Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Tóquio 2020 | De virada é mais gostoso: Brasil vence ROC no Vôlei Feminino e chega às semifinais.

Em uma partida com virada emocionante, a Seleção Brasileira feminina de Vôlei vence Comitê Olímpico Russo, garantindo vaga nas semifinais, e está a uma vitória de garantir medalha.

Não há comemorações suficientes para definir o sentimento dos brasileiros que assistiram ao embate entre Brasil e Comitê Olímpico Russo, na última manhã de quarta-feira (04). O jogo, que definiu qual seleção passa para as semifinais do Vôlei olímpico, encerrou com 3 a 1 para o time latino, numa virada emocionante. Agora, o Brasil está a uma vitória de ganhar uma medalha, numa disputa com a Coréia do Sul.

A tensão quase palpável na quadra era consequência do foco das jogadoras de ambos lados: o histórico russo de quatro vitórias em Olimpíadas é um potencializador de performance que paira sobre os ombros das jogadoras, sem dúvida. Mas o carisma e determinação das brasileiras, que não ficam muito atrás em número de ouros com duas medalhas, conseguiram derreter a frieza das adversárias.

Os pontos fortes da seleção do ROC se tornaram evidentes ao longo de toda partida — o contra-ataque veloz e forte e o bloqueio alto e certeiro foram obstáculos na performance do Brasil, que não pode se vangloriar de uma vitória fácil. Pelo contrário, as russas contaram com a participação de jogadoras decisivas, como Arina Fedorovtseva, de apenas 17 anos, que foi a maior pontuadora do jogo, com 20 bolas no chão.

Do lado brasileiro da rede, os pontos marcados por cada jogadora individualmente quase somem em comparação ao balanço geral da equipe: os rallys foram desenvolvidos com maestria, combinando as habilidades da equipe e, somados a saques bem performados e bloqueios efetivos, uniram a equipe em uma mesma sintonia. Essa harmonia foi decisiva para a vitória, não permitindo que as brasileiras perdessem o foco, mesmo em momentos mais acirrados da partida.

O Jogo do Brasil

O primeiro set marcou uma antítese entre os lados da quadra. Enquanto as russas colocavam as bolas no chão com rapidez, a equipe brasileira investia em bolas leves. O ROC abria o placar com cada vez mais pontos, e ficou evidente que, se quisessem virar o jogo, as brasileiras precisavam mudar de estratégia, ou acabariam como a seleção masculina, derrotada pelos russos na semana anterior.

Quando o placar mostrou a diferença de 17 a 12 pontos, o treinador José Roberto decidiu por fazer mudanças no time, pressionando as russas, com um placar de 24 a 23 que, apesar de esperançoso, não foi suficiente para para garantir a vitória no primeiro set para o Brasil.

A essa altura da partida, já era perceptível que o significado de fairplay era diferente entre as duas seleções: durante os saques russos, a equipe levantava os braços, numa tentativa de bloquear a visão brasileira, fato que foi motivo de reclamação — sem efeito — de Fernanda Garay para a arbitragem. Além disso, as comemorações eram frequentemente feitas voltadas para o time adversário, o que não é permitido pelas normas do voleibol. O próprio técnico do ROC recebeu uma advertência por se exaltar em alguns momentos do jogo, principalmente quando o Brasil se impunha sobre sua equipe.

A Seleção entrou em quadra para o segundo set com uma posição diferente em relação ao jogo. Dessa vez, a força se mostrava presente em seus ataques, acanhando o time adversário. Logo no início, a ponta Gabi marcou o ponto que colocou as brasileiras pela primeira vez na frente, com 3 pontos a 2. No restante do set, as russas conseguiram empatar, mas não ultrapassaram o número de pontos das brasileiras em nenhum momento, mesmo com a persistência de Arina Fedorovtsev. Fernanda Garay e Ana Carolina, em atuação impressionante, colocaram inúmeras bolas no chão. O Brasil venceu por 24 a 21, com destaque para a atuação essencial da líbero Camila Brait.

Com o jogo empatado, a animação das brasileiras para o terceiro set ultrapassava a televisão e chegava até os torcedores em casa: Rosamaria, Carol Gattaz e Macris, já recuperada da lesão em jogo anterior, aproveitaram com maestria o time russo abalado pelo empate, desenvolvendo os rallys, que se tornavam mais longos com o passar dos sets, e aproveitando os erros de saque do ROC. Com o placar final de 25 a 19, as brasileiras passaram para o quarto set já com a medalha em mente, impulsionando seus contra-ataques.

O último set foi desenvolvido com calma e precisão pelo lado brasileiro, em contraste com a euforia do time russo, levando inclusive a um pedido por calma do árbitro para o técnico do time. Calma mesmo foi necessária pelos torcedores do Brasil: apesar da marcação das russas, que empataram o placar em diversos momentos, o match point brasileiro foi marcado por Rosamaria, fechando a ida invicta da equipe do Brasil às semifinais.

 

*Imagem de Capa: Reprodução @volleyballworld

 

Tóquio 2020 Vôlei

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima