Jornalismo Júnior

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

A Batalha das Correntes é morno

A Batalha das Correntes (The Current War, 2017) é um drama de época com direção de Alfonso Gomez-Rejon. Ambientado no final do século XIX, narra a disputa acirrada entre os titãs da eletricidade para determinar qual sistema elétrico daria energia ao mundo moderno. Thomas Edison (Benedict Cumberbatch) faz uma campanha pela utilização da corrente contínua, …

A Batalha das Correntes é morno Leia mais »

A Batalha das Correntes (The Current War, 2017) é um drama de época com direção de Alfonso Gomez-Rejon. Ambientado no final do século XIX, narra a disputa acirrada entre os titãs da eletricidade para determinar qual sistema elétrico daria energia ao mundo moderno. Thomas Edison (Benedict Cumberbatch) faz uma campanha pela utilização da corrente contínua, enquanto George Westinghouse (Michael Shannon) defende a corrente alternada.

A obra cinematográfica tem início com Thomas Edison  caminhando num lugar repleto de neve. Esse plano com frio cortante é uma metáfora para A Batalha das Correntes: um roteiro com abordagem gélida e tediosa que não garante a imersão do espectador.

 O filme não é narrado, mas exibido apenas em um exercício de estilo. Também não mostra com verossimilhança as emoções humanas pretendidas: a inveja e raiva sentidas por Thomas Edison e  George Westinghouse são retratadas de maneira exageradamente cordial. Não há tempo para o espectador perceber seriamente o assunto, como se o conteúdo informativo do filme não estivesse totalmente centralizado.

A Batalha das Correntes traz personagens lineares, que não entram em conflito interno nem apresentam profundidade psicológica, sendo previsíveis durante a trama. Apesar das falhas de roteiro, o longa é encenado com seriedade pelo elenco. Benedict Cumberbatch como Thomas Edison interpreta um gênio que é uma curiosa mistura de arrogância e excentricidade. Já Michael Shannon como George Westinghouse está em completo contraste: calmo e indiferente, ele se torna um antídoto útil para as explosões periódicas de Edison.

Thomas Edison é retratado sempre como o gênio indomável [Imagem: Diamond Films]

Além da rivalidade entre os dois adversários, o longa também aborda subtramas que poderiam ter sido seu próprio filme, como quando a cadeira elétrica é desenvolvida, desafiando a ética de Thomas Edison e usando sua criação para algo que ele nunca pretendeu. Com um tempo de execução maior ou em um formato serializado, esse aspecto poderia ter sido aprofundado ainda mais.  

Dessa forma, A Batalha das Correntes parece uma lição de história com visuais interessantes, em vez de um drama histórico convincente e totalmente realizado.

O longa tem estreia prevista para o dia 19 de dezembro no Brasil. Confira o trailer:

1 comentário em “A Batalha das Correntes é morno”

  1. Beatriz Victorino

    Acho que o filme deveria dar mais ênfase ao Tesla, pq ele tinha um cérebro brilhante, invenções tão brilhantes quanto sua mente e nunca recebeu o mérito por isso… muito ao contrário, morreu pobre, solitário e sem valor. Mas enfim, não posso reclamar muito, pq o filme ao menos o mostrou, coisa que ninguém faz questão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima