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Beyoncé em São Paulo: muitos recursos audiovisuais e pouca performance vocal

Quando uma amiga me chamou pra ir ao show da cantora Beyoncé, a pouco mais de um mês do evento, eu nem sabia que ela viria para São Paulo depois do Rock in Rio. Talvez eu estivesse um pouco desligada mesmo, mas espera-se maior divulgação quando um artista desse porte vem fazer shows aqui no …

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Beyoncé, de rabo-de-cavalo e com um de seus nove trajes usados no show. Foto: Nick Farrell

Quando uma amiga me chamou pra ir ao show da cantora Beyoncé, a pouco mais de um mês do evento, eu nem sabia que ela viria para São Paulo depois do Rock in Rio. Talvez eu estivesse um pouco desligada mesmo, mas espera-se maior divulgação quando um artista desse porte vem fazer shows aqui no Brasil. Falei que iria e entrei no site para comprar o ingresso. Achei que eles já estariam esgotados, pois as vendas já estavam abertas há mais de uma semana, pelo menos. Consegui comprar e, inclusive, meia entrada, que normalmente se esgota rapidamente em shows desse porte.
No domingo, dia 15, o show estava marcado para as 19:30. Cheguei às 19:00 e entrei sem nenhum tipo de dificuldade, achando que a pista e as arquibancadas estavam até um pouco vazias. O único setor lotado era a pista premium, cheia dos fãs mais fiéis de Beyoncé. Mesmo chegando em cima da hora, consegui ficar quase na grade que separa a pista normal da premium.
Apesar de chegar tarde, ainda esperei, junto com todos os outros espectadores, por uma hora e quinze minutos. Esse foi o tempo de atraso da cantora. Em volta do lugar onde eu estava, os fãs começavam a reclamar. “Mais de uma hora? Ela está de brincadeira” era o que se ouvia.

Mesmo com as reclamações, foram só as luzes do Estádio do Morumbi se apagarem que todos já haviam se esquecido do atraso e estavam no frenesi da entrada de Beyoncé, gritando e aplaudindo. O show começou sem surpresas para quem assistiu pela televisão, no Multishow ou na Globo, ao show da cantora no Rock in Rio. Quase o mesmo figurino, as mesmas músicas e até a mesma interação com o público. A única diferença, que fez falta, foi que os típicos cabelos esvoaçantes da artista estavam presos em um rabo de cavalo.
Na nova turnê de Beyoncé, The Mrs. Carter Show, as apresentações são totalmente baseadas na arte que os telões exibem. Nesse quesito, a utilização da tecnologia cria um efeito interessante, mas torna o show cansativo para o público. Beyoncé troca de roupa muitas vezes (no show de São Paulo, foram nove figurinos!) e, nesses intervalos, são apresentados vídeos e artes nas telas. Para o público que vai ao espetáculo de um cantor, o mínimo que se espera é a presença maciça do artista no palco.

telão
Efeitos audiovisuais foram marcantes durante todo o show. Foto: Miguel Schincariol

Em suas performances, Beyoncé apresentou o seu vozerão de sempre, mas, em muitas partes, deixou que as backing vocals Suga Mamas, que também cantam espetacularmente, cantassem para dar prioridade às coreografias e às “poses de diva”. Em comparação ao show da artista em 2010, desta vez ela dançou menos e cantou muito menos.

No entanto, nem só de momentos ruins (ou não tão boas quanto em 2010) se fez o show. Mesmo cantando e dançando menos, Beyoncé apresentou um espetáculo magistral, com sua banda estritamente feminina e os dançarinos impecáveis. Ela mesma também demonstrou estar em forma nas coreografias e cantou sempre com a sua voz forte e marcante, mostrando como é que se canta ao vivo.
Um capítulo a parte é o carisma sempre presente de Beyoncé. Ao longo de todo o show, ela dizia que amava o público e quão

GIF que está rolando na internet mostra o momento em que fã puxa a cantora para si.

feliz ela estava em voltar para o Brasil. Houve um momento do show, no qual ela atravessou um caminho aberto no meio da plateia para um palco menor, no meio da pista premium. Enquanto cantava, ela dava a mão para os fãs. Um deles puxou a cantora, como se quisesse trazê-la para perto de si, o que acabou por derrubá-la. Sem perder a pose, Beyoncé disse ao público que estava tudo bem, perguntou o nome do sujeito que a puxou e falou que era um prazer conhecê-lo.

O show foi, realmente, mais visual do que musical, além de ter sido marcando pelas excessivas trocas de roupa de Beyoncé. No entanto, ela mostrou que continua sendo a mesma, com a sua humildade e o seu carisma cativantes. O espetáculo não foi tudo o que eu, como fã, esperava, mas a admiração pela cantora continua a mesma.

Por Victoria Salemi
vicbsalemi@gmail.com

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