Jornalismo Júnior

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Depois dos bombardeios

Victor Caputo Constantemente a mídia nos apresenta a situação dos palestinos. Parece que não passamos mais do que alguns meses sem que eles apareçam e sejam manchetes dos jornais. No entanto, a parte que parece interessar aos jornais é apenas a mais sangrenta, nos mostram as vítimas, contabilizam os mísseis e ponto final. O documentário …

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Victor Caputo

Constantemente a mídia nos apresenta a situação dos palestinos. Parece que não passamos mais do que alguns meses sem que eles apareçam e sejam manchetes dos jornais. No entanto, a parte que parece interessar aos jornais é apenas a mais sangrenta, nos mostram as vítimas, contabilizam os mísseis e ponto final. O documentário A Chave de Casa, de Stella Grisotti e Paschoal Samora, vem para nos mostrar a continuação, as consequências dos mísseis atirados.


O documentário é dividido em dois atos, o que causa uma impressão teatral e épica (que isso não seja lido de maneira ruim). No primeiro ato, somos apresentados aos nossos heróis. Palestinos que moravam no Iraque antes da invasão dos Estados Unidos, foram forçados a abandonar suas casa e viver em um campo de refugiados na fronteira com a Jordânia. Depois de pedidos de exílio, o Brasil concedeu-o a 107 dos refugiados. As últimas 48 horas antes da vinda ao Brasil é o ponto exposto neste ato.

Enquanto eles arrumam as malas, nos contam sobre as expectativas da viagem, o que esperaram do Brasil, que já é para alguns a sua pátria, antes mesmo de chegarem a ela, e falam até mesmo do carinho que adquiriram por toda aquela aridez que os abrigou por alguns anos. Entre os que ficam, encontramos algumas posições mais radicais, como a da mulher que diz que não iria para o Brasil por ele não ser um país árabe.

O segundo ato se passa 9 meses depois e mostra as dificuldades de adaptação dos exilados. Espalhados por diversos pontos do Brasil, Pelotas no Rio Grande do Sul, Mogi das Cruzes em São Paulo, entre outros. Somos apresentados a esta nova vida, à qual eles tentam, pouco a pouco, se acostumarem.

O ponto alto do filme é uma parte na qual temos uma certa metalinguagem. Dois amigos se reúnem em um restaurante e começam a conversar, um dos tópicos do assunto é exatamente o filme ao qual estamos assistindo, um deles diz esperar que eles não sejam esquecidos depois da realização, e sim que após alguns anos, um outro possa ser feito mostrando como eles estão após uma adaptação bem sucedida.

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