No longa Uma Nova chance (Second Act, 2019) Jennifer Lopez vive Maya, mulher que possui vários conflitos internos e externos ao longo de sua jornada. A personagem principal diz ter um excelente jogo de cintura e vasta experiência na área de vendas, o que se mostra verídico ao longo do filme, mas a falta de um diploma a impede de conseguir o tão sonhado cargo de gerente na loja em que trabalha.
Sua melhor amiga e seu afilhado decidem, então, falsificar um currículo e mandar para diversas grandes corporações e tentar achar um emprego sem que JLo saiba a princípio. Daí, começa a quantidade de clichês de clássicos filmes da sessão da tarde dos anos 2000.
Maya se demite, aceita emprego em uma grande empresa e começa a sustentar mentiras cada vez maiores para manter o novo padrão de vida. Com isso, acaba passando por cima daquilo que parecia pregar no início do filme, suas origens e as pessoas a quem amava. Essa mudança ocorre repentinamente. Não só essa, na verdade, o filme inteiro é cheio de reviravoltas rasas e rápidas, que não são capazes de intrigar o telespectador que já imagina os desfechos clichês.
O romance que a personagem vive também não é nada emocionante, menos ainda novo. Todo fã de comédias românticas, e quem não é, sabe a fórmula clássica: começam juntos, algo atrapalha o andamento do relacionamento e no fim um perdoa o que o outro fez. O final feliz dos dois não causa comoção, nem dá tempo de torcer para o casal antes do término e depois são poucas as cenas em que o ex-companheiro aparece antes do final.
O longa é feito para quem ama muito comédias românticas ou está muito afim de ver algo leve. Mas, apesar dos clichês e da velocidade do roteiro, Uma Nova Chance consegue tirar boas risadas de todos na sala e, dependendo do seu nível de emoção, até algumas lágrimas. Infelizmente, é um filme esquecível que poderia ser visto facilmente em uma sessão da tarde.
O filme estreia dia 31 de janeiro nos cinemas brasileiros. Confira o trailer:
por Thaislane Xavier
thaislanexavier@usp.br