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A Forca: um suspiro para os fãs do terror

por Diego C. Smirne d.c.smirne@gmail.com O gênero “terror” é, talvez, o mais controverso do cinema. Embora os trailers sempre impressionem e instiguem curiosidade, oito em cada dez lançamentos são verdadeiras porcarias; parece ficar cada vez mais difícil fazer um filme que realmente assuste. Mesmo assim, os muitos fãs da categoria continuam indo esperançosos ao cinema: …

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por Diego C. Smirne
d.c.smirne@gmail.com

O gênero “terror” é, talvez, o mais controverso do cinema. Embora os trailers sempre impressionem e instiguem curiosidade, oito em cada dez lançamentos são verdadeiras porcarias; parece ficar cada vez mais difícil fazer um filme que realmente assuste. Mesmo assim, os muitos fãs da categoria continuam indo esperançosos ao cinema: não importa se o roteiro é inovador ou repleto de clichês, desde que os faça ficar grudados na poltrona, de olhos arregalados e prendendo a respiração até que as luzes da sala se acendam.

A nova promessa é A Forca (The Gallows, 2015), que conta a história de uma peça que volta a ser encenada pelos alunos de uma escola americana 20 anos depois da trágica morte de Charlie, um aluno que morreu enforcado no palco enquanto atuava. Na véspera do espetáculo, o metido a besta Ryan (Ryan Shoos) e sua namorada Cassidy (Cassidy Gifford) convencem seu amigo Reese (Reese Mishler) – escalado para o papel que fora interpretado por Charlie – a invadir a escola à noite e destruir o palco para que a peça fosse cancelada. O plano acaba não dando certo pois o três encontram Pfeifer (Pfeifer Brown), a aluna mais engajada na realização do projeto, “de guarda” no local. Diante disso, decidem ir embora, mas percebem que estão trancados – e que há mais alguém (o espírito de Charlie?) entre eles.

a forca

O longa escrito e dirigido por Travis Cluff e Chris Lofing traz várias cartas marcadas do universo do terror: envolve adolescentes – interpretados por atores desconhecidos – fazendo bagunça numa escola vazia à noite (um ambiente muito sinistro e propício para sustos), e se apresenta no formato found footage, que ficou famoso depois de A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1999) e tem sido usado à exaustão desde então.

Mas o uso de elementos já consagrados no ramo, com uma boa dose de talento e sabedoria, pode dar muito certo num filme de terror – como ficou provado em Invocação do Mal (The Conjuring, 2013), um estrondoso sucesso cujo roteiro é um conjunto enorme de clichês conduzido com maestria pelo diretor James Wan, resultando não só num dos mais apavorantes filmes de terror dos últimos tempos, mas de todos os tempos.

Em A Forca, a dupla de diretores também acertou: na maior parte do filme, a visão do espectador se limita ao alcance da luz da filmadora de Ryan em meio aos corredores escuros da escola, gerando uma constante tensão e a expectativa de que algo vá aparecer nas sombras; além disso, por ser um apanhado de filmagens feitas com a câmera e os celulares dos protagonistas, há mais de uma perspectiva para os acontecimentos, proporcionando um desfecho diferente dos geralmente decepcionantes – e até preguiçosos – finais de filmes que adotam o found footage.

Talvez A Forca não se torne um ícone do terror como A Bruxa de Blair, nem seja motivo para passar noites em claro e com os pés bem protegidos debaixo do cobertor como Invocação do Mal, mas consegue atender as expectativas de quem vai ao cinema para passar por uma hora e meia de aflição: o filme dá bons sustos (mais do que A Bruxa de Blair, diga-se) e é capaz de agradar até quem não é fã do terror found footage. Para os que sempre torcem por uma boa novidade mas sempre vão ao cinema com um pé atrás, vale a pena conferir no dia 23 de julho a estreia deste que provavelmente será apontado ao final do ano como um dos melhores lançamentos de terror de 2015.

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