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A mistura de linguagens na videodança

Que a dança se transformou bastante nos últimos tempos, dá para perceber. Mas a mudança não se restringe apenas à maior liberdade dentro de seu mundo (na ruptura com os limites do ballet clássico, por exemplo), ela vai além: a dança passou a flertar com o audiovisual, resultando em uma nova linguagem artística, a videodança. …

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Que a dança se transformou bastante nos últimos tempos, dá para perceber. Mas a mudança não se restringe apenas à maior liberdade dentro de seu mundo (na ruptura com os limites do ballet clássico, por exemplo), ela vai além: a dança passou a flertar com o audiovisual, resultando em uma nova linguagem artística, a videodança. Por definição, a videodança é um híbrido, mestiço, entre o filmar e o dançar.

“O conceito de híbrido é recorrente, quando se escreve sobre cultura digital. O termo é usado tanto para falar da mistura de linguagens quanto dos cruzamentos entre corpo e tecnologia comuns nas mais diversas manifestações da cultura contemporânea. Ainda que se trate de fenômenos muito diferentes um do outro, há no uso repetido do conceito de híbrido uma herança difusa, que pode sucumbir ao risco do esquecimento de que, antes de tudo, híbrido é mestiço, o que impede que se encontre no híbrido uma origem, uma essência anterior à mistura”
(Marcus Bastos, doutor em comunicação e semiótica e professor da PUC-SP)

 

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Imagem: Divulgação.

Essa forma de manifestação explora ângulos e detalhes que não poderiam ser valorizados em uma apresentação de palco. Mas não se trata de filmar alguém dançando, não é simplesmente um videoclip. A dançarina Denise Matta trabalha na área e teve seu videodança “CROMUS” premiado  em uma mostra de Minas Gerais com o segundo lugar e selecionado em festivais internacionais (Colômbia, Chile, Uruguai, Argentina, Bélgica e Espanha). “Geralmente a videodança é como um filme: tem o roteiro, a edição, a dança em si, não necessariamente precisa ser coreografia. É como uma junção de gestos e movimentos gerando dança, mas precisa de um roteiro para contar a história e dialogar a dança com o que se filma”, diz.

Pode parecer novidade, mas a videodança não é uma invenção recente. A partir dos anos 70, artistas como o dançarino Merce Cunningham passaram a ver a câmera como uma aliada na construção de algo expressivo, não apenas como um mecanismo de registro. No Brasil, há 13 anos o Dança em Foco, do Rio de Janeiro, explora esse processo de criação.

Nos últimos anos, com o excesso de reprodução de fotos e vídeos, ocorreu uma certa banalização da relação corpo-imagem e um interesse crescente em registrar as expressões e gestos das pessoas. Na vídeo dança, o interesse é semelhante (mesmo que seja outra situação, com intuito artístico) e a técnica da dança importa pouco. Desta forma, a mistura da linguagem do corpo com a linguagem cinematográfica potencializa a dramaturgia.

Cores, maquiagem,texturas, figurinos e acessórios contribuem para a composição das obras. Como qualquer filme, é preciso histórias e recursos audiovisuais interessantes para obter êxito no cinema do corpo.

A videodança “Bem-vinda Maria Flor” é um exemplo que mostra claramente narrativa e roteiro. É a história de uma gestação e de um nascimento, com a exploração de movimentos dos corpos.

https://www.youtube.com/watch?v=gXW9npTGtH0

“Liquid Path”, de forma criativa, mostra movimentos distorcidos através de uma garrafa de água.

Confira outros videodanças:

 

 

Por Giovanna Tadini 
giwolftadini@gmail.com

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