O último dia da 8ª Semana de Fotojornalismo contou com a palestra de 3 fotógrafos: Rafael Calsinski, Pablo Vaz e Flavio Samelo. O primeiro palestrante, Rafael, é especializado em fotografias de surfe. Ele contou um pouco sobre a história de algumas fotografias mais famosas, incluindo algumas capas de revistas como Hard Core, Surfos, The Surfer’s Journal e Fluir. Entre as histórias contadas, um fato interessante foi Rafael contar que conhecer bem o surfista de quem se está tirando a foto faz a diferença. Principalmente no mar, onde a visão pode ser bloqueada pela água. Além disso, ele mostrou como o ângulo faz a diferença: suas fotos possuem variações de posições, que ele procura explorar para ter resultados melhores.Os lugares onde Rafael fotografou incluem Maresias, Guarujá, Fernando de Noronha e claro, o Havaí.
Em seguida, foi a vez de Pablo Vaz contar sobre seu trabalho. Ele é especializado em fotos de skatistas, mas há 5 anos começou a fotografar outros esportes como o surfe e stock car. Ele contou durante a palestra que, curiosamente, só foi contratado para cobrir uma competição de stock car porque não era especializado na área, podendo assim dar um olhar diferente do convencional. A foto que tornou Pablo mais conhecido e respeitado é de uma competição automobilística: ele amarrou improvisadamente sua câmera na caminhonete dos fotógrafos que tinham permissão para cobrir o evento. Como ele não tinha, ficou disparando o controle da câmera para conseguir algumas fotos: e conseguiu uma das mais importantes de sua carreira.
Pablo contou também que como é especializado em skatistas, consegue prever os seus movimentos pela posição dos pés. O surfe, no entanto, ele disse que acha mais difícil, já que não possui tanto tempo de prática na área. Ele contou também que quando começou a fotografar surfistas, seguiu o palestrante anterior, Rafael Calsinski no Instagram. E só ontem descobriu que era o mesmo Rafael convidado para palestrar no mesmo dia que ele.
O último palestrante, Flavio Samelo também é especializado em skatistas, mas fotografa outras coisas também como moda e publicidade. Ele disse acreditar que 90% da fotografia é sorte e que por mais que existam equipamentos sofisticados, a sensibilidade é essencial na hora do clique. Flavio prefere tirar fotos sem flash, para que ela fique mais real. Outra preocupação do fotógrafo é a sombra: ele disse que é só a partir dela que se pode “localizar” a foto, perceber o que está acontecendo. Por isso a sua preocupação na hora do enquadramento é a sombra e não o objeto em si.
Aclamadíssimos, os palestrantes fecharam a 8ª Semana de Fotojornalismo com chave de ouro. Ano que vem tem mais!
Texto por Ana Luísa Fernandes
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