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40ª Mostra Internacional de SP: Ma’Rosa

Este filme faz parte da 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui. Nos últimos anos, o cinema filipino vem chamando a atenção em festivais de renome. Mesmo com as dificuldades financeiras, os filmes vêm conseguindo se destacar e mostrar a realidade do país para o mundo. É …

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Este filme faz parte da 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui.

Nos últimos anos, o cinema filipino vem chamando a atenção em festivais de renome. Mesmo com as dificuldades financeiras, os filmes vêm conseguindo se destacar e mostrar a realidade do país para o mundo. É o caso de Ma’Rosa (2016), um drama familiar e a escolha das Filipinas para concorrer a uma vaga nos indicados de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2017.

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A personagem que dá título ao filme é a matriarca de uma família de quatro filhos adolescentes. O longa tem início com uma cena que deixa claro que é a mãe que comanda toda a dinâmica da família: Rosa (Jaclyn Rose) e um de seus filhos, Erwin (Jomari Angeles), fazendo compras para a mercearia a qual ela e o marido são proprietários. O negócio, porém, serve como disfarce para a verdadeira fonte de renda da família: o tráfico de drogas. Nessas cenas iniciais, é ambientado o bairro pobre onde eles moram e a proximidade dos vizinhos, em que todos se conhecem.

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A rotina, no entanto, é quebrada quando a polícia invade a casa e prende o casal Rosa e o esposo (Julio Diaz). Eles são levados para uma delegacia e o longa passa a se tornar angustiante a partir desse momento. A corrupção dos policiais vai se tornando cada vez mais clara. Sem trilha sonora, com o uso da câmera na mão em vários momentos e close nos personagens, o diretor Brilhante Mendoza traz uma frieza e um desconforto que vai crescendo aos poucos enquanto as situações e problemas da trama vão se acumulando.

O desenrolar da história mostra a união da família e o desenvolvimento de cada personagem é bem significativo. Mas sempre que tem a oportunidade, Mendoza coloca em obviedade que o fio condutor é Rosa. Dá muito gosto de ver uma personagem feminina tão completa.

por Mel Pinheiro
mel.pinheiro.silva@gmail.com

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