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Netflix: A esperança e a delicadeza de ‘O Farol das Orcas’

“Autismo: síndrome infantil caracterizada pela incapacidade congênita de estabelecer contato verbal e afetivo com as pessoas e pela necessidade de manter seu ambiente absolutamente estável.” Esse é o verbete lido pelo biólogo Beto (Joaquín Furriel), que busca entender a visita inusitada de Lola (Maribel Verdú) e seu filho Tristán (Joaquín Rapalini). O Farol das Orcas …

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“Autismo: síndrome infantil caracterizada pela incapacidade congênita de estabelecer contato verbal e afetivo com as pessoas e pela necessidade de manter seu ambiente absolutamente estável.” Esse é o verbete lido pelo biólogo Beto (Joaquín Furriel), que busca entender a visita inusitada de Lola (Maribel Verdú) e seu filho Tristán (Joaquín Rapalini).

O Farol das Orcas (El Faro de Las Orcas, 2016), filme da Netflix dirigido pelo espanhol Gerardo Olivares, é inspirado no livro “Agustín Corazón Abierto”, no qual Roberto Bubas relata sua experiência com as orcas em uma forma de terapia com um garoto autista. A película é baseada na vida do guarda-fauna da Península de Valdés, na Patagônia, e conta com um cenário arrebatador da costa argentina, que é muito bem trabalhado pela fotografia de Óscar Durán.

 

A relação entre Roberto Bubas e Agustín inspirou O Farol das Orcas. [Imagem: Roberto Bubas]
A relação entre Roberto Bubas e Agustín inspirou o longa. [Imagem: Roberto Bubas]

A espanhola Lola decide ir à Patagônia depois de ver seu filho comovido por um documentário sobre o biólogo e as orcas. A mãe, abandonada pelo pai do menino e culpada pela família, tenta convencer Roberto a ajudar seu filho, mas o pesquisador não é, a princípio, o homem sensível que ela esperava. O “encantador de orcas”, contudo, muda de ideia e recebe os hóspedes em sua pequena cabana ao lado do farol.

Aos poucos, Beto expõe Tristán à natureza, passeia com ele à cavalo e o leva para ver as baleias em um pequeno barco a remo. O biólogo usa com o menino a mesma habilidade e paciência necessárias para interagir com as orcas e cria um vínculo capaz de dissolver as barreiras que existem entre os dois.

Beto e Lola, enquanto isso, desenvolvem um profundo respeito um pelo outro. Os traumas e as dificuldades enfrentadas pelos dois se moldam numa relação de carinho e a trilha sonora típica da “Gran Fiesta de la Esquila” ― festa tradicional da região ―, que celebra o típico tosquiar das ovelhas, com músicas, comidas e trajes típicos gaúchos – conduz o espectador ao início de um romance.

 

Beto torna-se uma espécie de figura paterna para Tristán. [Imagem: Netflix]
Beto torna-se uma espécie de figura paterna para Tristán. [Imagem: Netflix]

O roteiro de cadência lenta condiz com a proposta da obra e apresenta de maneira muito sensível o relacionamento de Beto com o trabalho e com as orcas, a problemática do garoto autista e as angústias de sua mãe. É importante notar como o filme trata o autismo, sempre deixando claro que não é uma doença, mas uma característica neurológica. 

É interessante, ainda, como a trama consegue apresentar os trabalhos de pesquisa e acompanhamento das orcas, além de diversas informações sobre o comportamento desses animais naquela área. Apesar de criticado por sua interação física com as baleias, Beto confia tanto nos animais que tranquiliza Lola quando Tristán vai sozinho até a praia.

 

Joaquín Rapalini Olivella interpreta Tristán. O ator não é autista e surpreende com a verossimilhança da atuação. [Imagem: Divulgação/Netflix]
Joaquín Rapalini Olivella interpreta Tristán. O ator não é autista e surpreende com a verossimilhança da atuação. [Imagem: Divulgação/Netflix]

É de se esperar que o filme apresente diversos contratempos e situações íntimas que são exploradas ao longo de seus 110 minutos de duração, mas o conflito final é certamente inesperado e carece de explicações. Porém, os sacrifícios de Lola não foram em vão e, mesmo com um final que deixa um pouco a desejar, a história é cheia de sentimentos de esperança, admiração e carinho.

Delicado e visualmente esplêndido, O Farol das Orcas traz à tona reflexões sobre a necessidade de escutar ao outro e sobre a importância da calma e da paciência. O filme vale cada minuto e cada lágrima.

O longa está disponível para todos os assinantes da Netflix. Confira o trailer:

18 comentários em “Netflix: A esperança e a delicadeza de ‘O Farol das Orcas’”

  1. Larissa Ferreira

    O filme é lindo! Porém , fiquei muito decepcionada com o final dele! Chorei “litros”! Esperava uma interação do Tristan com as baleias, junto ao Beto e sua Mãe; No entanto, o final foi desolador; Pois ver aquela criança entrando no mar sozinho, de pijaminha e com a orca na sua frente foi desesperador! A sensação é de que a criança perde a sua vida afogada! Um filme tão lindo, mas com um final desencantador!

  2. Eu vim aqui a este site tentar perceber qual é o significado do final do filme… Mas a verdade é que todos ficaram com a mesma sensação que eu… Sem perceber nada do final…..

  3. O filme “O Farol das Orcas”, hoje disponível na Netflix, não trata apenas da incrível relação do biólogo argentino com aquele grupo de orcas, mas sim o improvável interesse que aquela amizade despertou em menino argentino autista surdo e mudo, chamado Agustin, que, até então, jamais havia demonstrado interesse por nada.

    Levado pelos pais para ver de perto a relação entre Bubas e as orcas, Agustin passou uma temporada com o biólogo e, a partir de então, seu desenvolvimento social decolou.

    Hoje, aos 27 anos, Agustin leva uma vida praticamente normal, tem namorada, usa a linguagem de sinais para se comunicar e é artista plástico.

  4. Final surpreendente, quis nos mostrar a importância de acreditar na capacidade do menino de superar seus problemas, temos que confiar pois autismo não é doença pq não leva à morte e é sim apenas um modo único de viver.

  5. Filme com falhas ridículas como o cara não ter um banheiro embora tenha uma estrutura com água corrente, luz, e outras coisas. A mulher teve que ir fazer o número 2 no Mato???. A cena do sujeito com o garoto no barco, o tempo hora está no olhal, hora empilhado. Erros ridículos numa produção.
    E o filme é médio. O garoto trabalha mal pra caramba

  6. O enredo e fotografia são lindos mas o final acabou com o filme. Para mim os ângulos das últimas cenas deixou nitida impressão que aquele menino morreu . Afogado e devorado. Ademais, grave falha, ficou no fato de como ninguém foi atrás daquela criança ? Confiar mais na terapia que no bom senso ? Essa falha extrapolou a fertilidade da imaginação, o tiro foi no pé. E por fim, o menino é um péssimo ator.

  7. Assisti o filme pela segunda vez e foi Ótimo. Acho que a sensibilidade, respeito e paciência entre os humanos ou entre os humanos diante das orcas foram mensagens do filme. E não me decepcionei com o final, trouxe a necessidade de confiança e calma, tanto para a mãe, quanto para o menino e o telespectador.

  8. O filme realmente é encantador!!!
    De fato o final deixa cheio de dúvidas e ansiedades para saber o que aconteceu com o menino e com o Beto e Lola. Mas depois pesquisando, vi que o menino está bem e feliz. Mas o romance não rolou (pena). E Beto foi transferido para a tristeza dele!!!
    Só lamento que depois desse filme, tudo muda na vida de Beto e das baleias que, antes tinham a paz longe de muitos humanos curiosos e invejosos. Talvez tudo isso não tivesse acontecido se tivesse rejeitado o menino autista como fez no começo, mas não, ele quis ajudar, pois teve empatia e sensibilidade e isso custou muito na vida dele e das orcas. Eu imagino a angústia e a saudade do Beto pelas orcas que também devem sentir a falta dele!!! Tomara que ele possa ir visitar elas um dia.

  9. RITA DE CASSIA DA SILVEIRA DIAS

    Achei o filme lindo, porém como todos achei o final do filme sem sentido nenhum. Não deveriam deixar o publico achando que a criança morreu. Acho que merece um segundo filme mais completo

  10. Eu gostei do filme, onde a natureza faz o melhor qdo sentida. E o menino autista encontra uma conexão maravilhosa. Mas o final ficou muito questionável, pois o menino nos dá a entender que morreu afogado. O que me deixou decepcionada.
    Já a separação dos dois… acho que nem tudo é como a gente quer, ela não podia ficar e ele não iria largar oq mais amava.
    E ele foi transferido para outra reserva de baleias onde as orcas começaram a aparecer naquela praia depois que ele chegou.
    Beto deixa a entender que já sabe que nada de mal iria acontecer com o menino pois estudava as orcas e tinha grande conexão.
    Mas realmente foi assustador a cena e da a entender que ele morre.
    Mas procurei entender o final pesquisando o filme pela internet.
    E o menino não morre e fica bem.

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