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Stand Up ou Improvisação?

“Quem veio aqui hoje assistir um show de stand up? Se deu mal”. É assim que Márcio Ballas, Marco Gonçalves, Guilherme Tomé e o convidado da noite, que desta vez foi Edu Nunes, começam a Noite de Improviso, apresentada todas as quartas-feiras às 21 horas em São Paulo, no The Comedians. Já sabendo da comum …

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“Quem veio aqui hoje assistir um show de stand up? Se deu mal”. É assim que Márcio Ballas, Marco Gonçalves, Guilherme Tomé e o convidado da noite, que desta vez foi Edu Nunes, começam a Noite de Improviso, apresentada todas as quartas-feiras às 21 horas em São Paulo, no The Comedians. Já sabendo da comum confusão entre improvisação e stand up comedy, os humoristas brincam com o público.

Noite de Improviso
O teatro de improvisação consiste na encenação de situações que surgem na hora, ou seja, não há preparo e o ator precisa criar a cena ao longo de sua atuação. Foto: página do Facebook oficial

O stand up comedy é uma espécie de humor no qual um comediante fala ao público em um tom de conversa, contando casos engraçados inventados ou vividos por ele na vida cotidiana. Com origem nos Estados Unidos, esse gênero de comédia surgiu em meados do século XIX, a partir do trabalho dos mestres de cerimônia que tinham a função de entreter o público de peças de teatro e de shows musicais durante os seus intervalos. Como esses mestres de cerimônia passaram a fazer sucesso, surgiram profissionais para isso, os humoristas, e locais especializados no stand up comedy. Um famoso comediante, que colaborou com a disseminação do gênero no Brasil, foi Jerry Seinfield. A partir da popularização de sua série de televisão no Brasil, esse tipo de comédia ganhou espaço no país, chegando ao ápice nos anos de 2008 e 2009. Nessa época, surgiram diversos programas televisivos protagonizados por humoristas que fizeram sucesso no stand up, como, por exemplo, o CQC, da Rede Bandeirantes de Televisão, com Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Oscar Filho e Felipe Andreoli.

Danilo Gentili Virada Cultural
No stand up comedy, os espetáculos são constantemente os mesmos. O comediante tem alguns assuntos dos quais costuma falar e agrega uma ou outra piada que tenham a ver com o que está acontecendo no momento. Foto: Paulo Toledo Piza

Diferente do primeiro tipo de humor apresentado, o teatro de improvisação consiste na encenação de situações que surgem na hora, ou seja, não há preparo e o ator precisa criar a cena ao longo de sua atuação. Além disso, os figurinos e cenários são escassos ou inexistentes, concentrando toda a ação dramática nos atores. Desde o seu surgimento, na Itália do século XV, esse tipo de teatro já estava atrelado ao humor. Sua forma mais parecida com o que conhecemos hoje em dia foi criada entre 1960 e 1970, com o desenvolvimento de técnicas específicas. Engana-se quem acha que para improvisar basta ser criativo, uma vez que existem muitos cursos que ensinam técnicas aos atores. No Brasil, as principais companhias responsáveis pela difusão da improvisação humorística foram Doutores da Alegria, Jogando no Quintal e Companhia Barbixas de Humor.

No stand up comedy, os espetáculos são constantemente os mesmos. O comediante tem alguns assuntos dos quais costuma falar e os varia somente de tempos em tempos, agregando uma ou outra piada que tenham a ver com o que está acontecendo no mundo no momento. Portanto, assistir ao espetáculo de um mesmo humorista mais de uma vez é bastante repetitivo. Já a improvisação é mais dinâmica e um show nunca é igual ao outro, ainda mais quando é o público quem sugere os temas a serem encenados, como acontece na Noite do Improviso. Na noite em que assisti ao espetáculo, o ponto alto foi o número em que um ator cantava o problema de seu personagem e outro cantava de volta a solução  mas nada impede que em uma próxima ocasião outra atração seja a melhor da noite. Não há como escolher um tipo melhor, mas, certamente, os espetáculos de improvisação são mais dinâmicos.

Por Victoria Salemi
vicbsalemi@gmail.com

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