Jornalismo Júnior

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Dia 07 I 26ª Bienal Internacional do Livro: literatura nacional, da infantil ao terror

AUTORES COMO BETH O'LEARY, MONJA COEN E RAPHAEL MONTES ABRILHANTARAM O SÉTIMO DIA DE BIENAL, TRAZENDO DIVERSIDADE TEMÁTICA E NARRATIVAS ENVOLVENTES

Após uma pausa em decorrência da pandemia da COVID-19, a 26ª Bienal Internacional do Livro retorna a São Paulo com grande expectativa do público. Sediada na Expo Center Norte, o evento reuniu editoras e palestrantes diversos, e proporcionou aos visitantes uma experiência repleta de debates sobre o universo literário. Confira a cobertura feita pela Jornalismo Júnior das palestras reunidas no dia 08 de julho de 2022.

Meninas e Meninos Maluquinhos 

A Arena Cultural da Bienal na sexta-feira, dia 08, inicia ainda com poucos ouvintes na roda de conversa, mas com um grupo animado no palco. Andreza Delgado, Cristino Wapichama, Viena Martins, Mikannn, Rafael Calça, Elisandra Souza e Load Comics conversaram sobre as adaptações que fizeram da obra original de Ziraldo, O Menino Maluquinho (Melhoramentos, 1980), mediados por Fábio Yabu. As adaptações de cada um dos autores compõem As Meninas Maluquinhas (Melhoramentos, 2021) e Os Meninos Maluquinhos (Melhoramentos, 2021).

 

Os autores encontram-se sentados, um ao lado do outro.
Palestra Meninos e Meninas Maluquinhos, na Arena Cultural, com a presença de Andreza Delgado, Cristino Wapichama, Viena Martins, Mikannn, Rafael Calça, Elisandra Souza e Load Comics. [Imagem: Reprodução/Caio Andrade]

Separadamente, cada um dos escritores tratou sobre sua experiência na criação de sua história. Load Comics inicia esse momento  contando que o trecho do livro escrito por ele foi baseado em um momento que viveu com o pai. De acordo com o autor, essa é a história com a qual as crianças mais se identificam; por isso, o nome que a intitula: Um Menino Como Você

 

Andreza Delgado partilha como foi o processo de construção por trás de Ana, protagonista de sua história. Ana tem medo do espelho e traz a constituição de um imaginário infantil de se sentir bonita. A história se encerra com as pazes entre a personagem e o espelho,  transpassando pela ideia da representatividade, de sentir-se visto e amado da maneira como é.

 

Depois de Andreza, Eliana Martins apresentou  sua parte do livro, nomeada como Mira Bolante. Ela afirma que não se sente com a idade que tem e que sua filha a chama de “idosa mirabolante”. Então, ela decidiu basear a adaptação em si mesma: uma menina que cria ideias o dia todo, mas não tem tempo de praticar tudo até o fim do dia.

 

Em seguida, a criadora da Menina Malunguinha,  Elisandra Souza, compartilhou com o público algumas características da sua personagem, que é  uma criança negra, do candomblé, da língua iorubá. Na temática, Elisandra buscou tirar o holofote do racismo. Para ela, é preciso  ressignificar os espaços e as temáticas tratados nos livros e nas histórias com personagens pretos, sem, necessariamente, tornar o enredo sobre o preconceito racial. 

 

Já Cristino, criador de O Menino da Floresta, conta que, em sua adaptação, há uma viagem até  Roraima. No fim dessa história, há um dicionário para os termos indígenas utilizados no decorrer da trama.

 

Mikannn fala de sua Menina Icolibri, a personagem de sua história em que ela traz a perspectiva infantil sem deixar, muitas vezes, muitas vezes, a negada “imaturidade”, de lado. Além disso, ela comenta que descobriu sua paixão por contar histórias por herança de seu pai, o qual contava histórias inventadas para ela dormir. 

