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Bad Boys Para Sempre: “Andamos juntos, morremos juntos. Bad Boys para sempre”

A franquia Bad Boys teve início há aproximadamente 25 anos e muita coisa aconteceu no gênero de ação desde aquela época. O subgênero denominado buddy cop (obras que envolvem parceiros policiais solucionando crimes) perdeu o charme, com quase nenhum representante atualmente, tendo relevância apenas em séries de TV. Anjos da Lei (21st Jump Street, 2012), …

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A franquia Bad Boys teve início há aproximadamente 25 anos e muita coisa aconteceu no gênero de ação desde aquela época. O subgênero denominado buddy cop (obras que envolvem parceiros policiais solucionando crimes) perdeu o charme, com quase nenhum representante atualmente, tendo relevância apenas em séries de TV. Anjos da Lei (21st Jump Street, 2012), com Channing Tatum e Jonah Hill, pode ser citado como o último grande expoente desta categoria. 

Bad Boys Para Sempre (Bad Boys For Life, 2020) tenta resgatar a aura dos filmes de duplas policiais, prestando diversas homenagens aos dois primeiros longas, mas alterando de forma profunda as circunstâncias envolvendo os personagens principais: Mike Lowery (Will Smith) querendo atuar como policial até seu corpo aguentar e Marcus Burnett (Martin Lawrence) tornando-se avô e planejando a aposentadoria. 

A trama tem base em pura e simples vingança. Isabel Aretas (Kate del Castillo) escapa da prisão com a ajuda de seu filho Armando (Jacob Scipio) e busca restabelecer o poder da família Aretas, dona de um cartel em seus tempos de glória. Lowery é uma das pessoas envolvidas no esquema que prendeu Isabel e vê seus colegas de profissão serem mortos um a um, até que chega sua vez de “pagar pelo que fez”.

Em um primeiro momento, os vilões da obra parecem unidimensionais e sem qualquer papel relevante para a narrativa, a não ser estarem ali para serem os opositores. Essa percepção muda de configuração através de algumas reviravoltas que o enredo pouco a pouco traz, dando profundidade e razão aos desejos mais sombrios dos personagens. 

Ver uma franquia que sempre foi baseada em ação bombástica, sem contextos tão complexos, se tornar uma história com revelações surpreendentes é algo considerável. Muito dessa mudança de rumo deve-se ao trabalho de direção e roteiro, já que os dois primeiros longas foram dirigidos por Michael Bay, famoso por sua despreocupação narrativa e por explosões excessivas. 

Alguns dos cenários do filme são bem coloridos, com cores de neon e uma fotografia bem executada. [Foto: Copyright 2019 Sony Pictures Entertainment Deutschland GmbH]
Os cenários são diversos e ganham mais destaque em momentos noturnos. As cores neon aparecem em evidência nessas cenas e dão um belo contraste. O episódio na danceteria, com sua sequência de perseguição, é um belo exemplo de como isso funciona no longa. Em alguns casos, a câmera atua em perspectivas não tão convencionais, ocasionando uma visão incomum ao espectador, como na parte em que Rita (Paola Núñez) troca tiros com os capangas da família Aretas. 

Ao contrário do que ocorre em muitos filmes de ação, os personagens secundários são relevantes. Mesmo aparecendo pouco em tela, quando requisitados, eles são importantes para as circunstâncias envolvidas, com maior destaque para Rita, policial e interesse romântico de Lowery, e Maya, personagem vivido por Vanessa Hudgens. 

Quando alguém menciona o nome Bad Boys, a primeira coisa que nos vem à mente é a relação entre seus protagonistas e isso é aprofundado aqui, seja através da união ou da separação. Esse teor de estarem separados em alguns momentos faz o personagem de Will Smith passar por situações até agora não exploradas, criando camadas emocionais e revelando coisas de seu passado que até mesmo seu melhor amigo não sabia. Essa introdução de revelações do passado poderia soar forçada, mas é encaixada perfeitamente à narrativa. 

Se temos algumas particularidades emocionais com Will Smith, Martin Lawrence rouba a cena com seus toques de comédia. Cenas como a sequência que ocorre no avião ou quando o ator tem que cuidar do neto são acontecimentos a serem lembrados com um sorriso no rosto, mesmo depois de sair do cinema. 

Ao contrário do que acontece em muitas obras, os personagens secundários são relevantes e acrescentam camadas à história, ou, no mínimo, ajudam nos momentos de comédia. [Foto: Copyright 2019 Sony Pictures Entertainment Deutschland GmbH]
O contraste entre as diferenças nas personalidades dos dois atores é o que move toda a franquia, algo como o yin e yang: uma dualidade de opostos que se complementam e criam um equilíbrio. No caso do longa, um equilíbrio entre a ação e a comédia. 

Bad Boys para Sempre pode não reinventar a roda, mas garante bons momentos, com reviravoltas inesperadas que dão grandes possibilidades para o futuro, ainda mais, se considerarmos a breve cena extra apresentada no final do filme. A continuação foi confirmada e, enquanto o  fôlego do “Para Sempre” durar, podemos ter boas perspectivas.   

O longa tem estreia prevista para o dia 30 de janeiro no Brasil. Confira o trailer

 

1 comentário em “Bad Boys Para Sempre: “Andamos juntos, morremos juntos. Bad Boys para sempre””

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