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Austrália e Nova Zelândia 2023 | Estados Unidos e Holanda empatam em 1 a 1 na reedição da última final

Em jogo físico, seleção americana coloca pressão, mas vê sequência histórica escapar

Na noite desta quarta-feira (26), as seleções dos Estados Unidos e Holanda empataram por 1 a 1 em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo feminina. Apesar da intensa pressão aplicada, as americanas não conseguiram ampliar o recorde de 13 vitórias consecutivas na competição, ativo desde 2015. A Holanda abriu o placar com Jill Roord, mas os EUA anotaram o gol de empate com Lindsey Horan.

O resultado coloca as duas seleções com quatro pontos no grupo E e deixa a liderança para ser decidida na última rodada. Na etapa anterior, os Estados Unidos venceram o Vietnã e as holandesas superaram Portugal. EUA e Holanda dependem de si para se classificarem para as oitavas de final. Portugal e Vietnã, com zero pontos cada, também disputam as vagas. 

O empate foi o segundo encontro entre as seleções na história do torneio: a partida foi uma reedição da final da última Copa, disputada em 2019 e vencida pelas estadunidenses pelo placar de 2 a 0, com gols de Megan Rapinoe e Rose Lavelle. Desta vez, o placar saiu amargo para a seleção americana, que, mesmo com domínio absoluto, não aproveitou as chances criadas para superar a adversária. Foram 18 finalizações, sendo apenas quatro no gol, contra cinco chutes da Holanda e um no gol, convertido.

Ao final da partida, Alex Morgan e Kerstin Casparij se cumprimentam em sinal de respeito [Imagem: Reprodução/Twitter/USWNT]

Histórico favorável aos EUA

A seleção dos Estados Unidos entrou em campo com os números a seu favor. Além de virem de uma sequência de 13 vitórias na Copa, os EUA mantinham uma invencibilidade de 18 jogos – a última derrota foi em 2011, na derrota por 2 a 1 para a Suécia na fase de grupos. No período de triunfos consecutivos, as americanas tiveram um placar agregado de 40 a 5 contra as adversárias.

Outra estatística importante para a partida é o confronto direto. A Holanda não venceu os EUA nos últimos nove duelos em todas as competições – foi um empate e oito derrotas, em que as holandesas sofreram ao menos dois gols em cada confronto. A última vitória holandesa foi em amistoso em abril de 1996.

Primeiro tempo: Holanda abre o placar

A árbitra japonesa Yoshimi Yamashita deu o apito inicial da disputa entre as atuais campeãs e vice-campeãs da Copa do Mundo feminina, no Wellington Regional Stadium. De início, as duas seleções apresentaram nervosismo e não conseguiram manter a posse de bola, com vários passes errados no meio de campo. Os Estados Unidos pressionaram a saída de bola no campo defensivo da Holanda.

A pressão surtiu efeito aos 8′, com a primeira chegada ofensiva da seleção americana. DeMelo finalizou para fora em passe recebido de Sophia Smith. Em seguida, Van Domselaar, goleira holandesa, quase perdeu a bola para a atacante adversária dentro da pequena área, mas conseguiu afastar. Os EUA ainda conseguiram uma finalização bloqueada de Crystal Dunn, em chute de fora da área desviado. 

O domínio ianque, porém, não se traduziu no placar, e logo veio o baque. No primeiro ataque da Holanda, Lieke Martens recebeu passe vertical da zagueira van der Gragt, quebrou a linha defensiva com corte em Sullivan, carregou até a intermediária e desenhou jogada pela lateral direita. A bola sobrou para Pelova, que rolou para Jill Roord abrir o placar, aos 17′. Na entrada da área, a camisa 6 deu um chute cruzado no canto inferior direito das redes de Alyssa Naeher. 

Essa foi a primeira vez que os EUA saíram atrás no placar na Copa desde a edição na Alemanha, em 2011. Na ocasião, a seleção da Suécia inaugurou o marcador e venceu o jogo, a última derrota das americanas na competição. Além disso, o gol representou o primeiro momento em que os Estados Unidos ficaram em desvantagem desde as quartas de final contra o Brasil, em solo alemão.

Imediatamente após o gol, aos 18′, a atacante Trinity Rodman exigiu uma defesa da goleira adversária com uma finalização colocada, de fora da área, que foi mandada para escanteio. A seleção holandesa sofreu com a dificuldade na saída de bola e os escanteios consecutivos. Durante o jogo, foram 11 cobranças das americanas contra uma das holandesas.

O primeiro tempo seguiu com domínio estadunidense na ação ofensiva, pressão na saída de bola holandesa na altura do meio campo e sustos com cruzamentos na área. A Holanda não conseguiu quebrar a primeira linha defensiva e foi pouco efetiva em atingir o último terço do campo. Pouco numerosa no campo de ataque, as holandesas executaram uma transição lenta e paciente, optando pelo jogo seguro de posse de bola, de passes curtos, e explorando o espaçamento pelos lados do campo.

