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Racionais “têm uma missão e não vão parar” mesmo após 3 décadas

No último sábado (12), o grupo de rap Racionais MC’s se apresentou no Credicard Hall, zona sul paulistana, fechando sua turnê comemorativa Racionais 3 Décadas. Ao contrário do que o nome talvez possa insinuar, os artistas provaram não ter perdido força em seu discurso mesmo depois de 30 anos de carreira, mostrando por que são …

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No último sábado (12), o grupo de rap Racionais MC’s se apresentou no Credicard Hall, zona sul paulistana, fechando sua turnê comemorativa Racionais 3 Décadas. Ao contrário do que o nome talvez possa insinuar, os artistas provaram não ter perdido força em seu discurso mesmo depois de 30 anos de carreira, mostrando por que são até hoje uma das bandas mais influentes e importantes do país.

Infelizmente, a organização do evento deixou a desejar. As performances de abertura focaram em um trap mal executado e repleto de auto-tune, um estilo bem diferente dos Racionais e quase arrancou vaias da plateia. A multidão também se irritou com o atraso de duas horas para o início da atração principal.

Quando as cortinas finalmente se abriram, o clima foi de euforia. Embalados pelo DJ KL Jay, os rappers entraram com o conforto e a tranquilidade inerentes a intérpretes tão experientes. As primeiras músicas, alguns de seus primeiros lançamentos, poderiam ter sido monótonas, mas apareceram com novos arranjos mais funkeados, e exploraram os diferentes polos da banda que os acompanhava.

Não demorou muito para o grupo engatar uma sequência de clássicos que levaram o público ao êxtase. De forma impressionante, a grande maioria dos presentes acompanhava Mano Brown, Edi Rock e Ice Blue, mesmo com letras tão extensas quanto a duração das canções. Os versos até então gravados no imaginário dos fãs eram naturalmente liberados conforme Fim de Semana no Parque, Diário de um Detento e Negro Drama irrompiam do palco.

Os Racionais MC’s, respectivamente: KL Jay, Mano Brown, Ice Blue e Edi Rock [Imagem: Klaus Mitteldorf]
Nos últimos momentos do show, os próprios MC’s diminuíram o ritmo entusiástico, justamente com a intenção de fazer a audiência perceber a profundidade dos temas tratados nas canções. Isso ajudou a criar um clima mais introspectivo para as saideiras Fórmula Mágica da Paz e Vida Loka II, que debatem com calma e ternura sobre violência e desumanidade.

Apesar dos problemas pré-evento, os Racionais ocuparam cada canto da casa de espetáculos com sua gigante integridade diante da massa. Suas narrativas e mensagens (de e para a periferia da metrópole), ainda afetam o âmago dos afetuosos ouvintes. Três décadas depois, “a fúria negra ressuscita outra vez”.

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