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2ª Semana da Jornalismo Júnior | 5º Dia – Grandes Coberturas de desastres naturais

A 2ª Semana da Jornalismo Júnior foi encerrada sob o tema de Grandes Coberturas de Desastres Naturais. O evento contou com a presença de Franz Vacek, Adriana Carranca, Fábio Zanini e de Cilene Victor como mediadora.  A noite iniciou-se com Zanini, repórter e atual editor da Revista Folha, explicando quais as principais etapas da cobertura …

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A 2ª Semana da Jornalismo Júnior foi encerrada sob o tema de Grandes Coberturas de Desastres Naturais. O evento contou com a presença de Franz Vacek, Adriana Carranca, Fábio Zanini e de Cilene Victor como mediadora.  A noite iniciou-se com Zanini, repórter e atual editor da Revista Folha, explicando quais as principais etapas da cobertura jornalística de um desastre natural. Segundo o palestrante, alguns dos pontos a serem levados em consideração são: o lado técnico (explicar o fenômeno e porquê ele ocorre), a dimensão do ocorrido, o lado humano (histórias das vítimas, incluindo relatos da tragédia mas também de superação), as consequências político-econômicas do fato, e discutir se aquilo poderia ter sido evitado ou amenizado. Um dos maiores problemas de reportagens com esse tema seria determinar o número de vítimas, que muda constantemente.

Em seguida, Franz Vacek – atualmente, repórter da Rede TV, que já cobriu terremotos no Haiti e na Itália, além do acidente nuclear de Fukushima – relatou suas experiências em campo e discutiu o papel do jornalista em tais situações. “[No Haiti] eu comecei a aprender os limites entre você ser jornalista e você querer ajudar em uma situação como essa (…). É nessas horas que a gente percebe que um microfone faz toda a diferença – não pra gente, mas pra eles [as vítimas] que precisam se expressar de alguma forma”. Franz ressaltou que, em situações de desastres ou de conflitos, não existe um manual que o repórter possa seguir.

Foi a vez de Adriana Carranca, repórter premiada do Estadão e que cobriu o Haiti três meses após o terremoto, discutir a questão do que ocorre com um país que passou por algo assim quando a imprensa já não mais tem interesse no ocorrido. Sem a cobertura jornalística, a arrecadação das ONGs locais cai drasticamente, e a pressão para que a ajuda internacional permaneça também diminui muito. “A verdadeira tragédia de um país que sofreu um desastre natural começa quando a última equipe da imprensa vai embora”, completou Cilene Victor, citando uma frase proferida durante uma reunião da ONU.

Como doutora em saúde pública, Cilene questionou, então, os palestrantes a respeito da cobertura jornalística em locais de risco de acidentes naturais – ou seja, antes de um desastre. Em resposta, Zanini disse que acredita que até existe algo nesse sentido, porém é muito difícil que a imprensa monitore constantemente todos os locais do mundo sujeitos a catástrofes naturais. O jornalista completou, ainda, que desastres como esse podem ser bastante amenizados dependendo da infraestrutura local (no caso do Brasil, por exemplo, até mesmo acidentes de pequena magnitude, como deslizamentos de terra, causam um enorme estrago devido à precariedade das construções e falta de planejamento), porém é quase impossível que sejam evitados.

Por fim, a palestra foi aberta para perguntas da plateia, quando discutiu-se quais os critérios na hora de escolher o repórter que será enviado para cobrir um desastre natural – tais critérios seriam a proximidade e a experiência do repórter em situações como essa. Seguiu-se o sorteio da assinatura grátis por um ano da revista Superinteressante, além de três cursos online – um deles da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). O evento acabou com um momento de interação entre palestrantes e plateia no coffe break, encerrando a noite e também a Segunda Semana da Jornalismo Júnior, que sente-se honrada em ter recebido grandes nomes do jornalismo brasileiro e espectadores entusiasmados.

 

 

Por Luiza Queiroz
luiza.agnol@gmail.com

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