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Muse: Simulation Theory – guinada em direção ao Pop Rock Eletrônico é a marca do novo álbum

Por César Costa (cesar.o.costa98@gmail.com) Muse nunca foi uma banda de um estilo só. Desde “Showbiz” 1999 até os dias atuais, muitas variações musicais são encontradas. Para seguir com a imprevisibilidade, a banda inglesa resolveu adicionar um peso maior à parte eletrônica de suas músicas no seu novo álbum, “Simulation Theory”. Para alguns, uma versão mais exagerada …

Muse: Simulation Theory – guinada em direção ao Pop Rock Eletrônico é a marca do novo álbum Leia mais »

Por César Costa (cesar.o.costa98@gmail.com)

Muse nunca foi uma banda de um estilo só. Desde “Showbiz” 1999 até os dias atuais, muitas variações musicais são encontradas. Para seguir com a imprevisibilidade, a banda inglesa resolveu adicionar um peso maior à parte eletrônica de suas músicas no seu novo álbum, “Simulation Theory”. Para alguns, uma versão mais exagerada de The 2nd Law, com acentuação nessas características.

A primeira impressão de quem ouve é realmente perceber esses novos elementos. Depois de”Drones” 2015, o qual apresentava músicas com uma pegada um pouco mais pesada e direcionadas ao Rock and Roll, Simulation Theory traz de volta, e de forma significativa, aspectos que remetem a outras canções como Madness, Panic Station, Follow Me.

Junto com toques de pop, Muse preservou os aspectos de grandiosidade que oferece às suas criações. The Void talvez seja o grande exemplo disso, relembrando outras obras das banda como Knights of Cydonia e Survival. A voz inconfundível de Matt Bellamy segue como um dos grandes destaques dessa fase.

Sobre a parte conceitual, o álbum continua com as tradicionais temáticas um pouco mais distópicas, desta vez com um tom de ficção científica e uma atmosfera anos 80, criticando muitas particularidades da modernidade  da era tecnológica que vivemos. A narrativa que o álbum propõe é, simplificadamente, que estamos presos em uma espécie de simulação. Algorithm, primeira faixa do álbum, mesmo não tendo uma letra extensa, é um bom exemplo desses pontos apresentados:

 

“Queime como um escravo

Mova como uma engrenagem

Estamos enjaulados em simulações

Algoritmos evoluem

Empurre-nos de lado e torne-nos obsoletos”

 

Toda a atmosfera criada, também do modo como foi composta a música, contribui para que, quem ouça, sinta-se em todo esse clima proposto.

 

 

Além disso, há as já habituais letras tratando sobre desilusões amorosas, algo muito visto em outros trabalhos de banda.  Em Propaganda, é possível enxergar esses traços:

 

“Você não pode perder

Você me faz ofertas que eu não posso recusar

Você continua contando mentiras bonitas, querida

Baby, você não sabe que não pode perder?”

 

 

Para os que gostavam do estilo com mais distorções e menos sintetizadores, talvez esse álbum não seja a melhor indicação. Músicas com Reaper, Hysteria e Stockholm Syndrome parecem obras de outros artistas. A guinada nesse último álbum é evidente e certamente não será do agrado de todos os fãs de Muse.

Por outro lado, para os que vêm apreciando a nova fase da banda, uma música se destaca perante as demais. Pressure, com direito a clipe com participação especial de Terry Crews, já conta com quase nove milhões de reproduções no Spotify, além de também ter mais cinco milhões no Youtube. A música ainda preserva um pouco mais a guitarra de Matt do que outras do disco, porém, segue com um ar pop eletrônico.

 

 

Enfim, a melhor maneira de conhecer o novo som de Muse é realmente ouvindo essa mistura de rock com um synthpop. Se você tinha qualquer preconceito com a banda anteriormente, esse, assim como em todos os outros álbuns, é um momento para conhecer mais um dos vários lados do conjunto inglês. E, claro, para curtir essa nova vibe, os antigos fãs devem vir de cabeça aberta. Caso o contrário, o desgosto é certo.

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