Seja a casa velha no fim da rua que dizem ser assombrada ou a vizinha excêntrica que você jura ser satanista, contos de uma “bruxa do 71” que instigam a imaginação e o medo das crianças da comunidade são relativamente comuns. O 3º Andar – Terror na Rua Malasaña (Malasaña 32, 2020), dirigido por Albert Pintó, conta uma dessas histórias.
À primeira vista, não há nada que indique algo sobrenatural sobre o apartamento 3B na rua Malasaña 32. A última moradora, apesar de ser temida pelas crianças do prédio, vivera ali tranquilamente até morrer por conta de sua idade avançada. Vindos do interior da Espanha, a família Olmedo se muda para Madrid em busca de melhores oportunidades e um novo começo, e se tornam os novos moradores do apartamento quatro anos após a morte da velha.
Com essa situação, algumas questões ficam no ar para a família Olmedo resolver: o apartamento é assombrado? O que aconteceu com Rafita? O que quer a garota da janela?
O espectador sabe desde o início a resposta para a maior parte dessas perguntas graças à direção do filme, que já nos primeiros segundos expõe a sobrenaturalidade do terceiro andar. Ainda assim, somos forçados a acompanhar a família desvendando esses mistérios durante a primeira metade do longa.
A história em si é simples e abrange um lugar comum. Consegue entregar alguns sustos, mas é logo esquecido em meio a tantos outros filmes do gênero. O enredo tenta tecer comentários sociais, mas que acabam sendo rasos e confusos, às vezes até mesmo passando uma mensagem contrária da pretendida. No geral, O 3º Andar: Terror na Rua Malasaña é um longa de terror genérico cujo único destaque é ser espanhol.
O filme entra em exibição nos cinemas brasileiros a partir de quinta-feira, 12 de novembro. Confira o trailer:
*Capa: [Imagem: Divulgação/Paris Filmes]