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Surfe: Jack Robinson e Carissa Moore são campeões da etapa de Pipeline

Brasileiros Caio Ibelli e João ‘Chumbinho’ Chianca ficam com a terceira colocação na etapa inicial do Circuito Mundial de Surfe

A etapa de Billabong Pro Pipeline em homenagem a Andy Irons foi o primeiro desafio dos surfistas do World Surf League (WSL) Championship Tour em 2023. O evento foi realizado em Banzai Pipeline, recife de surfe ao norte de Oahu — uma das ilhas do arquipélago havaiano. 

A chamada da última quarta-feira (8) teve início com as quartas de final do masculino e com a semifinal do feminino. Três brasileiros participaram das baterias: João Chianca, Caio Ibelli e FIlipe Toledo. Os outros sete homens e Tatiana Weston-Webb foram eliminados em baterias anteriores.

O mar do Havaí não ajudou os surfistas durante o Finals Day. Com poucas ondas promissoras, os competidores tiveram que apostar na técnica das manobras e em escolhas precisas para conseguirem pontuar. A maior pontuação da etapa de Pipeline ficou com John John Florence, que surfou “no quintal de casa”. Durante as oitavas, contra o brasileiro Miguel Pupo, o havaiano conseguiu a somatória de 19.33 (9.93 + 9.40).

Final masculina: Leonardo Fioravanti x Jack Robinson

Leonardo Fioravanti disputou sua primeira final no Tour. Tendo vencido o sul-africano Jordy Smith nas quartas e o brasileiro Caio Ibelli nas semis, restou ao italiano de 30 anos a tarefa de enfrentar o atual terceiro melhor surfista do mundo: Jack Robinson. O australiano chegou à final pela primeira vez em Pipeline após derrotar John John Florence, nos minutos finais das quartas, e João Chianca, na semi.

O vento, que se intensificou durante o dia, fez com que as condições do mar para a bateria final não estivessem boas. As primeiras ondas promissoras foram surfadas quando restavam apenas 18’ dos 40′ totais. Em performances muito parecidas, os surfistas tentaram pegar um tubo, que acabou não se formando, e finalizaram com manobras de junção. Robinson recebeu nota 3.17, contra 2.67 de Fioravanti. Pouco depois, Leonardo aplicou boas manobras em uma onda e recebeu nota 4.00.

A maior nota da bateria foi para Jack. Ele conseguiu um 6.00 após performar ótima sequência de manobras. Em seguida, Leo Fioravanti encontrou um pequeno tubo para surfar, mas desistiu de realizar uma nova manobra de finalização em um “resto” de onda para que pudesse remar e ficar com a prioridade. A nota 3.17 que o italiano recebeu não foi o suficiente para ultrapassar a somatória de Jack.

As pontuações finais foram 9.17 (6.00 + 3.17) para Jack Robinson e 7.47 (4.00 + 3.47) para Leo Fioravanti e Jack se saiu vencedor. 

https://www.instagram.com/p/Cod7cRPt8dh/

Final feminina: Taylor Wright x Carissa Moore

Taylor Wright é bicampeã da WSL (2016 e 2017) e chegou à final da primeira etapa do Championship Tour após derrotar a americana Lakey Peterson em uma disputadíssima bateria das semifinais — a diferença das somatórias foi de 0.10. A australiana também venceu a brasileira Tatiana Weston-Webb nas  quartas de final. 

Carissa Moore é pentacampeã mundial de surfe (2011, 2013, 2015, 2019 e 2021) e medalhista olímpica. A havaiana de trinta anos venceu a jovem Bettylou Johnson nas semis e avançou para a sua terceira final consecutiva na etapa de Pipeline.

A bateria  foi o 11º confronto entre as duas e a oitava vitória de Carissa, que havia perdido a final da etapa de Pipeline em 2021 justamente para Taylor. Com um início lento, devido às condições do clima, as manobras renderam um 2.50 para Tyler e um 2.77 para Carissa. 

A primeira onda boa foi aproveitada por Taylor, que realizou algumas manobras e ganhou nota 5.00. Porém, a havaiana logo achou um tubo e conseguiu a nota mais alta da bateria: 7.17, assumindo a liderança. O jogo virou novamente quando a australiana adicionou outra nota 5.00 à somatória, fazendo com que Carissa precisasse de uma onda maior ou igual a 2.83 para passar a frente.

Restando apenas 2’, Carissa realizou uma última manobra, com qualidade e precisão. O resultado veio em forma da nota 3.83, o suficiente para que Carissa Moore fosse   pela primeira vez campeã da etapa de Pipeline.

https://www.instagram.com/p/CoNO4Uup2QW/

Os brasileiros

Caio Ibelli começou o Finals Day vencendo o australiano Liam O’Brien. O brasileiro conseguiu a melhor somatória e nota do dia: 15.83 (9.00 + 6.83). Já na semifinal, Ibelli conseguiu realizar um bom tubo para backdoor (onda que fecha para a esquerda, vista da praia) de nota 6.50. Porém, incluindo os já conquistados 1.33, a somatória não foi o suficiente para superar o 12.00 (7.67 + 4.33) de Leo Fioravanti. Ibelli ficou com a terceira posição no ranking geral da WSL. 

Já João Chianca encarou o atual campeão mundial Filipe Toledo, também brasileiro, nas quartas de final. Apesar de ter saído na frente, Toledo sofreu uma virada de Chianca e não conseguiu recuperar. O placar final foi apertado: 12.00 (6.00 + 6.00) para Chumbinho e 11.40 (6.40 + 5.00) para Filipe. A bateria da semifinal, contra Jack Robinson, começou emocionante. Mesmo com a prancha danificada pela primeira onda, o australiano conseguiu assumir a liderança. Após dar um “drible”  em Robinson, o brasileiro conseguiu realizar bom tubo e manobra, recebeu nota 5.43 e virou a bateria. Mas Jack foi rápido e em seguida conseguiu o melhor tubo da bateria, de nota 6.50, atingindo a somatória necessária para avançar à final. Chianca ficou com a terceira colocação, enquanto Filipe ficou com a quinta.

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