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Até que ponto a influência do futebol chega na política brasileira?

Por Jonas Santana Sociedade alienada. Só futebol e mais nada. Mas isso é coisa do passado! Ou estou enganado? Eu até poderia dizer que o que me inspirou a fazer essa crônica foram as recentes declarações de dois jogadores de grandes times do futebol paulista: Felipe Melo, do Palmeiras, e Jadson, do Corinthians. Ambos dando apoio …

Até que ponto a influência do futebol chega na política brasileira? Leia mais »

Por Jonas Santana

Sociedade alienada.

Só futebol e mais nada.

Mas isso é coisa do passado!

Ou estou enganado?

Eu até poderia dizer que o que me inspirou a fazer essa crônica foram as recentes declarações de dois jogadores de grandes times do futebol paulista: Felipe Melo, do Palmeiras, e Jadson, do Corinthians. Ambos dando apoio a um pré-candidato polêmico à Presidência da República, Jair Bolsonaro. E talvez tenha sido isso mesmo.

Se eles ganharam ou perderam muitos admiradores após esse fato, não posso afirmar. Porém, que algumas discussões surgiram sobre isso, disso eu tenho certeza.

Lembremos que não é de hoje que o futebol se envolve com a política. Não podemos esquecer da Copa do Mundo de 1970, no México, vencida pelo Brasil e que foi usada como instrumento de propaganda no regime militar.

Presidente Médici ergue a taça Jules Rimet ao lado do capitão Carlos Alberto Torres, em 1970 (Imagem: Arquivo O Globo / Agência O Globo)

“Noventa Milhões em ação,

Pra frente Brasil,

Do meu coração…

Todos juntos vamos,

Pra frente Brasil,

Salve a seleção!”

Pra frente Brasil foi uma canção composta por Miguel Gustavo para a Copa de 1970.

Retornando ao caso dos dois jogadores. Alguns dizem: “Ah, mas isso é um perigo. Eles influenciam uma grande massa de brasileiros”. Primeiro que impedir qualquer pessoa de opinar sobre quaisquer assuntos é um grande erro, além de ser claramente uma censura. Uma parcela de pessoas esquece que jogadores também são cidadãos.

Essa questão do futebol influenciar a política brasileira talvez esteja se anulando. E podemos notar esse fenômeno nas últimas eleições presidenciais que, mesmo Ronaldo Fenômeno, pentacampeão mundial, e Neymar, hoje o maior ícone do futebol brasileiro e ainda considerado uma das 100 pessoas mais influentes no mundo pela revista Time, dando apoio ao candidato Aécio Neves, suas vitórias não alcançaram as urnas.

Em contraponto, há o ex-jogador Romário, um dos protagonistas do tetracampeonato vencido pelo Brasil, em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos, que, atualmente, é senador pelo Rio de Janeiro. Sua carreira política teve início em 2010 como deputado federal, mas possivelmente conseguiu esse feito pela imagem que tinha como um bom jogador. Já hoje, ele está no topo do ranking dos políticos do Rio com melhor atuação e talvez por isso esteja muito bem consolidado na política há quase 7 anos sem precisar acionar o status de ex-atleta.

É fato que o cenário político no Brasil está passando por uma turbulência longe de acabar, deixando parte dos brasileiros sem confiança de uma possível melhora. Já a Seleção Brasileira, em 2016, ganhou seu título inédito nas Olimpíadas e, ainda em 2017, carimbou seu passaporte para a Copa da Rússia, no próximo ano. Mesmo assim, pode-se notar que toda essa euforia para o possível hexa não está fazendo com que o povo brasileiro esqueça de sua participação nas decisões políticas.

Se a sociedade está conseguindo distanciar o seu grande orgulho da sua maior decepção é sinal de que ela está no caminho certo.

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