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Coronavírus: produção cultural como refúgio da realidade

Desde o dia 11 de Março, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou como pandemia o novo coronavírus (COVID-19), grande parte da população brasileira entrou na tendência mundial do isolamento social. Com a recomendação dos governos estaduais, estabelecimentos não essenciais estão com as portas fechadas, aulas foram canceladas e aglomerações, proibidas. Artistas, jornalistas, influenciadores …

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Desde o dia 11 de Março, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou como pandemia o novo coronavírus (COVID-19), grande parte da população brasileira entrou na tendência mundial do isolamento social. Com a recomendação dos governos estaduais, estabelecimentos não essenciais estão com as portas fechadas, aulas foram canceladas e aglomerações, proibidas. Artistas, jornalistas, influenciadores e outros profissionais da cultura se mobilizaram para incentivar a campanha a favor do distanciamento social: a hashtag #stayhome, ou então, #ficaemcasa, viralizou nas redes sociais brasileiras e de diversos outros países. 

A produção de conteúdo online tem se mostrado ainda mais ativa nos últimos dias, quando a doença atingiu sua maior velocidade de contágio no Brasil. Postagens sobre “o que fazer no isolamento social” e vídeos do YouTube no estilo “dez dicas para a quarentena” se tornaram bastante populares. Muitos artistas se mobilizaram para transmitir seu conteúdo ao vivo, desde shows completos até tutoriais de sua rotina de exercícios físicos. O próprio Instagram criou a figurinha “Em Casa” para entreter os usuários. O entretenimento de acesso fácil e rápido tem servido como ferramenta para estimular os internautas a buscarem atividades sem sair de casa, evitando espalhar o vírus. 

Youtubers sugerem atividades para a quarentena
Youtubers sugerem atividades para a quarentena [Imagem: Reprodução/YouTube]
Marina Franco, apresentadora do canal GNT, postou uma foto em suas redes sociais incentivando o distanciamento social e sugerindo que, neste momento, a atitude demonstra empatia. Figurinista, cantora e compositora, ela enfatiza a importância do posicionamento dos artistas frente à crise atual: “os artistas devem dialogar com as políticas do mundo, cada um da sua forma, porque toda arte é reflexo de uma política contemporânea e passa um ponto de vista”. Para ela, a arte não está separada dos fenômenos sociais.

A apresentadora diz que a produção cultural é essencial nesse momento atípico. “Sem sombra de dúvida, muitas pessoas estão se isolando mais do que nunca, e a arte vai permitir a manutenção da sanidade, uma distração da realidade. Principalmente as artes audiovisuais, já que nesse isolamento estamos lidando muito com as telas”, explica. 

Muitas das sugestões para acalmar quem se sente sobrecarregado pelas notícias sobre a pandemia giram em torno da distração: seja assistindo a um novo seriado ou filme, lendo um bom livro ou até mesmo desenvolvendo novas habilidades. Pequenas e grandes empresas disponibilizaram seu conteúdo gratuitamente para a alegria dos que estão sob quarentena ou distanciamento. A Amazon Brasil e a Companhia das Letras, por exemplo, liberaram e-books gratuitos. A Faber Castell também oferecerá cursos de artes visuais e criatividade até o dia 19/04, combo que chamaram de #EmCasacomFaberCastell. Grandes museus e óperas internacionais estão oferecendo tours e espetáculos virtuais sem nenhum custo. Marina Franco diz que acha isso ótimo. “Estamos vivendo uma situação inédita no mundo que requer essas atitudes. Quem não pensar no coletivo vai ficar pra trás, precisamos de solidariedade nesse momento”, completa.

No outro hemisfério, quem viralizou foi Arina Voronova, com retratos nas ruas de Nova York . A fotógrafa russa iniciou o projeto The Act of Love (Um ato de amor), que inclui fotografias de pessoas de diferentes etnias, idades e sexualidades demonstrando afeto enquanto usam máscaras protetoras, atual símbolo mundial da luta contra o coronavírus. O trabalho de Arina foi divulgado por grandes jornais como o The Washington Post e The Guardian

Em entrevista para a Jornalismo Júnior, Arina disse que pensou nesse ensaio de acordo com suas próprias observações e histórias que ouviu sobre o coronavírus. “A negatividade das notícias relacionadas à doença tem muito impacto em nossas mentes e no nosso comportamento. Muitas pessoas asiáticas estão sendo maltratadas, a população de Nova York está super estressada, pequenos comércios passando por dificuldades”, conta. 

O projeto, segundo Voronova, é um “lembrete para todos nós sobre o que significa ser humano. Temos a capacidade de lidar com o problema mais significativo do mundo atualmente com amor e empatia”.

Fotografia mostra duas pessoas se beijando enquanto utilizam máscaras de proteção
[Imagem: Arina Voronova]

 

Confira conteúdos gratuitos selecionados pelo Sala33

Livros

  • A editora L&PM está liberando um e-book gratuito por dia durante a quarentena. Basta entrar no site da editora e escolher o livro do dia: 
  • A Amazon Brasil também disponibiliza livros gratuitos de conteúdos diversos, desde teses acadêmicas até livros de ficção.
  • A Companhia das Letras não ficou de fora e liberou dez e-books em seu blog. As obras ficarão disponíveis até o dia 06/04. 

Cursos 

  • A plataforma Udemy disponibilizou 40 cursos virtuais da área de programação e tecnologia, todos disponíveis no site.
  • A Perestroika abriu o curso de colaboração, pensamento em rede e interdependência durante o período de isolamento, com o objetivo de estimular uma sociedade colaborativa: 
  • A Faber Castell liberou todos os seus 17 cursos online de desenho, sem custo nenhum, para diversas faixas etárias. Basta se matricular.

Festivais

  • O Festival Música em Casa conta com a participação de artistas como Sandy, Michel Teló e Paula Fernandes e acontece entre os dias 20 e 29 de Março. Os shows terão duração de 30 minutos e serão exibidos pela conta do festival no Instagram.
  • O Festival Fico em Casa acontece de 24 a 27 de Março e traz Maria Gadú, Daniela Mercury, Luedji Luna e outros artistas ao vivo, diretamente do Instagram.

3 comentários em “Coronavírus: produção cultural como refúgio da realidade”

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