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“Passageiros” promete sci-fi, mas entrega romance

Cinco mil humanos estão a bordo da nave especial Avalon, rumo à colônia extraterrestre Homestead II. Em animação suspensa, tripulação e passageiros deixaram tudo para trás a fim de fundar a civilização em um novo planeta, 120 anos longe da Terra. Uma falha técnica, no entanto, acorda um dos passageiros noventa anos antes do planejado, …

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Cinco mil humanos estão a bordo da nave especial Avalon, rumo à colônia extraterrestre Homestead II. Em animação suspensa, tripulação e passageiros deixaram tudo para trás a fim de fundar a civilização em um novo planeta, 120 anos longe da Terra. Uma falha técnica, no entanto, acorda um dos passageiros noventa anos antes do planejado, e o condena – tamanha a arrogância do sistema anti-falhas da nave, não há a possibilidade de voltar a hibernar.

Passageiros (Passengers, 2017) tem nos papéis principais dois dos atores do momento em Hollywood, Jennifer Lawrence e Chris Pratt. Morten Tyldum (O Jogo da Imitação) combinou o apelo de ambos com a promessa de um thriller espacial, bastante em alta (vide Interestelar e Gravidade). Todavia, as partes foram mal dosadas, e o enredo segue na direção oposta do que promete.

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Depois de um ano na companhia apenas da versão robô de Michael Sheen, Jim Preston (Pratt) visita o salão onde estão hibernando seus companheiros de viagem, e dá de cara com a cápsula de Aurora Lane (Lawrence). O vídeo de apresentação da jornalista – à la Big Brother – encanta o engenheiro, iludido pela possibilidade de companhia.

A qualidade técnica de Pratt é inegável. O ator abraça a confusão interna de seu personagem, e empatiza o espectador quanto a seu dilema: brincar de Deus e interferir diretamente no futuro de Aurora, ou não acordá-la e enlouquecer com a solidão? O restante permeia o clichê. Jim e Aurora embarcam em um relacionamento “cosplay” de Adão e Eva, pura boemia no Paraíso e um pecado inicial, escondido a sete chaves pelo personagem de Pratt. Mais da metade do filme se esvai em diálogos pouco dramáticos e partidas de Just Dance no espaço.

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O enredo perde o gás quando chega ao clímax. Poderosos efeitos especiais poderiam redimir Passageiros se encaixados neste ponto, mas Tyldum não lançou mão de nada que já não tenhamos visto — a não ser quando a Avalon perde a gravidade e a piscina se transforma em grandes bolhas. O longa promete um sci-fi, mas entrega um lenga-lenga romântico com poucos atrativos, a não ser os atores, responsáveis pelo marketing e também da futura audiência.

Passageiros chega aos cinemas brasileiros em 5 de janeiro. Confira o trailer:


por Lucas Almeida, de Nova York
almeidalucas1206@gmail.com

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