 

Rafael explica sua parte do livro, chamada Como Eu Te Vejo, na qual trata da trajetória de um menino negro no sistema de adoção. O personagem é moldado a imaginar que não é digno de amor, logo, ele não lida com a permanência no abrigo como algo negativo.  Apesar da dureza do tratamento que recebe, o menino, ao longo do livro, trabalha a fim de que seus colegas se enxerguem da maneira como ele os vê, mesmo que ele não receba isso de volta.  

 

Os autores comentam, ao final, que, durante todo o processo da escrita das histórias, além de se conectarem com suas crianças interiores, eles também tentaram manter-se fiéis à essência do Menino Maluquinho.

 

Encontro Virtual com Beth O’Leary 

Beth O’Leary, autora dos sucessos de venda A Troca (Intrínseca, 2020), Teto para Dois (Intrínseca, 2019) e Na Estrada com o Ex (Intrínseca, 2022), esteve na Bienal do Livro virtualmente para participar da segunda mesa do dia com a escritora de Céu Sem Estrelas (Editora Seguinte, 2018), Iris Figueiredo. Em uma dinâmica de perguntas e respostas, o público conheceu melhor as inspirações da autora para seus livros.

 

Iris começa falando sobre o livro A Troca, que é um de seus preferidos, pois o leu durante a pandemia e sentiu como se a história fosse um abraço.Caracterizando a história como aconchegante, Iris comentou que se identificou com a protagonista, que sofre de burnout.

 

Ao ser questionada sobre como é ter seus livros ultrapassando barreiras linguísticas e chegando em outros países, como o Brasil, a autora respondeu que foi demais para ela saber que tantas pessoas ao redor do mundo liam seus livros. Ela também contou sobre seu processo de escrita, especialmente para o livro Teto para Dois, em que  uma viagem à França a inspirou a escrever. Beth acrescentou que, embora seja difícil escrever um livro pensando em um cenário específico, o local que serviu de base para a história era romântico e facilitou esse processo.

 

 

Beth O'leary, no telão da arena cultural, na Bienal do Livro.
Sorridente, Beth O’Leary respondia com entusiasmo às perguntas do público [Imagem: Reprodução/Bárbara Bigas]

 

Beth também foi questionada sobre a construção dos personagens, que para Isis é uma das partes mais divertidas de se escrever um livro. A mediadora comentou que os personagens secundários de Beth são muito amados e ajudam a desenvolver os protagonistas. A autora comentou que não se sente tão pressionada criando os personagens secundários, pois é possível fazer um retrato mais leve e divertido, ao invés de escrever um livro inteiro sobre eles.

 

Ainda sobre A Troca, Beth disse como adora escutar que esse é o livro favorito das pessoas, pois, como era seu segundo lançamento, ela sentia uma grande expectativa por parte do público, e não queria desapontá-lo. A autora compartilhou com o público que, assim como a protagonista Leena, ela também já enfrentou o burnout. Nestes momentos, que Beth já assume como sendo corriqueiros pela pressão que ela deposita em si mesma, ela costuma se desligar do trabalho e faz coisas para se distrair.

 

 

Esse mesmo livro teve os direitos comprados pela produtora do diretor Steven Spielberg. Beth conta, inclusive, que a negociação foi a conversa mais surreal que ela já teve pelo telefone e que, na ocasião, toda sua equipe estava junto dela tentando parecer tranquila, mas que por dentro estavam todos muito animados com a ideia. 

 

Ao ser questionada sobre quais são os seus planos para o futuro, Beth disse que está animada pela recepção do público ao livro que sairá em 2023. É uma história que envolve três mulheres e será ambientada no dia dos namorados. De acordo com ela, é o seu romance mais ambicioso, mas que está orgulhosa do resultado. 

 

Encontro de Culturas – Grupo Companhia das Letras – Curadoria Oficial 

Mediada por Bel Mayer, a mesa Encontro de Culturas transformou o evento na Bienal dos Abraços, de acordo com a própria mediadora. Os assuntos debatidos transitaram do protagonismo infantil, até a diversidade do encontro entre culturas. 

 

As autoras de livros infantis estão sentadas no palco.
A Bienal do Abraço, segundo Bel Mayer, reuniu Lúcia Hiratsuka, Mari Bigio e Kiusam de Oliveira. [Imagem: Reprodução/Caio Andrade]

 

A mesa reuniu Lúcia Hiratsuka vencedora do Prêmio Jabuti, e  autora de livros infantis; Mari Bigio, cantora pernambucana, radialista e cordelista infantil premiada; e Kiusam de Oliveira, pedagoga com uma obra marcante pelo tratamento de temas de cunho socio-racial e de gênero. 

Bel começou a conversa explicando a maneira como o encontro de culturas é, ao mesmo tempo, um encontro de histórias e de imigrações. A mediadora segue para a primeira pergunta às convidadas: qual a histórias das viagens que transpassaram a vida delas e de suas famílias. 

 

Lúcia inicia e explica que sua família é do interior de São Paulo, no qual seus avós se instalaram após virem do Japão. Sua avó contava histórias para ela de maneira poética e, de acordo com Lúcia, a escrita na família teria surgido com a contadora de histórias. 

 

Já Mari comenta que a  família de sua mãe é do Rio de Janeiro e a de seu pai do Recife. Os seus pais se conheceram na capital pernambucana, lugar que, embora transpassado pelo patriarcalismo e pelos resquícios da aristocracia, reúne grande riqueza cultural, cristalizada no cordel. A escritora fez uma viagem de Recife para São Paulo, onde entrou em contato com a editora Historinhas pra Contar, que publica suas histórias. Ela ainda comenta como suas histórias são escritas para a criança que ela foi, em uma tentativa de reparar uma dívida com seu eu infantil. A autora não se identificava com os padrões mostrados nos livros e, por meio da sua escrita, ela tenta preencher essas falhas.

 

Por fim, Kiusam conta que sua mãe passou a ela grandes saberes ancestrais. . Sua mãe, além disso, eternizou sua colaboração à escrita da filha: produzia capangas com dois bolsos, nos quais colocava um bloco de notas e lápis, para Kiusam escrever tudo que passava em sua vida. 

 

Kiusam compartilha com o público que  que, quando pequena, acreditava que o racismo não existia, o que mudou ao completar 6 anos. A pedagoga narra uma história emocionante sobre o seu primeiro contato, entendido como tal,  com o racismo. O processo de entendimento do que é o racismo e de que você não deve se silenciar, para Kiusam, foi uma revolução interna.  

 

Para finalizar este encontro, cada uma das escritoras realizou a leitura de um trecho de suas obras. Dessa forma, encerram a mesa sendo ovacionadas e emocionando o público.

 

A Desvalorização do Trabalho de Mulheres Negras 

Essa mesa foi mediada pela agente literária Suh Roman e trouxe como convidadas as escritoras Triscila Oliveira (@soulanja), e Veronica Oliveira (@faxinaboa), autoras de A Confinada (Todavia, 2021) e Minha Vida Passada a Limpo (Latitude, 2020), respectivamente. 

 

De início, a mediadora perguntou como e quando as convidadas tiveram a percepção de que serem mulheres negras impactaria na inserção delas no mercado de trabalho. 

 

A autora Triscila aparece com o livro Confinada na frente do rosto.
Em sua conta no Instagram, Triscla divulga seu livro com Verônica: Confinada. [Imagem: Reprodução/Instagram/@soulanja]

 

Veronica iniciou a palestra comentando sobre sua inserção tardia no mercado de trabalho: ela tinha 26 anos e nenhum ensino superior. Para ela, que era mulher, negra, periférica e mãe, as violências foram sentidas mais intensamente, mesmo que as diferenças de tratamento fossem sutis. Veronica compartilhou um acontecimento que caracteriza bem essas diferenças: ela já foi confundida com atendente da cozinha em uma empresa onde foi convidada para fazer uma palestra. 

 

Triscila, com experiências similares às da outra palestrante, disse que sempre foi para todas as entrevistas de empregos a que era chamada, e em uma delas não passou nem para a seletiva, que por sinal só continha mulheres brancas. Além disso, já mandou currículo para determinadas vagas em que foi reprovada e repassada para a vaga de serviços gerais.

 

Suh prosseguiu o bate papo perguntando sobre qual a importância de mulheres negras se cercarem de outras mulheres negras e adquirirem consciência racial. Veronica respondeu que estudou em um colégio majoritariamente branco durante a juventude. Nessa época, ela conta que tinham 3 pessoas que eram vistas como negras, enquanto ela, por ser negra de pele clara e não corresponder aos estereótipos da mulher negra, não era vista da mesma forma. Além disso, sua mãe não a educou para se identificar dessa maneira, afinal, não tinha o letramento racial necessário. No entanto, experiências que viveu apenas pela cor da sua pele a fizeram se tornar mais negra e concluiu sua fala dizendo que ter outras pessoas pretas ao redor é importante para compartilhar experiências e se fortalecer com elas. 

 

Em contrapartida, Triscila não teve nenhuma referência negra e feminina em sua família, mas a escritora afirma estar se tornando essa referência. A sua consciência se despertou enquanto estava na escola e era excluída junto com os meninos pretos de sua classe. 

 

Como criadores de conteúdo, as entrevistadas expuseram a importância de continuar falando sobre o racismo e de ouvir as mulheres pretas. Triscila, Suh e Veronica afirmam quão necessário é continuar falando sobre para que o tema do racismo não perca sua relevância, em especial a população branca, que precisa mudar de atitude. Mesmo assim, elas contam que têm medo das novas gerações parem de falar de racismo, uma vez que elas têm a representatividades que as escritoras não tiveram. Além disso, Triscila comenta que, embora ela e outras criadoras de conteúdo, que também empenham-se no debate sobre a desvalorização do trabalho da mulher negra, estejam tratando de tal tópico desde 2015, o público em geral prestou atenção na temática quando um homem branco expôs a pauta. 

 

Da Negação ao Despertar 

Às 16 horas, a Arena Cultural estava lotada para esperar a monja Coen. Depois de uma breve apresentação, a missionária já inicia uma conversa leve e assistida em grande silêncio pelo público. 

 

Monja Cohen, no palco da Arena, ainda de máscara pela pandemia.
Trazendo ensinamentos e técnicas para respirar e para viver bem, a monja Cohen apresentou a palestra Da Negação ao Despertar. [Imagem: Reprdução/Caio Andrade]

Abordando a negação da realidade, assunto comumente visto pela monja entre a sociedade, ela lembra como é importante aceitar a realidade, pois, apenas com o reconhecimento é que se pode transformar a vida. 

 

Coen afirma que existe ansiedade boa, além da exagerada, que adoece. Segundo ela, a ansiedade representa a existência da pulsão. Entretanto, é importante manter-se atento para haver um descanso necessário para que tal sintoma não atrapalhe a vida. Assim, a missionária propôs, ao público, um exercício de postura e de respiração. Lembrando ao público da Arena que somos caveiras e sentamos sobre os ossos, ela pede que as pessoas estiquem as colunas e comprimam os glúteos. Com essa postura e com uma respiração diafragmática, ela conta que a respiração é melhorada, os sons são mais perceptíveis, assim como as luzes, e as sensações intensificadas. Ao final, ela guia as pessoas a juntarem as mãos e a agradecerem em silêncio, pois, para ela, o silêncio é extremamente importante e não deve ser temido. 

 

Terror Nas Páginas e Nas Telas 

Com a presença dos autores Raphael Montes e Ana Paula Maia, a última mesa desta sexta-feira de Bienal abordou a questão do terror no Brasil, e suas adaptações para o audiovisual. 

