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A “louca de pedra” de Octavia Spencer choca, mas não dá medo

Alguém ajude o roteirista de Ma (2019). Tão inapropriado quanto Sue Ann (Octavia Spencer) a se enturmar com os jovens do colégio da cidade, Scotty Landes falha nos diálogos adolescentes, no terror e na loucura. O ponto de vista da trama é o de um grupo de cinco adolescentes em busca de bebida. De maneira …

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Alguém ajude o roteirista de Ma (2019). Tão inapropriado quanto Sue Ann (Octavia Spencer) a se enturmar com os jovens do colégio da cidade, Scotty Landes falha nos diálogos adolescentes, no terror e na loucura.

O ponto de vista da trama é o de um grupo de cinco adolescentes em busca de bebida. De maneira oportuna, Octavia, apelidada de “Ma”, surge não apenas para ajudá-los na compra, mas oferece seu porão para a bebedeira, de novo, de novo e de novo. Uma espécie de João e Maria com álcool, pelo menos tão suspeito quanto.

O decepcionante é que, para um filme que se propõe a falar da juventude de seus protagonistas, as falas desses personagens são extremamente falsas e estereotipadas. Não dá pra esconder a vergonha que é ouví-las num som surround e tela enorme.

Os cinco jovens protagonistas [Imagem: Copyright Anna Kooris/Universal Pictures]

Em contraponto aos mocinhos, Ma entrega o que se espera: uma louca de pedra. A mulher é carente, rancorosa, adora gatos, e canaliza tudo isso em sua suspeita hospitalidade. Seu passado é narrado para justificar a maluquice, isso até certo ponto. Conforme vemos o desenrolar da personagem, novos traços vão surgindo e esses não têm explicação: ela não se dá bem no trabalho, é cleptomaníaca e, ao final, imune ao fogo.

Quanto ao gênero, basta alguns segundos de pesquisa para descobrir que o longa é vendido como um suspense, o que é verdade. Existe sim uma tensão e ela é bem construída. “Quais serão os próximos passos da vilã?”, essa é uma dúvida que instiga. No entanto, não é esse aspecto que chama mais a atenção, mas a tentativa de gerar horror, medo. Quando o terceiro ato se aproxima e a vilania vai surgindo, a impressão é de choque. Sue costura a boca da molecada, faz e acontece, mas não amedronta, o máximo do público são caras viradas e agonia até que a cena acabe.

Após os tropeços do roteiro, a busca pelo choque, os adolescentes genéricos e os “superpoderes” da vilã, resta um desânimo. A sensação é de duas horas mal gastas. Quisera eu que o talento de Octavia estivesse empregado em algo melhor.

O longa tem estreia prevista para o dia 30 de maio no Brasil. Confira o trailer:

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