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Johnny English 3.0 é raso e previsível, mas dá pra rir

Mesmo tendo começado em 2003, a franquia Johnny English segue viva, agora com um terceiro filme. Em Johnny English 3.0 (Johnny English Strikes Again, 2018), o protagonista precisa sair da aposentadoria, depois que a identidade de todos os agentes secretos ativos da Inglaterra é revelada, e investigar uma série de ciberataques que estão vitimando o …

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Mesmo tendo começado em 2003, a franquia Johnny English segue viva, agora com um terceiro filme. Em Johnny English 3.0 (Johnny English Strikes Again, 2018), o protagonista precisa sair da aposentadoria, depois que a identidade de todos os agentes secretos ativos da Inglaterra é revelada, e investigar uma série de ciberataques que estão vitimando o país. Dessa forma, a produção é montada sobre a questão do novo versus o velho, sendo English (Rowan Atkinson) representante dos antigos costumes, e as novas tecnologias e modos da sociedade representando a modernidade.

Johnny English 3.0 não é, como se espera de um filme de comédia, nem um pouco sutil para explicitar esses contrastes. Logo de cara já vemos as esdrúxulas exigências do agente, como um exoesqueleto, botas magnéticas, balinhas explosivas, uma caixa de sapatos inflável e – pasmem – uma arma, exigência mais estranhada pelo departamento secreto. Pelo outro lado, o departamento se mostra completamente modernizado, com apenas veículos híbridos em sua garagem e smartphones como artefato principal de espionagem, o que confunde English: “O que ele atira?”.

(Imagem: Universal)

A batalha entre novo e velho é bastante acirrada durante o filme inteiro, com cada um levando vantagem sobre o outro em algum momento. Apesar disso, ao final parece haver uma “vitória” do lado antigo, simbolizada por uma espada medieval estilhaçando um telefone celular de última geração.

Mas não é só disso que vive Johnny English 3.0, que também conta com uma história completamente superficial cuja única função é servir de pano de fundo para as trapalhadas de Johnny. Em nenhum momento se tem o mistério de quem é o responsável pelos crimes cibernéticos quando logo no início da trama somos apresentados a um jovem bilionário do Vale do Silício, responsável por modernizações cotidianas, e que é o próximo convidado a um cargo de confiança no governo britânico. Também mal podemos nos importar com uma suposta espiã russa a qual, apesar de ter papel de destaque no filme, não sabemos seu propósito, sua origem e nem seu paradeiro ao final da trama.

(Imagem: Universal)

Apesar disso, depois de se acostumar com o fato de o Mr. Bean estar falando, é possível desprender algumas risadas ao longo da produção, ainda que a partir de situações completamente previsíveis. Destaque para a cena da realidade virtual. Nela, English precisa fazer um reconhecimento da mansão do vilão, e para isso o colocam em uma máquina de realidade virtual.

Julgando-se superior à tecnologia, como em muitas outras vezes durante o filme, o agente liga a máquina sem supervisão e falha ao tentar ativar o piso móvel que deveria mantê-lo no lugar durante a experiência. O que se segue é uma pessoa vendada, andando pelas ruas de Londres e praticando as mais bizarras ações. Quem não rir da metralhadora de guarda-chuva ou de Rowan Atkinson batendo em um vendedor com duas baguetes, certamente é uma pessoa muito difícil de se agradar.

Johnny English 3.0 estreia dia 1o de novembro no Brasil. Confira o trailer:

por Bruno Menezes
brunomenezesbaraviera@gmail.com

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