Jornalismo Júnior

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais um filme sobre apocalipse, destruição, e … tubarões

por Amanda Manara apmanara@gmail.com Muitos filmes de destruição de cidades, apocalipses, furacões ou até mesmo tubarões já foram produzidos. Porém, um filme que juntasse tudo isso em seu roteiro era uma ideia que nunca tinha passado pela cabeça de nenhum diretor. Até 2013. Exibido pela primeira vez nos EUA, no dia 11 de julho, pelo …

Mais um filme sobre apocalipse, destruição, e … tubarões Leia mais »

por Amanda Manara
apmanara@gmail.com

Muitos filmes de destruição de cidades, apocalipses, furacões ou até mesmo tubarões já foram produzidos. Porém, um filme que juntasse tudo isso em seu roteiro era uma ideia que nunca tinha passado pela cabeça de nenhum diretor. Até 2013.

Exibido pela primeira vez nos EUA, no dia 11 de julho, pelo canal a cabo SyFy, o filme Sharknado (Idem, 2013) foi uma produção dessa emissora que inicialmente nem era pra ter ido aos cinemas. Mas o sucesso e a repercussão do filme foram tamanhos que ele chegou a ser exibido em 200 cinemas americanos e atingiu vários outros países. Sucesso esse que é difícil de ser explicado. Ou talvez nem tanto.

Combinação de catástrofe, destruição e tubarões é o principal elemento de Sharknado.
Combinação de catástrofe, destruição e tubarões é o principal elemento de Sharknado.

Uma das origens da repercussão é a história bizarra – um tornado atinge Los Angeles e com ele carrega cerca de 20 mil tubarões. Isso mesmo. Um tornado de tubarões em que a qualquer momento um dos bichos podem cair direto na sua cabeça. Uma das falas de um personagem do filme retrata justamente a estranheza dessa situação caótica: “Eu sempre pensei que um terremoto seria o fim de Los Angeles. Ou uma chuva de meteoros. Ou mesmo zumbis. Peste Negra, alienígenas. Mas Tubarões? Qual é?”

Além disso, ondas gigantes destroem o litoral e inundam a cidade, transformando-a num imenso tanque, com tubarões nadando pelas ruas. O filme, claro, conta com o típico “grupo de sobreviventes” hollywoodianos, liderado pelo surfista Fin (Ian Ziering). Além de tentar proteger a família e se salvar dos tubarões, ele ainda dá uma de herói durante todo o filme, sempre preocupado em salvar os moradores da cidade.

Baz, Fin e Nova fazem parte do grupo de sobreviventes que tentam lutar contra os tubarões.
Baz, Fin e Nova fazem parte do grupo de sobreviventes que tentam lutar contra os tubarões.

Apesar do enredo completamente nonsense, é bizarro ver como os personagens encaram tudo que acontece com naturalidade, como se fosse normal um tubarão saltar pela janela de sua casa e engolir seu namorado. Mas isso é uma das pequenas estranhezas do filme, que contribuem para que o longa se mantenha em sua linha “trash”. Até aí tudo pode ser explicado pela intenção do diretor, de realmente fazer um filme B que cause esse “impacto do ridículo” nos espectadores.

O que não entra nessa conta é a produção em si. Além de os “efeitos especiais” – se é que podem ser chamados assim – serem muito ruins (o que explica o baixo custo de produção – menos de um milhão de dólares), o filme quase não tem continuidade. Em um momento as ruas estão completamente alagadas, no outro já é possível abrir a porta do carro tranquilamente. Em um minuto o tempo passa de nublado para um tornado e logo em seguida já é possível ver o Sol entre as nuvens.

Os efeitos não-tão-especiais contribuem para o caráter trash do filme.
Os efeitos não-tão-especiais contribuem para o caráter trash do filme.

E quando já se está acostumando com as estranhezas do filme, quando os tubarões nadando pelas ruas já são normais no nosso ponto de vista, chega o final do filme, parte que reúne as melhores cenas sem sentido do longa. A começar pelo ato de heroísmo do filho de Fin ao tentar destruir os tornados atirando bomba neles. Enfim, independente da ideia, o que importa é que nem tudo sai como o esperado e Nova, uma das mulheres do grupo que está no helicóptero cai e é pega no ar por um tubarão. Até aí ok. Alguns outros personagens do grupo também já tinham ficado pelo caminho. O que ninguém esperava é que depois da clássica cena da serra elétrica – em que Fin é engolido inteiro por um tubarão, mas consegue escapar de dentro dele serrando sua barriga – ele não saísse sozinho das entranhas do bicho. Advinha quem estava com ele? Isso mesmo, Nova!

É com essa cena, mais nonsense impossível, que esse novo clássico trash se encerra. Mas não fique com saudade, o sucesso foi tamanho, que está prevista a continuação. O segundo filme chegará ao Brasil em julho de 2014. Preparado para mais tubarões famintos voando e caindo sobre os cidadãos de Nova York?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima