por Bruna Nobrega
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Um ano se passou desde que Carrossel, o Filme (2015) estreou nos cinemas e quatro anos desde que a novela foi exibida pela primeira vez na televisão, mas não se preocupe, pouca coisa mudou para as crianças da escola Mundial. Elas continuam juntas, falando alto, arranjando confusão facilmente e, claro, ainda sob o comando da querida professora Helena (Rosanne Mulholland), que, durante a coletiva de imprensa que aconteceu em São Paulo dia 20 de julho, contou que a saga ainda faz tanto sucesso porque representa uma fase que todo mundo se identifica e ainda guarda com carinho.

Em Carrossel 2: O Sumiço de Maria Joaquina (2016), uma nova emoção surge quando as crianças são convidadas pela famosa cantora Didi Mel (Miá Mello), antiga amiga de escola da professora, para participarem do próximo show dela que acontecerá no dia seguinte. Nesse meio tempo, porém, os antigos rivais dos alunos, Gonzales (Paulo Miklos) e Gonzalito (Oscar Filho), são liberados da prisão e decidem buscar vingança.

Durante os ensaios para a apresentação, enquanto as crianças estão distraídas, os vilões aproveitam para sequestrar a patricinha Maria Joaquina (Larissa Manoela). Através de chantagens que envolvem muita tecnologia (haja 3G), Gonzales e Gonzalito obrigam as crianças a passarem por diversos desafios e situações constrangedoras para que possam recuperar a amiga.

E é nesse momento que o enredo é falho. Apesar da primeira reação a qualquer sequestro ser chamar a polícia, a professora Helena e seus alunos decidem cumprir as provas, contando apenas com a ajuda dos contatos de Didi Mel com o governador. Até há alguns momentos de explicação – “já falei com os pais dela”, “estamos rastreando o celular da menina para achá-la”- mas eles são pouco relevantes quando vemos as crianças em dúvida se querem realmente realizar as atividades (muitos não se importariam de ficar sem a Maria Joaquina) ou as vemos se divertindo ao decidir cumpri-las.

A situação de sequestro é amenizada, entretanto, devido à sagacidade da personagem principal e às trapalhadas dos vilões que precisam aguentar suas reclamações, fugir de objetos que ela atira e realizar suas vontades, como a de tomar um sorvete de chocolate, criando situações divertidas que aliviam a seriedade da questão. (Apesar disso, não podemos deixar de lado que temos uma situação em que uma criança é amarrada e, até, amordaçada por dois adultos – que são punidos apenas por cachorros raivosos ao tentar fugir)

Enquanto isso, seus colegas são obrigados, então, a decifrar desafios e cumprir diversas provas a fim de salvá-la. Há enigmas, partida de futebol, arrecadação de dinheiro, desafio culinário e luta de sumô. Além disso, para agradar também ao público adulto há participações especiais, muito bem colocadas no enredo, como a de Falcão, Carlos Bertolazzi e Elke Maravilha, que interpreta a divertida (e surda) mãe de Gonzales. A presença deles no set de gravações foi muito apreciada pelo diretor, Maurício Eça, que os convidou especialmente para os desafios do filme.

Após tanto tempo, porém, as crianças crescem e uma maneira encontrada por Maurício para mostrar isso foi a adição de (muito) romance ao filme. Além dos casais já existentes, mais dois são formados. A essência de cada personagem, entretanto, se mantém. Ainda ouviremos o famoso “mas eu só quis dizer” do Cirilo (Jean Paulo) ou o “isso é tão sentimental” da Laura (Aysha Benelli).

A trilha sonora do filme também tem grande impacto ao ajudar no desenrolar das aventuras. Com sucessos atuais, um dos integrantes é o cantor Biel, recentemente envolvido em uma polêmica sobre assédio. Quando perguntado se cogitou a possibilidade de mudar a música, o diretor foi categórico ao dizer que não. “…as crianças gostam. É só perguntar pra elas.” disse Maurício Eça.

Carrossel 2: O Sumiço de Maria Joaquina é feito sob encomenda para os fãs (que ficarão super contentes com alguns rostos familiares que aparecerão na cena final). O longa estreia dia 7 de julho nos cinemas. Confira o trailer!