 

André Araújo, mediador da conversa, iniciou perguntando como se deu a influência do cinema para a escrita de ambos. Segundo Ana Paula, o terror sempre fez parte de sua vida. Mesmo sem a aprovação dos pais, ela assistia a vários filmes desse gênero. Assim, a literatura de Ana Paula foi iniciada por meio do impacto que os filmes de suspense e de faroeste tiveram ao incentivar sua imaginação. 

 

Raphael revelou também ter uma relação próxima com o audiovisual, e assumiu se considerar mais como um contador de histórias, mas, como contar histórias no cinema é muito caro, ele investiu na escrita. Contou também que seu gênero favorito sempre foi suspense, sendo o seu filme favorito O Bebê de Rosemary (Roman Polanski, 1969). 

 

Os autores de terror estão sentados no palco da Arena.
A presença de Ana Paula Maia e Raphael Montes lotou a Arena Cultural de fãs e admiradores de suas obras literárias. [Imagem: Reprodução/Bárbara Bigas]

 

Sobre a transição da literatura para a indústria do audiovisual, Ana disse que é um processo ousado e corajoso. Antes de criar a série Desalma (2020), da Globoplay, ela lançou, inclusive, sete livros. A emissora não havia pedido a série e ela tinha outro projeto de thriller em mente, mas, no meio do caminho, acabou desenvolvendo o roteiro que originou Desalma. A autora também contou que morar em Curitiba deu a ela um novo olhar, especialmente sobre o cenário de imigração da população ucraniana para o sul do Brasil. 

 

Sobre Bom Dia Verônica (Darkside, 2019) obra de Raphael Montes e de Ilana Casoy que foi adaptada para a televisão pela Netflix, o autor disse que as novelas sempre estiveram presentes em sua vida e que sempre quis fazer algo para o audiovisual, mas não sabia como. Sua primeira experiência foi um convite para ser roteirista júnior para um livro de Luiz Alfredo Garcia Roza, um de seus autores favoritos. A partir dali, viu que queria seguir como roteirista. Ele esteve por trás da produção do filme Praça Paris (2018), além de também trabalhar na emissora Globo. Foi colaborador de João Emanuel Carneiro para a novela A Regra do Jogo (2015) e assim, foi criando uma carreira de roteirista paralela à de autor de livros.

 

O escritor admitiu manter uma distância quando seus livros são adaptados, entendendo que existem diferenças entre os dois formatos: o que o enredo precisa ter para ir às telas é muito diferente daquilo que precisa ter no livro para causar as sensações características do suspense. Aproveitando essa temática, anunciou também que seu livro Dias Perfeitos (Companhia das Letras, 2014) está sendo adaptado para roteiro. Ana Paula complementou que a experiência do audiovisual é muito positiva, mas que é complicado quando o autor não participa de nenhuma etapa do processo criativo. 

 

Ao serem questionados sobre a produção de conteúdos de terror nacional, Raphael diz que o cenário é positivo, uma vez que editoras e canais de TV estão entendendo que as pessoas gostam de suspense. 

 

Como alguém que tem muitas ideias, Raphael disse ficar desesperado com tudo que ainda não foi feito. Dito isso, expressou que tem o desejo de fazer um monstro com cara de Brasil, um horror sobrenatural que represente o nosso país. Ana prosseguiu dizendo que o Brasil é um país muito solar, criando-se um cenário propenso à comédia, por exemplo. Por isso, o terror acaba sendo um subgênero, sobretudo no cinema, mas as novas gerações de autores estão dando luz a uma nova fase do terror, com mais camadas e mais presença.

 

Chegando ao momento de conclusão da palestra, os autores debateram se é possível tratar sobre assuntos políticos dentro do terror. Para Ana Paula, o terror é como um “tempero” a uma história que é comum e cotidiana, e que ele pode trabalhar os demônios pessoais de um personagem ou pode focar num cenário exterior, criando ficção ou produzindo a partir do que é real. Por isso, é possível articular o gênero para abordar política também. 

 

*Foto de capa por Bárbara Bigas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima