A Rebelião (Captive State, 2019), longa-metragem dirigido por Rupert Wyatt, marca a volta do diretor aos cinemas. Rupert é conhecido pelos filmes Planeta dos Macacos – A Origem (Rise of the Planet of the Apes, 2011), O Apostador (The Gambler, 2014) e O Escapista (The Escapist, 2008). O filme pertence aos gêneros suspense, ação e fantasia. A história se passa em Chicago, dez anos depois da ocupação do mundo por uma força extraterrestre, e se foca tanto naqueles que buscam resistir quanto nos que insistem em cooperar.
Em cada um desses grupos, destaca-se um personagem: Rafe Drummond (Jonathan Majors) ganha destaque na resistência e William Mulligan (John Goodman) é a força de coerção mais presente. Porém, o protagonismo não pertence a nenhum desses dois, e sim a Gabriel Drummond, interpretado por Ashton Sanders. Gabriel é o irmão mais novo de Rafe, que busca seguir a vida sem escolher um lado. Porém, as circunstâncias e o laço familiar o induzem a adentrar os territórios da resistência, de forma que ele acaba por se envolver muito mais do que sua intenção inicial.

Além disso, os efeitos especiais também se destacam, seja na sonoridade estridente seja na construção visual dos elementos em cena. O roteiro também é ousado, revelando uma história um pouco mais complexa do que os mais comuns filmes de alienígenas. Tal fato se deve à exótica linearidade por meio da qual a narrativa é desenvolvida, e ao fato das diferentes perspectivas e visões serem mostradas de forma quase alternada no filme.
Porém, os atores, o visual do filme e certo tom de ousadia não são o suficiente para construir uma boa produção. Mesmo com inúmeras cenas de ação, o longa é monótono e não parece fazer sentido. Gabriel corre de um lado para o outro, conclui suas diversas “missões” e, ainda assim, não se sabe onde ele quer chegar. A única intenção é salvar seu irmão? Ele se importa, pelo menos um pouco, com a invasão extraterrestre? Ele tem alguma ação própria ou simplesmente é levado a todas as circunstâncias em que figura? A todo momento, um novo conflito surge, se desenvolve e é resolvido, porém, em nenhum momento ele faz sentido.
Em determinada parte, a ideologia na qual os extraterrestres se apoiam para impor seu poder é apresentada. O espectador passa a entender que o grupo de humanos que coopera com os aliens o faz por acreditar que esta é uma forma de impedir a autarquia, uma forma de governo em que um indivíduo ou grupo tem poder absoluto sobre a nação. Neste momento, o filme parece receber abertura para crescer, despertar uma reflexão mais crítica ou, simplesmente, fazer sentido. Porém, tal deixa não é aproveitada. Os cartazes de “união, paz e harmonia”, colados nas paredes para representar a visão dos alienígenas, são mera decoração.

Assim, A Rebelião é um filme raso. A temática da revolução sempre surge, principalmente por meio da incendiária frase “light a match, ignite a war” (acenda um fósforo, inflame uma guerra, em tradução livre), mas não é bem desenvolvida. Planos são bolados e executados, pessoas e alienígenas morrem, porém, quando sobem os créditos, nada fica.
Ao ver desta repórter, que, inspirada pelo discurso de Rafe ao seu irmão, escolheu um lado, o filme não vale a ida aos cinemas. Se, como Gabriel, você prefere ser levado e, talvez, em algum momento, tomar uma decisão, veja o trailer abaixo. A Rebelião entra em cartaz nos cinemas no dia 25 de março.
por Laura Scofield
laurascofield@usp.br
Que filme besta Deus me livre assistir dinovo nunca mais bosta de filme não perca seu tempo assistindo porcaria como li num comentário perdi 2 horas de minha vida p essa bosta graças a Deus não assisti no cinema