um público de cerca de 800 pessoas, e teve mais de mil convidados confirmados no seu evento do Facebook. Rodrigo Domingues, um dos idealizadores do evento, atribui o sucesso da primeira edição ao “boom” provocado pela série Game of Thrones e pelos filmes da saga Senhor dos Anéis, ambos embebidos na temática medieval.

Mas, apesar de acreditar que foi a alta do tema medieval a responsável por lotar o evento, Rodrigo diz que a ideia de realizá-lo não surgiu nos últimos tempos. Ele próprio, muito antes de assistir a algum episódio da série baseada nos livros de George Martin, já era apaixonado pela cultura dos tempos da Idade Média. “Desde criança eu sempre gostei dessas coisas de cavaleiros, castelos, fantasias”, relembra o organizador. Dizendo ter carregado por algum tempo a vontade de montar algo que envolvesse esse universo, Rodrigo diz que percebeu que agora “era o momento propício”, porque ele teria mais pessoas interessadas em participar. E ele não foi o único a falar sobre isso.

Um dos integrantes do grupo de dança medieval “Draumur”, Rodrigo Abdala, também acha que a época atual tem valorizado bastante os trabalhos dos grupos que se envolvem com a cultura. Professor de matemática durante a semana e dançarino do “Draumur” aos finais de semana e nas apresentações, Abdala diz que Game of Thrones aumentou o público dos eventos nos quais o grupo se apresenta, apesar de muitos dos seus alunos ainda não saberem o que é dança medieval.

Participando pela segunda vez da Folk Fair junto com seu grupo de dança, Abdala conta que na primeira edição, após assistir à apresentação do “Draumur”, um casal resolveu entrar no grupo e passou a frequentar os ensaios – que são abertos e acontecem sempre no Parque da Juventude. “Eu queria muito que eles dois estivessem aqui hoje pra que na hora que eu fosse nos apresentar eu dissesse ‘esses dois nos viram na Folk Fair passada e hoje estão com a gente!’. Mas, infelizmente, hoje eles dois iam prestar o Enem”.

O fato do Enem ser no mesmo dia que a feira provocou um esvaziamento que não estava nos planos da organização, afinal, não foram somente dois integrantes da “Draumur” que não puderam ir. Se a expectativa era receber pelo menos 1500 visitantes, até seis horas da tarde, os números de pagantes giravam em torno de 400 pessoas, bem longe da meta inicial da organização.

Atrações e lojas

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Foto: Pedro Ruiz.

Apesar da quantidade de pessoas ser inferior à programada, a estrutura montada pela equipe da feira não mudou nada no seu cronograma e não deixou a desejar. Enquanto esperavam pelas atraçãoes de palco que tinham horários definidos, os visitantes podiam escolher entre diversas atividades, as que mais os interessassem para passar seu tempo. As opções? Jogos de arco e flecha, batalhas campais, exibição de filmes com contexto medievais, mesas de RPG com instrutores e exposição do “Senhor dos Anéis”.

Para se apresentarem no palco, dez atrações foram selecionadas, sendo uma delas o desfile de cosplays. Todas as demais eram atrações que foram pagas para se apresentarem e, entre elas, estavam as duas mais esperadas pela maior parte dos visitantes: os shows das bandas Terra Celta e Taberna Folk. O preço dos ingressos, que era de R$50,00 para o primeiro lote, foi “salgado”, segundo a organização do evento, principalmente pela contratação das bandas, mas, para quem curte um som estilo folk, valia muito a pena.

Fora isso, o visitante poderia ainda escolher passear entre os vários estandes de lojas que foram montados com produtos como os cálices da foto acima. Estavam à venda figurinos medievais, como vestidos, capas e orelhas de elfo; objetos de decoração, como brasões e mapas; livros, CD’s e jogos de RPG e, por fim, artesanatos surpreendentemente delicados.

Para comer, uma barraca dentro do salão principal oferecia diversos tipos de linguiça para serem comidos à típica maneira medieval: sem garfos ou facas. Do lado de fora do Centro de Eventos Pedro Bartolosso, com uma variedade de opções maiores, uma barraca servia yakissoba, pastéis, comida japonesa e outros pratos. Para beber, o hidromel era a bebida mais pedida, seguindo as características da época medieval.

Cosplays

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Foto: Pedro Ruiz.

Os figurinos especializados foram um dos maiores destaques da feira. A maioria dos visitantes que foram acompanhar as atrações estavam vestidos representando algum personagem ou imitando os looks da época medieval. Vestidos longos com mangas, e utensílios de couro, como botas, cintos e espartilhos, estavam entre os mais vistos no espaço.

Luiza Marcato e Úrsula Steffany (foto) vieram vestidas a caráter para participar do desfile de cosplays e “fantasias” planejado pela Folk Fair. As duas gastaram juntas aproximadamente R$170,00 para montar seus figurinos, que foram feitos por elas próprias com a ajuda de seus pais. O realismo de seus trajes era tanto que todos que as viam ficavam impressionados: de minuto a minuto as amigas eram fotografadas pelos demais visitantes da feira.

Para fazer os machados que carregavam, ambas usaram como matéria-prima ossos de boi. As amigas foram a açougues e pediram aos funcionários do local o material para a confecção de seu “instrumento”. Não foi à toa que a dupla foi uma das mais ovacionadas no desfile.
E se engana quem acredita que as fantasias eram restritas aos jovens e adultos que estavam no evento. Crianças também foram vistas trajando as famosas roupas medievais e participando, inclusive, do desfile. Uma das cenas que mais chamaram a atenção na Folk Fair foi a de um pai, completamente vestido à caráter – de preto e lembrando um guerrilheiro medieval – empurrando o carrinho de seu bebê, que não aparentava ter mais do que dois anos. Você acha que a criança ficou assustada? Pois é, não, nem um pouco. O bebê ria o tempo todo e em nenhuma hora fora visto chorando com medo da fantasia do seu pai ou da dos outros participantes (e olha que tinha gente fantasiada até de dragão!).

E como eu faço pra ir ao próximo evento?

Tá com vontade de ir na próxima edição? Talvez você nem precise esperar tanto assim! A próxima Folk Fair é só dia 14 de junho de 2015, mas outros eventos com a mesma temática rolam ao longo do ano. Um dos mais famosos é o Jantar Medieval, que ainda não tem data marcada mas costuma acontecer em maio e tem limite de ingressos. Já dá pra começar a guardar o mês na agenda pra não esquecer de comprar né? Por enquanto, pra já ir ficando com um gostinho do que é o Jantar Medieval, fiquem com esse teaser do ano passado!

Por Jessica Bernardo
jessicabmarcelino@gmail.com

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