Ao final do primeiro tempo, a arbitragem precisou acalmar as atletas – foram 17 faltas apenas na primeira metade do jogo, embora não tenham sido aplicados cartões. Em comparação com as adversárias, na primeira etapa, a Holanda teve mais posse de bola (61% a 39%), mas finalizou menos (três chutes a dez) e teve menos escanteios (zero contra cinco).

Segundo tempo: EUA empata e desperdiça chances

Atrás no placar e buscando a vitória, os EUA fizeram uma alteração no intervalo: Rose Lavelle, jogadora que marcou contra a Holanda na final de 2019, entrou no lugar de DeMelo. Pela Holanda, Nouwen substituiu van der Gragt, que saiu lesionada por choque de cabeça com a adversária.

O segundo tempo iniciou com ambas as equipes sem criatividade ofensiva, poucas movimentações nos últimos terços e muitos passes errados. O jogo, que já estava físico, esquentou com uma entrada perigosa de Lavelle em Groenen, responsável pelo primeiro e único cartão amarelo da partida. Aos 59′, uma pancada forte de van de Donk deixou Horan na grama, sentindo a perna direita. A árbitra, no entanto, permaneceu com sua abordagem de conversa e instrução.

Três minutos depois, aos 62′, Horan subiu livre de marcação para empatar o jogo. Em escanteio cobrado por Lavelle, a camisa 10 se movimentou na entrada da pequena área e marcou com um cabeceio fatal. 

Com seu segundo gol anotado na atual edição, Horan chega ao seu 4º em Copas [Imagem: Reprodução/Twitter/USWNT]

O gol reacendeu o arsenal ofensivo da seleção americana, que passou a intensificar a posse de bola, atacar em contra-ataque e dar passes verticais. Aos 67′, Rodman venceu uma dividida e lançou para Alex Morgan, que tocou para o gol na saída da goleira. A bandeirinha assinalou o impedimento correto, a atacante estava à frente da última defensora. 

Nos minutos seguintes, a Holanda continuou com dificuldade de dar sequência aos passes na saída de bola e não chegou ao campo de ataque com qualidade. Aos 79′, quando trocaram passes, espaçando o time pelo campo, e chegaram na intermediária do ataque, as holandesas conseguiram uma finalização seguida de escanteio, o primeiro da equipe no jogo.

Os dez minutos finais, contudo, foram pressão contínua das estadunidenses no campo ofensivo. Aos 81′, Lavelle finalizou para fora. Um minuto depois, Morgan escorou de cabeça para o ataque, Smith lançou para Rodman que finalizou à esquerda do gol de van Domselaar. Em escanteio cobrado aos 83′, a bola sobrou dentro da área para Smith, que finalizou em direção ao gol – de cabeça, Martens desviou o chute em cima da linha e originou nova cobrança. Mais quatro chutes do lado americano não tiveram sucesso. A partida terminou aos 90+8′, no placar de 1 a 1. 

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Protocolo em ação

No primeiro tempo, em um dos escanteios, aos 35′, Horan cabeceou para fora. O jogo foi paralisado para atendimento médico porque, durante a jogada, van der Gragt recebeu uma cabeçada não intencional da também zagueira Ertz. O protocolo de concussão da FIFA determina a paralisação do jogo no caso de choques de cabeça para verificar as jogadoras envolvidas, com o objetivo de evitar atletas atuando em campo com concussões cerebrais e reduzir a pressão nas equipes médicas em avaliar a jogadora com rapidez e de modo incompleto.

Durante o intervalo, a camisa 3 da Holanda foi substituída após avaliação dos membros da seleção, que possivelmente chegaram à conclusão de que a jogadora estava inapta a continuar na partida e decidiram priorizar a proteção da sua saúde. Já nos acréscimos, aos 90+4′, houve um choque de cabeças entre Lavelle e van de Doonk, o segundo da partida, em disputa de bola. Elas receberam tratamento das equipes médicas e retornaram ao jogo.

Ficha técnica

A partida foi disputada às 22h (horário de Brasília) no Wellington Regional Stadium, na cidade de Wellington, capital da Nova Zelândia. O público presente foi de 27.312 pessoas. Confira as escalações iniciais:

EUA (4-3-3): Alyssa Naeher, Naomi Girma, Julie Ertz, Emily Fox, Crystal Dunn, Andi Sullivan, Lindsey Horan, Savannah DeMelo, Alex Morgan, Trinity Rodman, Sophia Smith.

Holanda (3-5-2): Daphne van Domselaar, Stefanie van der Gragt, Sherida Spitse, Dominique Bloodworth-Janssen, Jill Roord, Daniëlle van de Donk, Jackie Groenen , Victoria Pelova, Esmee Brugts, Katja Snoejis, Lieke Martens.

Imagem de capa: Reprodução/Twitter/OranjeLeeuwinnen

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