Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

‘Pantanal’: o que cativou os mais fiéis e conquistou os mais novos telespectadores da novela

Das origens da novela até os dias atuais  As telenovelas exercem um papel importante no imaginário cultural da maioria dos brasileiros há muito tempo. Entretanto, o que poucos sabem é que essa forma de entretenimento teve início na Idade Média com os romances de cavalaria, como as histórias do Rei Arthur. Essas obras ganharam maior …

‘Pantanal’: o que cativou os mais fiéis e conquistou os mais novos telespectadores da novela Leia mais »

Das origens da novela até os dias atuais 

As telenovelas exercem um papel importante no imaginário cultural da maioria dos brasileiros há muito tempo. Entretanto, o que poucos sabem é que essa forma de entretenimento teve início na Idade Média com os romances de cavalaria, como as histórias do Rei Arthur. Essas obras ganharam maior força a partir do Renascimento, período em que a peste negra se alastrou pela Europa e fez com que grandes escritores tivessem que se isolar. Assim, como passatempo, ocuparam-se produzindo inúmeras narrativas. Foi nesse contexto que um dos principais autores da época, Giovanni Boccaccio, escreveu a maioria de suas obras, por exemplo. 

Já no cenário brasileiro do século 19, o formato dos folhetins, obras literárias com seus capítulos publicados semanalmente em jornais, influenciou o modelo das futuras telenovelas. Com esse gênero estabelecido, ele ainda passou pelo teatro e pelo rádio até chegar à configuração atual, transmitida por meio da televisão e, mais recentemente, por streaming. Portanto, esse pilar cultural teve uma longa construção e se disseminou através das histórias que marcaram — e ainda marcam — diversas gerações. 

 

A atemporalidade do sucesso de Pantanal

Uma das novelas de maior audiência e notabilidade na história da televisão brasileira foi Pantanal, originalmente televisionada pela Rede Manchete em 1990, a qual travou uma intensa disputa pelo chamado “horário nobre”, ou seja, aquele que atende um maior número de pessoas, com a TV Globo, emissora de maior audiência, durante a transmissão. A obra escrita por Benedito Ruy Barbosa chamou a atenção do público com seu cenário inédito em comparação com as demais novelas da época: a beleza das planícies alagadas no Mato Grosso do Sul. Além disso, o teor místico da história, a mulher que se transforma em onça e o homem que vira sucuri, despertou o fascínio nos telespectadores. Assim, a produção introduziu o bioma pantaneiro, que ainda era pouquíssimo explorado pelas grandes mídias, no imaginário popular. 

 

Com o título centralizado em verde coberto por alguns desenhos de plantas, há um rio e mais plantas ao fundo e embaixo do escrito Pantanal.
Capa da versão original da novela em 1990. [Imagem: Divulgação/Rede Manchete]

 

Na nova versão de Pantanal, reescrita por Bruno Luperi, neto do autor original, esses elementos continuam a ocupar um lugar de destaque para o desenvolvimento da trama, na qual a natureza assume o papel de protagonista, visto que é retratada com tamanha grandeza nas telas. Além disso, a trama permanece centrada no desenvolvimento da relação entre o fazendeiro José Leôncio (Marcos Palmeira) e um de seus filhos, Juventino (Jesuíta Barbosa), após muitos anos separados. Há também a presença das figuras místicas já conhecidas da primeira versão, como o Velho do Rio (Osmar Prado) e a “onça” Juma Marruá (Alanis Guillen), que se apaixona pelo filho do fazendeiro. Mas, como se trata de uma recontagem dessa história, por que ela ainda faz tanto sucesso? 

“A questão da memória afetiva é a mais forte, porque eu já assisti Pantanal, mas sabe aquela vontade de ver de novo os personagens? É nostálgico”, comenta a telespectadora Alexsandra Ganzer Estanislau, de 51 anos, que acompanhou a antiga produção e segue encantada com a regravação da novela. Os 28 pontos de audiência conquistados no Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) se relacionam em parte com a memória afetiva e com o sentimento de nostalgia do público, como é o caso de Alexsandra. Isso porque a telenovela proporciona momentos marcantes na vida das pessoas, em especial no Brasil, em que o hábito de se reunir em família para assistir à televisão é recorrente, e marca os períodos da vida das pessoas, consequentemente. 

 

No canto superior direito, em um circulo, há a imagem de uma mulher parda de cabelos lisos castanhos olhando para a câmera em uma blusa rosa. É Filó, personagem da novela Pantanal.
A interação dos telespectadores com memes sobre os personagens. [Imagem: Divulgação/Twitter/ @novelapantanal]

 

Por outro lado, apesar do sucesso televisivo não atingir o público mais jovem da mesma maneira, uma vez que muitos não acompanharam a primeira transmissão, Pantanal mostra que consegue cativar diversas gerações. Fãs e espectadores mais novos, como Emanuelly Benjamin e Matheus Nistal, de 18 e 30 anos, respectivamente, ressaltam o engajamento nas redes sociais com a exibição da novela e a temática diferente quando comparada com as dos últimos anos para explicar o motivo da crescente audiência jovem. “Na novela, você entra em contato com o mundo dos criadores de gado, a cultura deles, o modo de pensar e o porquê deles pensarem e agirem de tal modo, o que é legal para termos maior conhecimento”, comenta um deles. 

 

Como a novela se ressignificou após 30 anos  

O sucesso é  invariável entre as duas produções. Entretanto, torna-se inevitável a introdução de algumas mudanças no remake, passando pelas adaptações de alguns enredos e pelo uso de novas tecnologias nas gravações, já que a obra acompanha o contexto atual em que é reproduzida, em ambos os casos.

Assim, para além do senso comum acerca da ideia de que os meios de comunicação em massa influenciam o comportamento de uma sociedade, existe uma dualidade nesse raciocínio. Isto é, tanto as obras impactam uma comunidade, quanto esta comunidade pode modificar o rumo da própria obra. A pesquisadora do Centro de Estudos de Telenovela da USP (CETVN), Maria Amélia Paiva Abrão, considera esse movimento entre novelas e população como um constante diálogo, no qual a ficção extrai da realidade conteúdos e temas que ela pretende abordar, para que algo novo seja produzido e devolvido ao público.

 

A imagem do Pantanal é cortada em dois. Em cima, a mata destruída e marrom. Embaixo, o verde e os rios.
Pantanal se recuperando dos incêndios desastrosos em 2020. [Imagem: Divulgação/SOS Pantanal/Gustavo Figueira]

 

Sob essa lógica, com um intervalo de 30 anos entre o lançamento das duas transmissões, não é menos natural constatar uma transformação das perspectivas vislumbradas na telenovela de 1990. Logo, o paralelismodessa história com a sociedade viabiliza a introdução de novos elementos como as mídias sociais, a preocupação ambiental, e as causas feminista e de representatividade étnica,, entre tantos outros na nova versão. 

Pantanal, além de se contextualizar em relação ao momento da transmissão, contém traços mais característicos das chamadas “novelas das nove”: o drama e as discussões de temas sociais polêmicos. A presença dessas particularidades no horário nobre da televisão revela a intenção de levar a discussão de questões mais sensíveis para as conversas diárias do povo brasileiro. Maria Amélia reforça que, a fim de abordar esses debates de maneira significativa e sem assustar os telespectadores, a sensibilidade do autor cumpre um papel essencial. 

 

Do cotidiano para as telas: as demandas da sociedade na produção audiovisual

Com o fortalecimento de novas pautas sociais, as telenovelas vêem uma necessidade de abordá-las com responsabilidade e competência, pois já existe uma maior demanda da população por conteúdos engajados. “As transformações são lentas e as reivindicações vão surgindo junto com essas transformações”, reflete Maria Amélia. 

 

Cinco pessoas lado a lado em um fundo amarelo. Há quatro homens, sendo três deles negros, e uma mulher negra centralizada.
Houve a inclusão de novo núcleo com personagens negros no remake. Trata-se da outra família do personagem Tenório em São Paulo. [Imagem: Divulgação/TV Globo]

 

Com a sensibilidade do autor para dosar o impacto no público, Pantanal entrega adaptações do roteiro original, a fim de recontar uma boa história e, ao mesmo tempo, atender às demandas da sociedade. Uma das que chamou mais atenção do público foia inclusão de atores negros para interpretar a segunda família de Tenório (Murilo Benício). A questão da representatividade étnica cumpre uma função indispensável em um país diverso como Brasil, pois, quando essa pluralidade não é vista na grande mídia, o indivíduo “acaba absorvendo aquilo que a Cultura, a sociedade, entende de beleza ou cabelo”, aponta a pesquisadora do CETVN. Mais a fundo, a representatividade oferece tanto uma identificação das próprias etnias quanto o reconhecimento e a aceitação da existência de diferenças pela população. 

Outro exemplo de grande repercussão compreende o tópico da comunidade LGBTQIA+, presente em passagens homofóbicas que, diferentemente de 30 anos atrás, na versão atual envolvem uma maior preocupação social. Por exemplo, a não naturalização da posição preconceituosa do pai, José Leôncio por parte de seu filho, Jove, o qual ocasiona uma séria briga na relação dos dois.

 

Em um fundo cinza e com uma roupa cinza, um homem pardo de cabelos castanhos cacheados olha a câmera de cara fechada com a mão direita para cima. É Zaquieu, personagem de Pantanal.
De mordomo a peão, o personagem Zaquieu é interpretado por Silvero Pereira e confere maior representatividade LGBTQIA+ em Pantanal. [Imagem: Divulgação/TV Globo]

 

Destaca-se, ainda, mais que a representatividade dos personagens, a representação da população LGBTQIA+ nos atores, de modo que os personagens pertencentes à comunidade, também o fazem na vida real. Esse é o caso do ator Silvero Pereira, assumidamente gay, que interpreta o personagem Zaquieu, cuja interpretação, na versão original, simbolizava o estereótipo do homossexual em um peão da roça. Já no contexto atual, o próprio intérprete declara uma preocupação pessoal em não reproduzir esses padrões preconceituosos.

Tal avanço no tratamento dessa temática evidencia o diálogo constante da sociedade com a produção das novelas, uma vez que se reconhece a mudança lenta e gradativa social. Além do acompanhamento da inserção de pautas nas produções audiovisuais com um maior comprometimento. 

 

De cenário para enredo: a importância do bioma no remake

A percepção sensitiva do escritor também contempla a proposta escolhida para o desenvolvimento da questão ambiental, de um modo que não se torne cansativo e panfletário. Para isso, vale-se de diálogos construídos entre personagens sobre o assunto e das figuras místicas para dar dinamismo na evolução do debate. 

 

Um homem branco idoso de barba branca olha para a câmera vestindo uma capa marrom e um chapéu marrom. Ele segura um cajado de madeira retorcida em um fundo verde. É o personagem Velho do Rio, de Pantanal.
Figura mística do Velho do Rio que se transforma em sucuri (Osmar Prado) simboliza o espírito protetor da natureza do bioma. [Imagem: Divulgação/TV Globo]

 

Para iniciar a análise, o diretor executivo da Instituição SOS Pantanal, Felipe Augusto Dias, que é formado em engenharia agrônoma pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), informa sobre o funcionamento e a importância do bioma. Ele explica que o Pantanal é uma área com planícies inundáveis, as quais seguem um ciclo de secas e cheias durante o ano, mas que também contêm uma tendência de maiores e menores inundações no decorrer de alguns períodos. Portanto, existem dois parâmetros a serem considerados, aqueles dentro de um ano e outros dentro de um longo intervalo de tempo. Além disso, Felipe adiciona que, como é uma área com grande umidade, o bioma carrega uma responsabilidade na regulação da temperatura em nível de América do Sul. E como tudo isso é posto na regravação da novela?

Em 1990, o Pantanal passava por uma fase de maiores cheias, enquanto que, em 2022, enfrenta um período de inundações menores. No entanto, apesar desse fato justificar parte da diferença notada entre o volume de água presente nos cenários nas duas versões, a influência das alterações do clima também cumpriu um papel importante. Segundo o diretor executivo, as mudanças climáticas também contribuíram para que o processo natural de seca tenha se intensificado e se prolongado nos últimos três anos. 

 

A imagem é dividida em duas, mostrando as duas atrizes que interpretaram Juma Marruá nas duas edições da novela Pantanal. As duas são mulheres brancas e magras de cabelos longos e castanhos na frente de rios.
O cenário na telenovela envolve a água como um elemento central, embora haja uma clara diferença em seu volume nas duas gravações. [Imagem: Divulgação/Rede Manchete/TV Globo]

 

Além disso, o que antes cumpria apenas papel de cenário, agora compreende uma participação muito maior na telenovela. A conscientização ambiental acompanha desde a produção até a transmissão final das mensagens e discussões. Conforme Felipe, houve uma conversa de uma hora e meia entre a equipe da TV Globo, o próprio escritor, Bruno Luperi, e o Instituto SOS Pantanal, o qual forneceu explicações e demonstrou suas preocupações sobre o bioma. Além do SOS Pantanal, foram consultadas outras instituições, como a da Arara Azul, o que revela um maior cuidado em tratar desses temas nas telas com informações confiáveis e ter uma interferência mínima e consciente na natureza durante as gravações. 

Para isso, durante as filmagens, uma política de “lixo zero” foi implementada, a fim de se reduzir ao máximo os resíduos produzidos com a estadia do elenco e da produção no Pantanal. A participação de animais selvagens também é uma preocupação nas gravações, como a onça pintada e a sucuri, ambas vindas de centros de preservação: o Instituto Nex e o Centro Amazônico de Herpetologia, os quais resgatam esses animais de situações degradantes e ajudam na sua recuperação e, por fim, se possível, orientam sua reintrodução na natureza. 

 

A imagem é dividida em duas. Na parte superior, a imagem de uma onça que participa de Pantanal num rio com apenas a cabeça para fora. Na inferior, uma cobra.
A onça-pintada Matí e a sucuri Bonita fazem sucesso nas telas dos brasileiros. [Imagem: Reprodução/TV Globo]

 

A  atividade pecuarista harmônica com o meio ambiente, simbolizada na figura de José Leôncio , o fazendeiro tradicional da região que entende a importância da preservação, também é destaque na trama. Esse convívio sustentável da economia com a fauna e a flora do Pantanal é pontuado por Dias como já adaptado ao bioma, uma vez que o próprio ciclo de cheias e secas funciona como uma proteção natural, de maneira que dificulta a expansão progressiva e prolongada dos rebanhos de novos ocupantes que não seguem essa mentalidade.  “O [pecuarista] tradicional respeita, o novo acha que pode, e a água diz o que pode”.

 

Um homem branco de bigode olha para a câmera de boné verde, óculos de sol e camisa social azul e marrom. No fundo há o bioma Pantanal.
Tenório é um fazendeiro extremamente prático, conservador e que preza pelo lucro. [Imagem: Divulgação/TV Globo]

 

O desejo de Tenório de construir um resort no bioma, entretanto, vai de encontro ao pensamento de seu vizinho, José Leôncio, na história. Esse plano fere vários princípios da população pantaneira, que opta pelas pousadas e hotéis, haja vista que, de acordo com o diretor da SOS Pantanal, apesar da região possuir um notável potencial de turismo, esse deve ser promovido de forma a assegurar a preservação da fauna e flora local. Se proporcionada de maneira sustentável, a vinda de visitantes pode ser muito benéfica para a população local, a partir da possibilidade da geração de uma maior renda, e para o próprio bioma, uma vez que o turismo ecológico leva à conscientização ambiental. 

A atração de turistas não é inédita no Pantanal de 2022: durante a década de 1990, um grande contingente de pessoas viajou até o Mato Grosso do Sul para experienciar o que era mostrado na novela. Porém, inexistia uma estrutura que comportasse o volume de indivíduos, ainda mais quando recebido de modo inesperado. Houve uma situação parecida, em 2020, quando as queimadas no bioma foram amplamente noticiadas e, consequentemente, geraram uma intensa comoção do público. Com isso, grupos de voluntários chegaram no Pantanal sem ao menos se planejar.

 

Uma mulher de roupa laranja e capacete amarelo descasca frutas em frente ao bioma Pantanal.
Após as queimadas no Pantanal em 2020, muitos voluntários auxiliaram no processo de recuperação dos animais. Uma dessas atividades compreendia espalhar alimento nas regiões afetadas. [Imagem: Divulgação/SOS Pantanal]

 

O episódio de 2020 teve uma imensa repercussão nos noticiários brasileiros em decorrência da destruição causada nas planícies alagadas. “É o ser humano usando o fogo na hora inadequada, é a condição de clima favorável e é o estado de biomassa propício”, Felipe Augusto esclarece o motivo por trás da questão complexa que levou a um número maior de queimadas do que o natural naquele ano. A aplicação indevida da técnica do fogo, um aumento da temperatura global e a biomassa oriunda do profundo período de seca serviram de combustível para a queima de 26% da área total do Pantanal no período. 

 

Uma pessoa à direita joga água com uma mangueira num Pantanal ressecado.
Para o combate do fogo no Pantanal, brigadas de incêndio foram acionadas. [Imagem: Divulgação/SOS Pantanal]

 

Por outro lado, um ano depois, a porcentagem atingida diminuiu para em torno de 49%. Segundo o SOS Pantanal, essa queda deve-se à criação de brigadas locais que começaram a agir na linha de frente no combate, além da capacitação fornecida pelo Instituto aos órgãos públicos que podem não compreender o funcionamento do bioma. Um exemplo desse desconhecimento consiste na possibilidade de utilizar o fogo de maneira controlada para evitar que maiores incêndios venham a acontecer. “O Pantanal é moldado pela água e pelo fogo”, conclui Dias. 

 

Uma imagem vista de cima do Pantanal.
O Pantanal é considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco. [Imagem: Divulgação/ SOS Pantanal]

 

Em geral, o sucesso da novela já confere certo grau de conscientização para os telespectadores, nas palavras de Felipe, “nós só protegemos aquilo que conhecemos. Se [algo] não é visto, não é lembrado”. 

 

A trajetória passada e o caminho ainda a ser percorrido

De uma edição para outra, muitas causas sociais foram  desenvolvidas na telenovela: uma maior visibilidade da comunidade LGBTQIA+, o avanço da representatividade étnica e a preocupação com o meio ambiente. 

Por outro lado, observa-se a produção Explode Coração da Glória Perez, que se servia dos segundos finais da novela para divulgar anúncios de pessoas desaparecidas, um dos assuntos abordados em sua obra. Essa estratégia contribui relevantemente para o desempenho da utilidade pública da novela para retratar melhor a realidade, sem comprometer seu teor fictício. Não necessariamente, por meio de debates mais embasados na trama, mas, a partir da divulgação de informações confiáveis ao final da transmissão da telenovela. 

Pantanal mostra que uma boa história pode ser recontada em qualquer época, a partir de sua contextualização. E, com isso, agradar os mais diversos telespectadores: os tradicionais, os mais jovens, os admiradores de fotografia e até ambientalistas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima