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Futebol e vôlei: tradição versus emoção

Por Mariana Carrara marianacarrara@usp.br   Em casa, o futebol sempre esteve presente. Domingo e quarta “é dia de jogo, filha!”. Sempre gostei de assistir aos jogos, mas tem uns… que quase me fazem dormir. 90 minutos sem ver um gol, sem ver uma jogada que emocione. Assistimos porque torcemos, queremos ver nosso time ganhar. Mas …

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Por Mariana Carrara

marianacarrara@usp.br

 

Em casa, o futebol sempre esteve presente. Domingo e quarta “é dia de jogo, filha!”. Sempre gostei de assistir aos jogos, mas tem uns… que quase me fazem dormir. 90 minutos sem ver um gol, sem ver uma jogada que emocione. Assistimos porque torcemos, queremos ver nosso time ganhar. Mas o jogo pode acabar sem nenhum time vencedor ou perdedor. Empate. Um jogo que ninguém ganha. No vôlei não tem isso não.

Assistir futebol pode ser uma coisa um pouco chata às vezes, muito pelo o que o futebol brasileiro se tornou. Ouço de muita gente que “não tem comparação em assistir um jogo da Champions League e do Campeonato Brasileiro”, que “o futebol brasileiro ficou sem graça”, que “a cada ano a seleção brasileira tá pior”.

Sem craque, sem jogadas improvisadas, sem dribles, o jogo de futebol fica sem graça. Quando tem cobrança de escanteio, de falta, um chute pro gol, o futebol emociona. Quando sai um gol, o futebol emociona. Mas o problema é que esses momentos não são na partida inteira. No vôlei não tem isso não.

No vôlei, ficamos presos na dinamicidade do jogo. Qualquer toque na bola gera tensão no espectador. Cada saque, passe, bloqueio pode mudar o placar. O ritmo dos jogos é diferente. O vôlei exige rapidez o tempo inteiro. Alguém sempre ganha. No futebol não tem isso não.

Não tem um minuto que eu não fique inquieta assistindo a um jogo de vôlei. Você está lá assistindo e, em segundos, uma cortada na diagonal e “POONTO DO BRASIL”.

Desde o último título do Brasil na Copa do Mundo, em 2002, as seleções brasileiras masculina e feminina de vôlei somam duas Copas do Mundo, quatro ouros nos Jogos Olímpicos, três ouros nos Campeonatos Mundiais e sete ouros na Copa dos Campeões. Enquanto as de futebol somam zero Copas do Mundo, um ouro nos Jogos Olímpicos e três Copas das Confederações. Assim, fica claro que, nos últimos anos, as seleções brasileiras de vôlei têm sido muito mais vitoriosas que as de futebol. Mas por que mesmo assim continuamos assistindo mais futebol e se emocionando mais com esse esporte?

Assistir a um jogo de vôlei é muito diferente de assistir a um jogo de futebol. Embora a rapidez do jogo de vôlei nos deixe mais tensos, o futebol continua emocionando mais, acelerando o coração do brasileiro.

O futebol faz parte de mim. Churrasco para assistir um clássico, deixar de ir à missa ou culto para assistir ao jogo no domingo, reunir a família para assistir à Copa do Mundo. O futebol é um evento pro brasileiro. Um evento que, muitas vezes, fica acima da religião.

Não dá nem para comparar o quanto gritamos por uma vitória da seleção brasileira de vôlei ao quanto gritamos pela vitória da seleção brasileira de futebol. Não dá nem para comparar quantos jogos de vôlei são transmitidos em relação aos de futebol. Não dá nem para comparar a audiência dos jogos de vôlei e de futebol. O futebol ganha em todos esses aspectos. Só o que não tem ganhado muito é a seleção brasileira masculina de futebol.

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