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Você não vai querer piscar assistindo ao novo Maze Runner

por Isabella Galante isabellavgalante@gmail.com Como anda seu coração? Você tem histórico de infarto ou derrame? Se você está saudável, então está liberado para assistir ao filme Maze Runner, principalmente a sua sequência. Maze Runner: Prova de Fogo (Maze Runner: The Scorch Trials, 2015) é o segundo filme da franquia, que é baseado na série de livros …

Você não vai querer piscar assistindo ao novo Maze Runner Leia mais »

por Isabella Galante
isabellavgalante@gmail.com

Como anda seu coração? Você tem histórico de infarto ou derrame? Se você está saudável, então está liberado para assistir ao filme Maze Runner, principalmente a sua sequência. Maze Runner: Prova de Fogo (Maze Runner: The Scorch Trials, 2015) é o segundo filme da franquia, que é baseado na série de livros de mesmo nome, lançada em 2009 por James Dashner.

A história é sobre um grupo de meninos que foram colocados em uma clareira depois de terem sua memória apagada; a única forma de tentarem sair do lugar seria através de um labirinto gigante, que é programado para matar. Enquanto isso, o espectador se pergunta porque foram colocados lá e quem o fez, e vai descobrindo aos poucos, juntando as peças desse quebra-cabeça enigmático e instigante.

Ao conseguirem encontrar uma saída no primeiro filme, alguns dos meninos e uma menina (Teresa), são “resgatados” por um grupo que diz combater quem colocou os jovens no labirinto, continuando do ponto em que o original acabou. Eles são levados a um complexo com vários jovens que escaparam de outros labirintos, mas percebem que os tais salvadores não tinham as melhores intenções, e vão tentar escapar. Porém, a instalação  fica no meio de um deserto, onde vão enfrentar todo tipo de perigo. A cada segundo aparece um novo problema que você nem imaginava, e quando achamos que não pode ficar pior, fica.

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A segunda produção não é uma sequência chata, que imita o anterior, mas sim bem diferente, e surpreende. É aquele tipo de filme que causa falta de ar, contudo você não quer desviar o olhar e perder o que vem depois. O efeito é potencializado por conta dos enquadramentos, que operam bem próximo dos atores, de modo que entramos no universo do personagem, entendendo melhor a personalidade e motivação de cada um; ao mesmo tempo fazemos parte da narrativa, observando cada ação de perto.

A saga Maze Runner é uma mistura de O Senhor das Moscas (Lord of the Flies, 1963) (para o primeiro filme), Guerra Mundial Z  (World War Z, 2013) (para o segundo filme), Guerra dos Mundos (War of the Worlds, 2005) e Jogos Vorazes (The Hunger Games, 2012) (apesar de ter sido escrito antes desse) que consegue ser único. Com a cara de um filme adolescente banal ou uma “modinha” baseada em um livro, ele supera as expectativas e impressiona: não é limitado a um público, a história é envolvente e ainda traz um questionamento importante e contemporâneo acerca dos testes em organismos vivos (até que ponto isso seria aceitável), além de conter uma pitada de apocalipse (causado por uma epidemia quase letal).

mazerunner2A franquia é dirigida por Wes Ball, que iniciou a carreira de diretor com o primeiro filme da série. Entretanto, Ball tem experiência em arte visual e gráficos, o que torna a produção tecnicamente melhor, porque ele visualiza o resultado e sabe como chegar lá. Além disso, há uma preocupação especial com os fãs e autor dos livros: o diretor mantém contato, através do Twitter com os admiradores, por exemplo, perguntando as cenas favoritas deles, para ter certeza de que sejam adaptadas para o longa. Dashner também trabalhou junto da equipe de produção, que pedia sempre seu palpite. Os produtores queriam respeitar a obra original, mesmo sabendo que teriam que adaptá-la.

O diretor ganhou a função de trabalhar com Maze Runner quando tentava promover seu curta Ruin, naFox Film. Após assistir ao projeto com funcionários da empresa, o diretor criativo de Maze Runner, Peter Kang, lhe entregou uma cópia do livro, falou para ele ler e dizer o que achou. Em duas semanas, Ball começa a dar opinião acerca do script elaborado, faz  ilustrações de como poderia ser algumas cenas e quando apresenta suas ideias para a presidente do estúdio, ela diz: “ótimo, você é o nosso diretor”. A partir daí, o script foi totalmente reescrito, consultando James Dashner, que revisou o roteiro,  conheceu o set e o elenco.

Ruin: o curta que fez com que Wes Ball ganhasse a posição de diretor em Maze Runner:

Mesmo com seu conhecimento sobre efeitos especiais, o diretor opta pela reprodução, sempre que possível, dos elementos da narrativa, como o labirinto do primeiro filme, que foi criado com o máximo de realismo e constituído de concreto verdadeiro. Apesar do orçamento limitado, Maze Runner entrega uma experiência visual rica, que mais parece uma superprodução. Já no segundo da série, os efeitos especiais foram aplicados em certos elementos e são impressionantes.

Em coletiva de imprensa, Kaya Scodelario (Teresa) e Giancarlo Esposito (Jorge) disseram que ficaram felizes com o resultado do filme, que foi elogiado inclusive pelo autor dos livros. Eles afirmaram que alguns aspectos foram mudados em relação à história original, como a relação entre o protagonista (Thomas) e Teresa, que no livro costuma ser mais romântica; todavia, os fãs, em geral, não ficaram desapontados com as adaptações, nem reclamaram por atores ou cenas que eram diferentes do que esperavam.

Coletiva Maze Runner

Embora o segundo filme tenha mais cenas de ação, os atores não passaram por uma preparação física, o que acabou entregando cenas mais realísticas à medida que agem como jovens comuns, ficando cansados depois de correr, por exemplo; isso reforça que os personagens não são super-heróis. Uma outra diferença entre ambas as produções é que a escala se tornou muito maior. O mundo agora é vasto, como disse Kaya, mas ao mesmo tempo mais centrado e solitário. Os 12 dias que passou gravando no deserto a ajudaram a internalizar o personagem, ocasionando em uma interpretação mais complexa e pouco superficial.

Kaya e Giancarlo revelaram que interpretar um papel que saiu de um livro enriquece o filme, porque a obra serve de referência e aprofunda o entendimento do personagem através das descrições precisas.  No entanto, essa característica limita um pouco a criação do ator, já que não há muito espaço para alterar as cenas.

Os atores ainda elogiaram o diretor devido a jovialidade, que combina com o elenco e com a história. Segundo eles,  Ball está sempre propondo novas ideias edesafios que reinventam o efeito do livro, mas funciona. Por fim, disseram estar ansiosos para ver o que vai acontecer na história e para começar a gravar o próximo episódio da série.

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Crédito: Isabella Schreen/Jornalismo Júnior

Não tente se preparar, sinta a emoção que o filme propõe, porque é raro encontrar uma produção que seja tão envolvente. Sem me prolongar mais e estragar o elemento surpresa, posso só dizer que Maze Runner é uma franquia que merece ser vista. E segura o coração que tem mais!

O trailer é de arrepiar:

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